Capítulo 12

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Eu tinha dançado só mais duas músicas, mas tinha a certeza mais que absoluta que amanhã minhas pernas estariam doendo.

Falei para a Melissa que ia me sentar, ela só assentiu e dois segundos depois, antes mesmo de eu me virar, ela já estava dançando com um menino que nunca tinha visto na vida.

Voltei para o pequeno sofá no qual tinhamos deixado o Bryan a algumas horas atrás. Ele ainda estava lá dormindo profundamente.

Quando ia acorda-lo para que eu pudesse me sentar, alguém me chamou. Olhei para trás novamente e vi Jonathan a poucos metros com um pequeno sorriso no rosto.

- Não sabia que você dançava tão bem. - Ele disse se aproximando.

- Ah, aquilo? Não é nada! - Ri nervosamente.

- Nada? Você era o centro da pista. - Ele riu. - Ouvi muita gente comentando!

- Quem? - Perguntei.

- Não sei, mas eu comentei. - Deu de ombros.

- Comentou sobre mim? Bem ou mal? - Sorri e me aproximei.

- O que você acha? - Sorriu divertido.

- Mal? - Dei de ombros.

Ok. Talvez, só talvez, eu esteja me fazendo de desentendida. Mas, por que não?!

- Obviamente muito bem. - Revirou os olhos.

- Ah, que bom, então. - Sorri de volta.

- Quer uma bebida? - Perguntou e eu assenti.

- Eu te acompanho! - Falei sorrindo e olhei para trás vendo Bryan babando.

Era melhor eu ir mesmo.

Entramos no meio da multidão até alcançar o outro lado da festa onde estavam as mesas de bebidas.

- Você já provou essa? - Ele estendeu uma garrafa transparente com um líquido vermelho brilhante.

Neguei com a cabeça.

Ele pegou um copo largo e despejou a bebida desconhecida por mim. Colocou uma rodela de morango na ponta, um guarda-chuva rosa e um canudo amarelo que dava várias voltas.

Estendeu o copo para mim e eu peguei agradecendo.

Experimentei sentindo um sabor doce de morango invadir a minha boca e em seguida minha garganta queimou como se tivesse bebido álcool puro. Era uma mistura boa, confesso. O contraste que fazia entre o doce e o amargo era interessante.

Bebi mais um gole me perguntando se aquilo não me faria mal depois.

- Gostou? - Perguntou me vendo fazer uma careta.

- Não é ruim! - Ri e ele me acompanhou.

Nós ficamos conversando ali por alguns minutos. Dessa vez, relembramos momentos de quando estávamos na escola. Ele acabou mudando de turma no final do nono, mas antes também não conversávamos muito.

- Eu tinha uma queda por você no primeiro ano. - Ele riu. - Mas, eu era muito inseguro e não conseguia chamar ninguém para sair.

- Antes tarde do que nunca. - Brinquei e ele sorriu.

 - Brinquei e ele sorriu

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Um Retorno Inesperado | ✓Where stories live. Discover now