Depois do almoço, Jack nos chamou para a casa dele e disse que os pais tinham viajado.
Quando os gatos saem, os ratos fazem a festa. Literalmente.
Ela já estava cheia de adolescentes, desde a parte de baixo até a parte de cima, quando cheguei. A música estava alta e os gritos animados também.
Cumprimentei Jack que recepcionava os demais convidados perto da porta e entrei.
- Cara, como que você conseguiu esse olho roxo? - Ouvi Bryan perguntar ao Daniel quando me aproximei.
- Oi. Vocês viram as meninas? - Perguntei.
Eles negaram.
- A parte de cima do tripé acertou meu olho. - Passou a mão na nuca.
- Foi muito engraçado, eu tinha que ter filmado. - Ri e ele fez careta.
- Vocês estavam juntos? - Bryan arqueou a sobrancelha e olhou para Daniel com um sorriso estranho.
- Fomos fazer o trabalho de história. - Explicou Daniel.
Eles pareciam estar tendo algum tipo de conversa telepática na qual eu não estava entendendo nada.
- E essa mão? - Bryan perguntou. - Andou brigando com alguém? - Zombou.
Fiquei quieta. Talvez, ele não quisesse que ninguém soubesse sobre o que aconteceu ontem. Ele me olhou de relance e depois olhou para mão.
- Digamos que eu estava fora de mim. - Riu com o nariz.
Bryan o olhou confuso.
- O que isso quer dizer?
- Deixa para lá, não foi nada demais. Que tal pegar uma bebida para nós? - Ele abraçou o outro de lado e Bryan saiu desconfiado.
- Você tomou o remédio? - Perguntei e ele assentiu.
- Fez outro curativo? Colocou o gelo no... - Ele me interrompeu.
- Como você é mandona... - Riu. - Cruzes!
- Só estava preocupada, imbecil. - Fiz careta e ele sorriu, travesso.
- Preocupada comigo?
- Não enche. - O empurrei de leve.
Ele gargalhou.
- Você... está melhor? - Perguntei depois de alguns minutos quieta.
- Estou, fiz tudo que você mandou. Esqueceu já?! - Franziu a testa.
- Não estou falando disso. - Revirei os olhos.
- Do quê está falando então? - Perguntou confuso.
- Da situação toda. Você está melhor?
- Ah... - Passou a mão na nuca. - Estou, não precisa se preocupar. - Sorriu amarelo.
Bryan voltou com Julie, Melissa e bebidas. Voltamos a conversar e não pude deixar de o observar enquanto ria de alguma coisa engraçada que Mel havia falado. Ele tinha uma covinha em sua bochecha esquerda e eu nunca havia prestado atenção. Era fofo.
- Daniel! - Katie o chamou e me trouxe de volta a realidade. - O que aconteceu com o seu olho? E a sua mão? - Ela perguntou extremamente preocupada.
- Me machuquei. - Ele sorriu torto.
Esprimi uma risada. Era meio óbvio que ele havia se machucado, talvez não fosse isso que a garota perguntava.
- Já falei para você diversas vezes para tomar cuidado, Dan. - Ela balançou a cabeça. - Até um dia acontecer uma coisa mais séria. - Emburrou a cara como uma criança.
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Um Retorno Inesperado | ✓
Teen FictionLauren Anderson tinha quinze anos quando teve que se mudar de sua cidade natal para morar em Londres e assim, deixou seus cinco amigos de infância para trás. Dentre eles estava Daniel Campbell, que na época, a garota acreditava que seu dever nesta...