Um Retorno Inesperado | ✓

Capítulo 15

— Senhorita... — Abriu a porta para mim. Estendeu sua mão e eu a segurei.

— Oh! Muito obrigada, grande cavalheiro! — Entrei na sua brincadeira.

Ele riu e pôs-se ao meu lado com um sorriso no rosto.

— Então, será que agora eu posso saber onde estamos? — Perguntei entrelaçando meu braço no dele assim que ele o estendeu em convite.

Nós tínhamos ficado cerca de vinte minutos na estrada e ele não dera nem uma pista do lugar que pretendia me levar. Porém, sabia que estávamos distantes do centro da cidade.

Andamos por um lindo caminho de pedras bem iluminado com lamparinas que davam um aspecto acolhedor. Mais a frente era possível ver o início de um restaurante de dois andares, todo amadeirado e com as mesmas lamparinas encontradas no caminho. Enquanto eu olhava em volta, ele deu o seu nome para a recepcionista que nos guiou para a parte de trás do restaurante onde tinha outro caminho que, dessa vez, nos levava até um píer de madeira em frente a um lago.

Ele puxou a cadeira para que eu pudesse sentar e deu a volta para fazer o mesmo.

— E então? — Perguntou sorrindo. — Valeu a pena ficar na curiosidade?

— Óbvio. Esse lugar é lindo! — Sorri. — Me surpreendeu!

— Que bom que gostou! — Sorriu com olhos brilhantes.

— Jonny! — Um homem se aproximou com um enorme sorriso e os braços abertos.

— Tio, não sabia que estaria no restaurante hoje! — Ele se levantou o abraçando.

Tio? Era o restaurante da família dele?

O homem olhou para mim, curioso e me senti obrigada a levantar para o cumprimentar.

— Tio Tedd, essa é a Lauren, uma amiga da escola. — Ele sorriu me apresentando e eu sorri de volta.

Não esperava conhecer seus parentes tão rápido. Na verdade, não esperava nem conhecê-los em algum momento.

— Muito prazer em conhecê-la, Lauren. Bem-vinda ao restaurante da família! — Ele sorriu apertando a minha mão.

— Muito obrigada! O senhor tem um ótimo restaurante! — Sorri.

— Ah! Não, querida, pode me chamar de Tedd. — Sorriu. — Então, o que vão querer?

— O prato especial, por favor. — Jonathan respondeu e seu tio o olhou com um sorriso brincalhão.

— Ok, já volto! — Ele deu uma leve risada antes de sair.

Felizmente, não demorou muito para chegar. 

— Talharim na manteiga com salva, queijo brie e camarões. Além, é claro, da famosa Brusqueta de Brusque, composta de refogado de linguiça blumenau, azeitonas pretas, tomate, cebola, ervas e especiarias como acompanhamento e um delicioso vinho Armando Parusso para degustação. — Disse o homem de terno, provavelmente o chefe, a minha frente enquanto vinham quatro garçons com pratos e um vinho em mãos.

Era tanta coisa que eu não sabia se ia dar conta de comer se quer o talharim posto a minha frente. 

— Bom apetite ao casal! — Ele sorriu, por fim, antes de sair. 

Fiquei sem saber o que dizer. Olhei para o talharim e me voltei para Jonathan. Tudo parecia ótimo, mas será que era necessário tanta coisa? 

— Algo errado? —Ele me olhou com certa preocupação.

—Não! Tudo parece estar muito gostoso. — Sorri e ele me retribuiu. 

Nós comemos enquanto conversávamos de assuntos em comum. Ele me falou mais sobre sua família que era italiana.