Cap 36

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Luísa

Eu gosto dele, da companhia dele, até das pirraças dele de vez enquando, era difícil lidar com aquele poço de orgulho e ego, mais eu gostava.

Ele deitou na cama e fiquei o encarando até ele pegar no sono, tava quase dormindo quando o celular dele começou a toca, ele não acordava então por impulso atendi.

- Alô ?
- Greg.. quem tá falando ?
- Posso ajudar com alguma coisa ?
- Quero falar com meu marido, cadê ele sua piranha, tá fazendo o que com meu marido uma hora dessas ? Passa pro grego agora !

Balancei o mesmo que acordou sem entender nada, joguei o celular em cima dele e foi aí que ele entendeu menos ainda

Luísa - Sua esposa tá querendo falar com você ! Sacana ! Some da minha casa e relaxa que essa é a última vez que você me vê ou que chega perto de mim ! - falei com as lágrimas já descendo pelo meu rosto.

Ele colocou o celular no ouvido e disse alô, ficou quase transparente com a voz e foi ali que eu tive certeza, meses de pura enganação é fingimento.

Grego - Luísa, não é isso.. - interrompi

Luísa - Que eu tô pensando? Não tinha algo mais clichê pra dizer ? Me poupa das suas mentiras, acho que você já mentiu o suficiente pra mim, por favor só vai embora.. - falei entre os soluços

Grego - Luísa me ouve primeiro ! - ele falou segurando meu rosto me forçando olhar pra ele - Para de agir sem me ouvir antes ! - falou alto

Luísa - Não quero te ouvir, não tem o que você dizer ! Não tinha porque eu estar aqui, eu não tinha que ter me envolvido, eu não tinha que ter me apaixonado por um completo babaca como você ! - cuspi as palavras nele que apenas ouvia - Você mentiu pra mim ! Você me enganou, todo esse tempo, você me fez te amar pra depois simplesmente estragar tudo ! o que é, te faltou oportunidade pra dizer ? E onde essa maluca tá que nunca apareceu? Que merda de casamento é esse de vocês ? - ele continuava me segurando e eu insistia em sair

Grego - Luísa, para caralho - me deu uma chacoalhada e eu vencida de tentar sair apenas desmoronei e ele me segurou colocando sentada na cama. - Tu vai me ouvir? Vai me deixar falar? Ou vai sair matracando de novo? - eu só fiquei em silêncio e as lágrimas continuavam a cair.

Quando ele pensou em continuar começou uma sequência de explosões de fogos de artifício

Grego - Desgraça- gritou jogando o celular no chão - Agora não porra ! - ele então voltou a me olhar - Eu tenho que resolver isso agora, mais eu volto pra gente bolar essa ideia, não sai daqui, tô te pedindo por favor, só me esperar voltar e eu vou te explicar tudo ! - eu não conseguia responder, mal olhava nos olhos dele - Luísa, olha pra mim e diz que vai me esperar - demorei alguns segundos pra conseguir fixa meus olhos nos dele, então só acenti - Eu amo você garota, me espera, prometo não demorar - beijou minha testa, pegou a camisa e vestiu e saiu do quarto.

Naquele momento eu não sabia exatamente o que eu estava sentindo, nem o que eu queria fazer. Sentei na cama e acredito que perdi alguns minutos tentando voltar pra realidade.

Temia pelo grego lá fora no meio de tantos tiros, mas ao mesmo tempo meu coração queimava de decepção por ter sido enganada.

Levantei fui em direção ao guarda roupa peguei uma mala e comecei a encher de roupas, não estava raciocinando direito, eu apenas queria sair dali o quanto antes, eu sabia que não podia simplesmente sumir e largar a Clara e o bebê.

Então desci com uma mala de roupas Pra mim e mais uma mochila com coisas que a Clara poderia usar, sentei no sofá e esperei impacientemente aquele mundaréu de tiros cessarem.

Não vou negar, meu coração tava apertado por saber que a vida de quem faz ele acelerar estava em risco lá fora, mais ele não pensou duas vezes em pisar no mesmo coração que ele acelera. Era um misto de preocupação e decepção.

Quando ouvi a sequência de fogos anunciando o fim da invasão não perdi tempo e desci na casa do grego, ele tem 10 carro aqui e dinheiro pra comprar mais 10 não se importaria se eu ficasse com um, peguei o carro e subi direto pro Balcao onde a Clara estava.

Xx- Eai patroa

Luísa - Tô querendo ver a Clara, me dá a chave - falei pro vapor que tava na ronda

Xx - Tenho ordem pra liberar isso não patroa - Eu odiava ser chamada assim, mais usaria ao meu favor ao menos dessa vez

Luísa - Grego vai adorar ser incomodado com pouca merda depois de uma invasão só porque você é incompetentemente - ele arregalou os olhos

Xx - Oloco patroa, precisa disso não bora lá que eu abro pra tu

Luísa - Tu me dá a chave e some das minhas vistas que tu já me perturbou demais, vai garoto se adianta porra - ele me entregou a chave e saiu

Entrei e ela tava deitada na cama encolhida

Luísa - Ei que foi ? Tá com dor ?

Clara - Não, os barulhos deixaram ele movimentado, tá acabando com as minhas costelas - eu sorri e logo me apressei

Luísa - Levanta, a gente vai sair daqui

Clara - Tá fazendo o que ? - levantou assustada

Luísa - Veste os chinelos logo, eu te explico depois - recolhi algumas coisas dela e fomos saindo.

Entramos no carro e a Clara me media a cada segundo, desci o morro soando frio, com medo de ser notada. Quando eu já estava avistando a barreira meu celular começou a tocar, olhei no visor e meu coração errou as batidas, ele já tinha dado a minha falta. Pisei no acelerador com força e passei na barreira quase levando os meninos junto comigo.

Clara - Você tá maluca ? Tá fazendo o que Luísa ? Volta pra lá agora- Clara parecia nervosa

Luísa - Eu espero não voltar pra cá tão cedo - falei soltando o ar do pulmão e respirando fundo

Depois de sair do morro eu já sentia um alívio, mais eu só não contava com o que ia acontecer.

Amor bandido Where stories live. Discover now