Cap 84

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Grego

Finalmente tinha acabado a audiência, depois de muito insistir e debater com o juiz a pena se reduziu a 47 anos. Tá bom, já seria bisavô quando saísse da cadeia. Fui levado pro Oscar Stevenson, 50 min do morro. Cheguei lá e fui encaminhado pra minha cela, eu e mais 6 numa cela de 4x6. Logo eu que adorava meu quarto com a king e uma 4k de 60 polegadas. Ciclos, são necessário, uma hora tu tá por cima e outra quase subterrâneo de tão por baixo, mais tá suave, não ficaria muito aqui, se Deus quiser nem tempo suficiente pra decorar o nome dos carcereiros.

Não dava pra ficar aqui sem aliado nenhum, se lá fora queriam minha cabeça, aqui dentro então piorou. Eu tava ligado que tinha uns cara do Cv aqui e ia atrás dele pra trocar uma ideia.

Um sinal tocou, acredito que seja banho de sol, pelo posicionamento do sol parecia umas 10hrs da manhã. Sai tranquilo pelos corredores e dei no pátio, encostei no muro e fiquei vendo os cara jogar uma bola. De longe vi um me encarando, não demorou pra ele encostar do meu lado.

Xx- Grego ? - ele diz me estendendo a mão e eu pego desconfiado - VN, meu padrinho me deu um toque de que logo tu ia tá aqui com nois.

Grego - E teu padrinho é quem?

VN- O Fumaça - por um segundo encarei ele e notei certa semelhança entre eles

Grego - Fumaça não é teu padrinho - ele apenas me olhou - tu é filho de qual das 7 ? - e ele ri

VN - Da 3º, Márcia - diz

Grego - Tô ligado, tem contato direto com ele ? - ele acenti - será que tu não consegue passar um recado pra ele dar pro meu sub ?

VN - Mais tarde, pouco antes da janta, a gente da um jeito de te trocar de cela, deixa você mais perto. Aí te passo um brinquedo e tu entra em contato com quem precisa.

Benefícios de ter aliados lá fora. Fumaça na verdade era um grande amigo do meu coroa. Me viu nascer e ele foi um dos únicos que entrou comigo na ideia de resgatar meu pai quando ele caiu.

As horas aqui dentro não passavam, o dia era extremamente longo. Mas finalmente chegou o jantar. A comida não era lá essas coisas, comestível até, nada perto dos rango que a loira fazia pra mim, isso é óbvio.

Na hora de voltar pra cela percebi que tava sendo levado pra outro lugar, quando entrei na cela, vi o Tal do VN e mais 3 cara. O carcereiro fechou a grade e foi embora.

VN - Bem vindo irmão, tua cama é aquela ali - apontou pra um colchão no canto da cela. - teu brinquedo tá dentro do colchão.

Grego - Agradece aí pela ajuda - fizemos um toque.

Já tinham apagado as luzes, tava praticamente tudo escuro, esperei o sinal do VN que o carcereiro já estava no fim do corredor e fiz uma ligação.

Mt

Luísa tava terminando de fazer os pagamentos do pessoal da boca e nós estávamos sentados na salinha.

Luísa - Minha cabeça vai explodir- disse passando a mão pelo rosto

Mt - Vamos pra casa, amanhã nois termina isso aqui - levantei e estendi a mão pra ela

Luísa - Será que ele tá bem ? - ela me pergunta olhando pela sala - é muito estranho entrar aqui e não ver ele

Mt - O cara se vira, ele sempre deu jeito pra tudo, pra isso não vai ser diferente.- falei fechando a porta da sala.

Acertei o que tinha pra acertar com os menor que ia fazer plantão e nós descemos.

Luísa - Tem falado com a Brenda ? - ela pergunta e eu a encaro

Mt - Na verdade to correndo dela - ela ri

Luísa - Ainda ? Você sabe que ela e o Biel voltaram né ? - eu dou risada

Mt - Exatamente por isso, quero buchicho com meu nome mais não, na verdade preciso passar em um lugar antes de ir pra casa, tu vai de boa sozinha ? - ela da meio sorriso e continua andando

Luísa - Vai ir ver a Marcela? - eu acabo não respondendo - Manda um abraço pra ela - Luísa continua o caminho até a goma dela.

Peguei meu celular e mandei uma mensagem pra Marcela.

Eai, tá ocupada ?

Mas não tive resposta, então peguei o rumo de casa. Cheguei lá me joguei no sofá, mas tava inquieto, peguei o celular de novo e mandei uma mensagem pra Luísa.

Tem rango aí ?

Minha casa agora é restaurante ?

Tô encostando

Vem o passa fome, mais trás pelo menos um refri.

Jaé

Desci no bar e peguei um refri e fui indo pra casa da Luísa, mas decidi passar na barreira pra dar uma olhada no movimento, não esperava pela surpresa que eu ia ter quando cheguei lá.

Fiquei encostado no carro meio longinho, mas conseguia ouvir a conversa.

Marcela - Não entendo porque veio atrás de mim, a gente não tem mais nada tem muito tempo, tempo o suficiente pra você me esquecer !

Leonardo - Eu tô querendo resolver as coisas, você pode pelo menos uma vez me ouvir ?

Marcela - Amanhã! Hoje eu tô sem cabeça pra suas histórias!

Ele chega perto dela e segura o rosto, diz alguma coisa no seu ouvido e eles se abraçam, logo ela sobe e ele entra no carro.

Peguei meu carro e subi pra casa da Lu.

Amor bandido Onde as histórias ganham vida. Descobre agora