cap 62

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Mt

A Lu tava me ajudando demais, a verdade é que eu não saberia o que fazer se ela não tivesse aqui, digo em relação a tudo, não só a o Juninho. Ela tem sido forte pakas, sendo suporte pra todo mundo, carregando a cruz dela e a dos outros, sabe se Deus de onde um ser tão pequeno tava tirando força pra isso, já que todo mundo tava esperando que fosse ela quem fosse desmoronar.

Eu tava realmente indo de mal a pior, me afundando cada vez mais, mais tava me sentindo culpado, nunca me senti mal por levar a vida que eu levo, até o momento que isso me impediu de ver meu filho nascer e de dizer adeus pra mãe dele.

O grego tinha me afastado da boca, achou que me tirando de lá talvez eu parasse de me drogar, mas pelo contrario ele me deu mais tempo livre pra fazer merda. Tava com o juninho no colo, miseravel, era identico a mãe.

Mt - Bixão é lindo né - luisa acentiu enquanto balançava a mamadeira misturando a agua com a formula.

Luisa - Toma, dá mama pra ele que eu vou aprontar o almoço, tu precisa de comida. - ela foi pra cozinha e me deixou ali na sala com o menor.

Mt - É filhão, agora é só nós. - encaixei a mamadeira na boca dele e ele começou a sugar todo o liquido. - Bixo esfomeado da porra - ri sozinho - É carinha, agora é eu por você, você por mim e nois dois pela tia Lu.

Tava na hora de voltar a vida, dizem que a gente precisa se permitir viver o luto, eu já tinha vivido o suficiente, precisava agora era lutar, por mim e pelo menor. Terminei de dar mama pra ele, coloquei no carrinho deixei na cozinha com a Lu e fui tomar um banho, entrei no quarto e achei um pino em cima da pia do banheiro, fiquei encarando por uns minutos.

Mt - Esse aqui é o ultimo - disse decidido.

Terminei meu banho e desci, a Lu tava sentada na mesa brincando com o Juninho.

Mt - Deixa eu te falar - ela me encarou - Pode voltar pra tua casa se quiser, acho que dou conta dele - me sentei

Luísa - Me expulsando? - riu - Entendi, bem direto né

Mt - Sabe que nao, tô falando que tu não precisa abandonar tua vida pra me ajudar, tem mais gente que precisa de tu.

Luísa - Ele sabe se virar - interrompi

Mt - Eu também sei - ela me interrompeu

Luísa - Mais o Yuri não, isso não tá aberto pra discussões, eu não vou embora e deixar ele sozinho com você, tá cuidando nem de si próprio - colocou o prato na minha frente - Agora vai comer

Ela era teimosa demais, mas de certa forma tava certa, tô cuidando bem de mim. Sentamos pra comer e não demorou pra alguém bater no portão

Mt - deixa que eu vou - fui ver quem era

Brenda - Oi, eu vim ver a Lu, ela não atende o celular

Mt - Entra ae - ela entrou

Brenda - Como você tá ? - antes que eu respondesse - Nossa que pergunta mais idiota, é claro que tu não tá bem, mas é que - ela começou a se embaralhar com as palavras

Mt - Relaxa, tá melhorando

Luísa - Olha quem apareceu - abriu um sorriso quando viu a Brenda

Brenda - Você não me atende, olha só esse bebezinho lindo meu Deus - falou pegando o Yuri no colo - Eu te morderia todinho

Mt - Almoçar ? - ela negou e eu me sentei de volta na mesa, terminei rápido de comer e deixei as duas por lá.

Subi no quarto peguei o celular, uma camisa e subi na boca.

Grego - Perdido aqui - falou me vendo passar pela porta

Mt- Perdido eu tava lá fora, vou voltar - me joguei no sofá

Grego - A pedido de quem? - falou ainda encarando o celular

Mt - Da minha sanidade, tu não pode mais me deixar afastado, tô ligado que tu tá querendo me ajudar, te amo por isso irmão, juro, mas preciso me ocupar com algo que não seja a merda toda que rolou. - ele me encarou - E tu precisa buscar a Luísa.

Grego - O que tá pegando com ela ?

Mt- Ela precisa de uma pausa, a mina parece uma máquina, o tempo todo fazendo tudo por todo mundo, tá na hora de fazer algo por ela.- ele apenas acentiu - Como vocês estão?

Grego - Sei lá, a gente tá bem

Mt - Diz aí o que tá pegando

Grego - Eu sou radioativo, tóxico pra ela - fez uma pausa - Curto ela, mais não quero ser pra ela o merda que eu já sou pra Brenda.

Mt - Não compara, são situações completamente diferentes - tava terminando de falar quando o celular dele tocou e ele saiu.

Papo esquisito esse do Grego, a mina ama ele e geral sabe que ele moveria montanhas por ela, essa situação mexeu com a cachola de todo mundo.

Pensei em tomar um ar, tava precisando dar uma volta, peguei a moto e desci em direção à praia. Cheguei no quiosque, pedi um cocô e tava indo pra areia quando vi a Vitória sentada numa mesinha, tava indo em direção a ela pra trocar uma ideia, quando tava chegando perto um cara apareceu e se sentou com ela, ela tava de costas então não me viu. Me sentei uma mesa atrás e fiquei por ali, aquele cara não era estranho, fiquei um tempo forçando a memória até me lembrar quem era o individuo.

Já tinha quase uma hora que eles estavam ali, e eu meio de longe observando, eles levantaram juntos e foram saindo, coloquei o cap e fui seguindo, eles foram pra um apartamento não muito longe da praia, se não me engano onde a Lu morava antes. Mas não entraram, o carro ficou parado por uns minutos, passou um tempinho só a Vitória desceu e entrou no condomínio. Voltei pro morro, passei um rádio pro grego e fui pra boca.

Amor bandido Where stories live. Discover now