Cap 41

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Luísa

Voltei pra mesa, e sentia os olhares da Brenda em mim, fazia algum tempo que tínhamos nos afastado, ela morria de ciúmes Mt, mas era pura bobagem, nunca tivemos nada. E o fato de não ver ela todos os dias também potencializou o nosso afastamento.

Eu estava inquieta, tinha sido um selinho mais aquilo me incomodava, ele logo voltou pra mesa, quieto, com cara de inteiro e eu evitada olhar pra ele, pois sempre estava olhando pra mim.

Que falta a Clara faz nos roles comigo, queria descer pra dançar e sair daquele clima mais não queria ir sozinha.

Faísca - Tu tá bem ? Tá inquieta - falou olhando pro meu pé que eu não parava de balançar

Luísa - Vou lá fora tomar um ar, já volto - ele segurou meu braço

Faísca - vou contigo pô - mais a Brenda interrompeu

Brenda - Deixa, eu vou com ela, relaxa - me olhou como quem diz, anda logo e saímos dali

Descemos e fomos lá pra fora

Brenda - O que rolou lá no bar, você voltou pálido e o brilho dele sumiu todinho - ela riu

Luísa - Tá nítido assim ? - acentiu - Eu não sabia que o faísca era primo de vocês, ele veio me perguntar se ainda sinto algo, disse que tava com saudade - passei a mal pelo rosto

Brenda - e você ?

Luísa - Eu o que ?

Brenda - Sente algo? Sente saudade ? - perguntou como se fosse óbvio

Luísa - Claro Brenda, amo aquele imbecil, mais seu irmão foi muito cuzao comigo, por várias vezes. Chega - sentei no meio fio

Brenda - Vocês complicam demais, se gostam e não estão juntos por orgulho dos dois, melhora essa cara, vamos dançar

Ela me ajudou a levantar e fomos lá pra dentro e começamos a dançar, as horas passaram e logo começou o show do mc poze

Ficamos bem pertinho do palco durante todo o show, estava super apertada fui tentar usar o banheiro mega lotado, minha salvação seria usar o banheiro do reservado, subi correndo e entrei no banheiro, sai o Poze tava cantando poesia 11, lavei as mãos cantarolando quando ia saindo pro corredor fui prensada na parede.

O perfume entregava quem era, eu só fiz ficar imóvel, apenas respirava fundo, era incrível a reação do meu corpo com o toque desse homem.

Ele cantarolava no meu ouvido bem baixinho enquanto prensava meu corpo na parede

Oi, tá com saudade e quer me ver
E ama a minha pegada
Mas essa vida que eu levo
O tempo é curto, eu confesso
Bem que seria uma boa ter você por perto
Mas não tô podendo me apegar
Se for um lance, isso nós pode ver
A melhor forma de se entender

Mente criminosa, coração bandido
Não posso fugir desse meu instinto
Não faço poesia, faço trabalho lindo
Se o trem passar, melhor sair do trilho

Ele distribuía beijos no meu pescoço enquanto eu cantava baixinho..

Baby, eu te provo no contrário
Na boca que beija e nesse mesmo cenário
Todo dia eu quero o seu amor, eu nem disfarço
Baby, eu te chamei porque o nosso tempo é raro

Esquecer a dor nunca foi fácil
Valor do nosso laço, tu sempre do meu lado
Outras até tentaram, mas todas falharam
Nosso corpo é só um, perdidos em comum, só um

Peço a Deus que nos dê mais amor pra caminhar
Tire de nós o orgulho, a lembrança que sempre machuca
E nos meus olhos tu veja a vontade de te amar, amar
Sempre me escondo dessa escuridão que me assusta

Grego - Volta pra mim - ele sussurrava no meu ouvido

Luísa - Isso é o álcool falando e você sabe disso - tentava sair dele

Grego - A boca fala o que o coração tá cheio, eu tô cheio de saudade, volta pra mim - tava quase cedendo

Luísa - Para - ele se afastou um pouco - Eu sofri muito por você já, se for pra pensar nessa hipótese você precisa ser honesto comigo - ele me ouvia atentamente - Amanhã a gente conversa, sem estar no efeito do álcool . - me soltei dele e voltei pro meio da multidão.

Ele mexia comigo e sabia disso.

Voltei e o Faísca tava lá com a Brenda, tadinho mal dei atenção pro garoto

Faísca - Tá tudo bem ? Tô te achando tão distante

Luísa - Longa história- ri - mas tô aqui agora bora dançar ? - ele acentiu e começamos a dançar no meio do pessoal.

As horas passaram, eu já estava bem alegre, todo mundo se divertindo olhei pro reservado e o grego tava encostado na grade com a Fernanda, ela beijava seu pescoço e ele a ignorava, seus olhos encontraram o meu, mantivemos o contato visual por um tempo até a Fernanda grudar na boca dele, voltei a atenção ao pessoal e chamei o faísca

Luísa - Acho que vou embora

Faísca - Te levo pô, da uns 10 aí que eu já volto - vi ele subir pro reservado e ir falar com o grego, o mesmo entregou uma chave pra ele mas com os olhos colados em mim

Faísca - Bora loira ? - meu estômago revirou quando ele me chamou de loira, grego me chamava assim..

Luísa - Bora - olhei pro grego e ele me olhava sério.

Entramos no carro só maldiro, o cheiro lá dentro era grego puro. Faísca parou o carro lá na frente de casa

Faísca - Vai me contar o que tá rolando? - eu ri - Eu já sei só grego - meu brilho sumiu - Tu curte ele ainda ?

Luísa - É muito complicado, não é só gostar, tem muito mais coisa envolvida. - ele pegou minha mão

Faísca - Tu curte ? - eu acenti - Não to querendo o lugar de ninguém, longe de mim isso, substituir muito menos apagar o que vocês tiveram, mais eu te curti tá ligada ? Eu também sai de um relacionamento recentemente e te entendo, se tu precisa de tempo pra cicatrizar, tá suave, tô sem pressa

Luísa - Tu é um fofo - rimos - Não ia me contar que vocês são primos ?

Faísca - Não queria que isso atrapalha-se a gente de se conhecer, ia rolar pré julgamento e eu não curto isso - ri - mais é isso loira, precisou da um salve, pra tu eu arrumo um tempo. - deu um beijo na minha testa e eu desci do carro

Entrei, tomei um banho, coloquei um pijama e deitei na cama pensando no que o grego disse, no faísca, eu tava me privando de viver por conta de alguém que não se privava de nada por mim. Peguei no sono em meio meus pensamentos.

Amor bandido Where stories live. Discover now