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                         Ícaro/Mesquita

Cheguei no baile animadinho, pagando de patrão e os caralho com os irmão tudo ao meu redor, usando até o fuzil na bandoleira coisa que nem sou fã, prefiro curtir light, sem da muita visão aos porcos.

Tava só avistando se tinha alguma novidade nessa favela, sempre a mesma
porra de gente feia, até enjoa de brotar nessas curtição.

Mesquita: Amo minha favela e meu baile mas porra tô enjoado da cara dessas feia - falei boladão olhando pro mano

Boca: Tu que é chato pra caralho, baile tá lotado de mulher, só escolher a tua - riu

Mesquita: Vocês que aceitam qualquer candanga, to na paz - fiz o 2 com o dedo e cortei o papo.

Bagulho tava até fluindo gostoso e sem estresse, nada pra abalar a mente, até Aline botei pra ralar, sou corno eu? Pra tá dando ideia a mulher que me abandonou na cadeia? brabão, tava avistando de longe ela com maior bico e olhando feio pras mina, cheia de inveja na mente aquela ali.

Boca: Tu viu o periquito por aí? Mano sumiu pelo baile - falou me entregando um vidro de black lança e eu peguei pra usar

Patrick: Tá se fazendo ali no camarote da Marcela, só as selecionadas, tô quase brotando lá

Boca: Bora lá mano, Marcela erra nunca - riu esfregando uma mão na outra e eu encarei os dois serinho

Mesquita: Minha segurança vai com Deus né seus incompetente? Vai ficar tudo aí - brinquei

Camarote da Marcela quase ao lado do meu, fiquei de cantinho só observando e rindo dos menor, fui tirado da graça quando vi uma loirinha toda gostosa, roupinha marcando o corpo, me atiçou legal.

Não sou bobo nem nada já encostei na grade pra ver melhor, acreditei não, dei uma risada que quem passou do lado confirmou que eu sou maluco, eu ri alto pra caralho mesmo, desacreditado da mina ter brincado com a vida dela, nem fiz esforço pra tal coisa, ódio subiu rápido na mente.

Mesquita: Colfoi brota aqui agora, tô de brincadeirinha não - falei no rádio boladão com os menor, não deu segundos e eles brotaram

Boca: Qual foi da vez? Tá puto porque? Tava tranquilo aí chefe

Patrick: Manda que nos faz

Mesquita: Tem a loirinha lá no camarote da Marcela que é amiga dela, leva pra boca agora e a filha dá puta da Marcela também, o resto não deixa encostar - falei puto já saindo e jogando o copo de bebida no chão.

[..]

Mesquita: Colfoi Marcela tá de troia pra cima de mim porra? Olha as mina que tu trás pra cá cara, daqui a pouco tá trazendo polícia e a delegacia toda sua infeliz - gritei segurando o braço dela e soltei com força, até então ninguém tava entendendo porra nenhuma do meu surto

A outra mandada tava quieta bem do lado, única coisa que deu pra ouvir era o choro baixo dela mesmo, eu tava nervoso pra caralho andando de um lado e do outro.

Mesquita: E tu sua maldita, não tem amor a sua vida não? Daqui tu não sai hoje entendeu? Se tu sair viva agradece a Deus, pode me dando um motivo pra tá aqui na minha favela - gritei me aproximando dela que se encolheu toda

Marcela: Você é doente, me explica o que tá acontecendo, ela é a minha amiga que eu fico, lembra? Te falei dela - falou indo abraçar a garota e eu olhei serinho fazendo ela desfazer do abraço e voltar pro lugar

Mesquita: Abre a boca garota, fala pra Marcela quem é tu, pra ver se ela acorda - falei puxando o braço dela - e para de chorar que o desenrolo nem começou

Dalila: Ma você sabe que eu sou juíza né? Eu quem peguei o caso do seu irmão na época que ele foi preso, desde então ele vive me ameaçando, sendo que eu só fiz o meu trabalho assim como faria com qualquer outra pessoa, sendo que jamais imaginei que vocês eram da mesma família, te conheci da forma mais aleatória possível - falou soluçando

Mesquita: Fodase que tu fez teu trabalho, quem mandou brotar na minha favela caralho? Tu vai tomar o teu - apertei o braço dela

Dalila: E você acha que eu sabia que isso aqui era seu? Eu não sou maluca e muito menos queria tá aqui nesse lugar, - respirou fundo - vim por causa de muita insistência das meninas, você que tenta descontar seu ódio em mim, sendo que eu vivo minha vida sem nem lembrar que você existe, tô pouco me fodendo se você fugiu, eu só fiz meu trabalho naquele dia lá, se tu for preso de novo nem sou eu quem vou pegar teu caso, são situações aleatórias mas você é vingativo demais pra entender isso, me deixa ir embora que nunca mais apareço, para de ser psicopata.

Mesquita: Fala direito caralho vem com deboche não que eu encho tua cara de bala entendeu? - apertei o rosto dela deixando a marca da minha mão e Marcela veio pra cima de mim

Marcela: Para ícaro, você tá doidão aí, a menina já disse que tá pouco se fodendo pra você e tu nessa, libera pra ela ir embora, resolve comigo mas deixa ela em paz

Mesquita: Ta pulando no miolo pela sua namoradinha? Tô nem te entendendo, vou liberar essa porra pra ela me fuder lá fora? Já me fudeu o suficiente, vai ficar aí sei se volta viva não

Dalila: Não não me mata por favor, assim como você tem uma família que depende de você a minha também depende de mim, tem um pouco de compaixão a sua vida, eu vou embora e nunca mais entro no seu caminho - se encolheu mais ainda.

Patrick: Colfoi irmão desculpa atrapalhar o desenrolo aqui - falou entrando na sala e eu só desviei meu olhar pra ele e arqueei a sobrancelha esperando terminar de falar - Aline tá doida aí pela favela pedindo pra te acharem porque teu filho caiu de algum lugar e tá no hospital

Até eu ficar ciente do que tinha ouvido minha mente trabalhou pra caralho, perdi o foco todo da situação, meu filho em primeiro lugar sempre.

Mesquita: Que porra, vou quebrar a cara da Aline se acontecer alguma coisa com meu filho, que caralho - dei um soco na mesa

Peguei meus bagulhos e comecei a mandar rádio pra saber que hospital aquela filha da puta tinha ido.

Mesquita: Marcela pode sumir da minha frente e tu aí loira - falei me aproximando dela e ficando bem perto - nosso bagulho não acabou aqui não, a gente ainda vai se bater por aí, fica ligada.

Dei mais um aperto no rosto dela e meti o pé atrás de notícia do meu filho.

DOUTORA 🔫Where stories live. Discover now