DOUTORA 🔫

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                                    Dalila

Hoje eu tive dois julgamentos extremamente cansativos, um chegou a durar mais de 6 horas o que me deixou completamente maluca e exausta, tu até estuda o caso mas no final parece que não estudou foi nada, na hora dos fatos tudo se torna diferente.

Larissa: Dr Dalila preciso lhe informar que seu pedido de transferência foi negado, a senhora precisará permanecer neste fórum por mais tempo.

Olhei incrédula pra cara dela, mas gente minha vontade foi gritar de ódio, como uma pessoa ameaçada milhares de vezes por um "colega" de trabalho tem um pedido de transferência negado assim? Sem explicações.

Dalila: Agradeço pela informação Larissa - sorrir sem mostrar os dentes e bufei de ódio quando ela se retirou da minha sala.

Não consegui segurar e as minhas lágrimas desceram automaticamente,a pior sensação é você se sentir vulnerável, queria sumir desse lugar, mas como todo castigo pra Dalila é pouco eu fui forçada a segurar o choro quando vi o imundo entrar pela porta da minha sala, mesmo sem autorização alguma.

Bruno: Porque estás chorando Dr Dalila? Desabafa com o seu amigo - falou debochando

Dalila: O que você quer? Quer quanto? Só me deixa em paz por favor - respirei fundo engolindo o choro.

Bruno: Eu não preciso de dinheiro!! Eu só quero você pra mim, ou que você suma daqui desse lugar.

Dalila: Tá delirando só pode, tá ficando velho e maluco - rir debochando da cara dele, muito sínico.

Bruno: Você sabe que a minha implicância desde que você chegou não é em vão "Doutora" Dalila - ele deu ênfase no doutora e passou a língua umedecendo os lábios, o que me fez ter ânsia de vômito.

Dalila: Porque você é um machista de merda e não aceita que uma mulher fazer o mesmo trabalho que você sendo que dez mil vezes melhor.

Bruno: Você só vai ter paz quando estiver em meus braços e for minha doutora Dalila.

Dalila: Isso é assédio doutor Bruno e eu não vou admitir isso jamais, você é sujo e mal caráter, é guerra que você quer? Então é guerra que você vai ter, esqueça a paz na sua vida.

Levantei gritando e praticamente voando no pescoço dele, minha vontade foi de matar mesmo, de apertar o pescoço até ele cair duro na minha frente, homem sujo e asqueroso.

Bruno: Você não sabe o tesão que isso me dá - passou a mão no meu cabelo fazendo eu me afastar automaticamente.

Dalila: Sai sai sai daqui imundo, eu poderia gritar mas eu vou te fuder aos poucos até ver você bem no fundo do poço, seu nojento - abrir a porta e empurrei ele da minha sala, homem gordo imenso nem sei de ontem tirei forças, foi Deus mesmo. Tranquei a porta e chorei igual uma criança, me sentindo totalmente indefesa e suja, com a sensação que eu fracassei em tudo.

Faltou forças até pra pegar minhas coisas e ir embora, aí liguei pra Marília e pedir pra ela vim na minha sala, tadinha veio rápido sem entender nada.

Marília: Amiga porque você tá assim? O que aconteceu? - me abraçou fazendo eu me encolher nos braços dela.

Dalila: Ele me assediou amiga, falou coisas horríveis pra mim, eu quero ir embora daqui, não tenho mais vontade de trabalhar nesse lugar, prefiro recomeçar a minha vida do 0 do que ficar assim.

Marília: Ele quem Dalila? Quem encostou em você me fala pelo amor de Deus.

Dalila: O Bruno, ele não me encostou mas falou coisas nojentas, tentou se aproximar de mim, aí que nojo - me encolhi mais uma fez fazendo ânsia de vômito.

Marília: Isso não pode ficar assim não Dalila, a gente precisa tomar medidas cabíveis contra esse nojento, você precisa ir na delegacia ou em qualquer outro lugar, até quando esse homem vai infernizar sua vida? Esse cão.

Dalila: Sim eu vou fazer isso, mas agora só quero ir pra casa e no momento não tenho condições de nada, eu quero ir embora desse lugar.

Marília: Não é simplesmente ir embora, olha o tanto que você lutou e batalhou pra chegar até aqui? Pra vim um machista de merda e querer te oprimir? Ainda mais com assédio? Sua família depende do seu trabalho amiga, a gente vai no inferno mas vai destruir esse demônio - voltou a me abraçar.

Dalila: Eu posso ir no fundo do poço Marília, mas antes de chorar a minha mãe que chore a dele.