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Ícaro/Mesquita

Menor me avisou que deixou a Loirão na casa da Marcela e eu agradeci ele mandando meter o pé logo em seguida, problema por cima de problema em algumas bocas me deixou viradão, acordado na base de whisky e maconha, bagulho de quebrar a cabeça mesmo com tanta responsabilidade nas costas.

Periquito: Tu tá feio em cara? Porra ta parecendo um urso com esse cabelo, cruz credo - riu da minha cara me fazendo olhar pra ele boladão

Mesquita: Coe toma no seu cu, aproveita que tá engraçadinho e vai trabalhar nessa porra que tem trabalho pra caralho aqui, meu mal é da moral pra vocês aí acham que o crime é o creme..

Periquito: Porra tá comendo buceta não? Nervoso pra caralho irmãozinho, acalma teu coração que tua loira tá na área já - deu dois tapa nas minhas costas

Mesquita: Papo reto? Ta faltando serviço pra tu mesmo, toma ai - joguei os bagulhos pra ele quebrar a cabeça também porque eu me fudi a noite toda tentando resolver.

Periquito: Coe eu tô de folga, sai pra lá - empurrou minha mão.

Mesquita: Você estava, apareceu na minha frente não tá mais, boa tarde tô indo embora cortar esse cabelo de urso, fé - retribui os dois tapas nas costas dele. 

Peguei minhas paradas e ele ficou lá xingando pra caralho só assim deixa de ser comédia, metido a engraçadinho.

No caminho acionei pro menor cortar meu cabelo lá em casa mesmo, sem paciência nenhuma pra brotar na barbaria e ficar ouvindo conversa de criança, ajeitei até o boné na cabeça porque tava parecendo um urso mesmo, feião.

Mandei mensagem pra loirão falando que ia brotar lá pra ver ela, mas eu vou mesmo buscar porque não sou otario de deixar minha mulher dando bobeira na casa da Marcela né? Marcela maior cachorra velha, doida pra agarrar o osso de novo.

Menor chegou pra cortar meu cabelo e deixou maneirinho na régua, fiquei até leve me sentindo o preto gostoso que eu sou.

Tomei aquele banho pra ficar cheiroso e me trajei no all black pra buscar minha loirão, coe coração do bandido tá até com saudade daquela maldita.

Já fui entrando na casa da Marcela como? Do meu jeito, abrindo a porta sem nem pedir licença igual essa pilantra faz na minha casa, Marcela e minha mãe moram na mesma casa sendo que uma na casa de cima e outra na casa de baixo, mas minha mãe quer viver em casa mais não, deve ter arrumado um velho no mundo.

Marcela: Caralho ícaro filho da puta, que susto  cara - levou a mão no peito me fazendo da uma risada.

Mesquita: Coe tá devendo? Feia, cadê minha mulher? - Marcela olhou pra minha cara arqueando a sobrancelha

Marcela: Nem sabia que já tava nesse nível, Ela tá la no quarto, olha depois eu quero conversar com você tá?

Concordei com a cabeça sem da muita importância as maluquices da Marcela e fui andando na direção do quarto, porta tava só encostada, observei a loirão sentada na cama penteado o cabelo e dei um meio sorriso logo que entrei no quarto.

Dalila: Não sabia que você ia vim tão rápido, nem terminei de me arrumar - deu um sorrisinho de lado.

Mesquita: Brabão que eu ia deixar tu aqui com essa pilantra da Marcela dando bobeira fia, e tu tá linda po - fechei a cara fazendo ela rir.

Dalila: Tadinha não fala assim da minha ex..

Mesquita: Vou nem falar nada, bota uma roupa maneirinha ai que a gente vai sair pra almoçar, - tarde pra caralho sei nem se tem almoço ainda.

Dalila: Gosto assim em, pagando a promessa que me fez - soltou beijo e eu neguei olhando pra cara dela, tô virando viado só pode.

Me deitei na cama e fiquei de bobeira esperando ela se ajeitar, uma demora do caralho mane, já tava ficando bolado, sou inquieto consigo ficar parado muito tempo não, tá maluco.

Dalila: Prontinho bofe e desfaz essa tua cara feia se não eu fico aqui mesmo - inclinou a mão pra me puxar da cama e eu puxei ela pra deitar comigo

Mesquita: Tava com uma saudade do caralho desse teu cheiro, papo reto vou até ignorar esse bofe ai - fui passando a mão no cabelo dela devagar até chegar na nuca, aproximei o rosto e roubei uns selinhos.

Dalila: Confesso que eu também tava com um pouco de saudade de você..

Senti ela puxar meu lábio devagar e dei início a um beijo gostosinho, papo reto é difícil até admitir o poder que essa filha da puta vem tendo sobre mim, tá maluco corpo arrepiou todinho mane, que parada sinistra.

Já fiquei como? Empolgado doido pra rasgar o vestido dela e jogar na pqp, o pau soluçando dentro da bermuda, fui interrompido dos meus pensamentos com a doida se afastando.

Dalila: Vou deixar tu me bagunçar não, eu quero comer, vamos logo - levantou me puxando da cama, tem até força essa mandada.

Mesquita: Coe tu vai deixar eu sair assim mermo? - Falei olhando pra minha bermuda, boladao e ela rindo da minha cara.

Filha da puta deu nem ligancia pro meu papo e saiu saindo do quarto, ainda fui no banheiro rapidinho jogar uma na cara pra aliviar a tensão.

Marcela: Pensei que não iam respeitar o meu lar sagrado e abençoado por Jesus - falou olhando pra minha cara bem seria, da com Marcela não po, muito ridícula.

Ícaro: Tu é mandada e ainda arrumou outra mandada pra mim, tô fudido mermo - rir olhando pra cara da Dalila que ficou mais vermelha do que o normal.

Me despedi da Marcela e guiei com a loirão, de moto então rapidinho nos chegou no restaurante que tem uma vista maneirinha da favela, Dalila ficou encantada, pedindo até pra tirar foto dela, brabão que eu sei tirar foto, reclamou de todas, fiquei puto e mandei ela pedir pra outra pessoa.

Dalila: Você é muito chatinho né? Tudo fica de bico - apertou minha boca quando nós sentou na cadeira e tava olhando o cardápio pra fazer o pedido.

Mesquita: Claro po eu sou maior fotógrafo e tu vem reclamar do meu serviço? Me deixou triste.

Dalila: Você tira fotos maravilhosas, jamais eu iria reclamar - fez careta e eu rir negando com a cabeça sem acreditar no deboche dela.

Mesquita: Coe chefe trás esse risoto aqui de camarão pra mim e pra minha mulher, um balde de Heineken e um suco de laranja pra da aquele equilíbrio - pedi pro garçom que anotou o bagulho e saiu.

Dalila: Só quem vai beber sou eu tá? Tô novinha pagando meu silicone ainda pra tu me levar de americanas com cachaça e moto.

Mesquita: Brabão mo, jamais que eu vou deixar tu se machucar, pai é piloto de fuga tá? - falei abrindo a cerveja logo que o garçom trouxe e despejei nos copos.

Dalila: Se tem uma coisa que eu tô com trauma é de me machucar - ouvi a respiração dela pesar e trouxe o corpo dela mais pra perto de mim envolvendo em um abraço meio feioso.

Mesquita: Enquanto tu tiver sendo por mim e eu sendo por tu, vou deixar ninguém te encostar não doutora, daqui a pouco aquele filho da puta vai tá na vala - dei um gole na minha cerveja e observei ela fazer o mesmo com a cerveja dela.

Dalila: Obrigado por tudo, quem diria que no meio disso tudo logo você seria por mim né? Logo você - riu sem humor..

Mesquita: A vida tem dessas mas e tu tá se sentindo bem? Passou os machucados já? - acariciei a mão dela encostada na minha perna.

Dalila: É bem recente né? Fisicamente to bem psicologicamente nem tanto.

Mesquita: Entendi, tô vendo que falar dessa parada não tá fazendo bem pra tu, bora mudar de assunto minha gata..

Dalila: Gosto desse seu jeito, é meio ogro né? Mas teu coração tem uma bondade surreal ícaro, da pra enxergar de longe - passou a mão no meu rosto me deixando todo sem graça.

Mesquita: Mesmo com a maldade do mundo a gente não pode perder a pureza do coração com quem nos faz bem não Dalila, se eu perder isso eu me perco..

DOUTORA 🔫Where stories live. Discover now