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Dalila

Acordei super desnorteada e quando fui caindo em si veio a tona tudo que aconteceu, óbvio que eu dormir pra um caralho e acordei sozinha no quarto né? Irmãs a bebida antes de te matar ela humilha e pisa!!

Minha cabeça foi de 0 a mil pensamentos por segundos, eu pensei em como foi bom, em como fui louca de transar com um cara que me jurou por meses e fez da minha vida um inferno e pra acabar de fuder, irmão da garota que eu tô ficando e eu nem vou entrar nos detalhes sobre ser bandido.

Dalila: Olha minha filha você passou de todos os limites permitidos por Jesus.. -

falei pra mim mesmo e logo em seguida levantei da cama procurando pela minha roupa, antes de colocar olhei no espelho e vi todas as marcas evidentes pelo meu corpo mas como Deus é bom comigo, foram em lugares que a roupa esconde.

Depois que coloquei a roupa sai do quarto bem sonsa né? Como se nada tivesse acontecido mas por dentro eu tava com a cabeça totalmente atormentada, me sentindo a pior pessoa do mundo.

Ouvi o som um pouco alto vindo lá de baixo, mas eu não tava nem um pouco afim de descer, aí fui rezando pra encontrar pelo menos Tatiane no outro quarto, porque Marília eu ainda ia procurar notícias e Marcela era a última pessoa que eu queria ver no momento.

Tati: Que cara é essa minha filha? O que aconteceu? Já basta essa daqui - falou assim que eu entrei no quarto e respirei aliviada ao da de cara com ela, logo em seguida vi ela apontar pra Marília e respirei mais aliviada ainda.

Dalila: Aconteceu TUDO mas pelo menos essa daí tá viva pra ouvir o esporro que eu vou da nela quando acordar - dei ênfase no tudo.. - cadê a Marcela?

Tati: Ela tá lá embaixo, porque? dormiram juntas não?

Dalila: Amiga a gente transou - falei tirando um peso das minhas costas e Tatiane me olhou arqueando a sobrancelha

Tati: mas e vocês não já transavam? Oxi tá drogada Dalila?

Dalila: Não Tatiane, naaooo!! Eu transei com o Bofe lá cara o tal do Mesquita, pelo amor de Deus - choraminguei

Tati: Meu Deus? Dalila do céu me conta isso - ela levou a mão até a boca e eu balancei a cabeça de forma negativa, sem saber por onde começar..

Dalila: Olha como eu estou - levantei a blusa mostrando as marcas pelo meu corpo logo após contar os detalhes do que aconteceu..

Tati: Pelo jeito foi bom né sua pilantra? Dalila eu estou desacreditada - falou me fazendo da um sorrisinho ao lembrar.

Dalila: Não era pra ter acontecido jamais cara, nunca nunca entendeu? Foi coisa do momento mesmo, sei lá, eu tava era doida..

Tati: Agora você vai fazer a calada vence e vida que segue entendeu? Até porque você é solteira, em nenhum momento assumiu nada com a Marcela e vê se não deixa o fogo nessa bct ser maior do que seu juízo novamente ok? - ela me abraçou, sabia que eu tava bem na merda.

Dalila: Acho que vou arrumar as coisas e ir embora, tô sem clima nenhum de continuar aqui entendeu? Pego um ônibus na rodoviária e vocês ficam até acabar o feriado..

Tati: Eu vim contigo e vou voltar contigo irmã, se você não tá se sentindo bem a gente conversa com a Marcela e diz que quer ir embora, tá bom? Mas vamos aproveitar o restinho de hoje, pode ser? - concordei com a cabeça mesmo a contragosto, porque como eu ia descer e olhar pra cara do bofe? Sem condições.

[..]

Tava rolando maior churrasco lá embaixo, parecia até comemoração de alguma coisa, eu nunca vi um povo pra gostar tanto de assar carne igual bandido viu?

Cumprimentei algum dos meninos que eu peguei mais intimidade e fui direto na Marcela que tava preparando alguma bebida.

Marcela: Ta viva? Pensei que ia ter que te buscar e jogar na piscina pra você acordar - falou animadinha ja bêbada e me entregou uma bebida pronta.

Dalila: Você num é doida - desdenhei levando a bebida até a boca e dando um gole, fiz careta logo em seguida, odeio bebida quente.

Deixei ela ali e fui deitar em uma das espreguiçadeiras, meu corpo só queria ficar deitado mesmo, então assim eu fiz. Eu ainda não tinha prestado atenção no bofe mas assim que deitei observei ele mais próximo pra área da piscina, coloquei meu belo óculos de sol e fingi demência.

Boca: Tá só de patroa aí né garota, toda doutora mesmo - ele riu se sentando junto de mim

Dalila: Eu tô é cansada mesmo, esse negócio de bloquinho não é mais pra mim não, doida que esse feriado acabe - falei ajeitando meu corpo na espreguiçadeira.

Boca: Pode pá, a gente vai meter o pé daqui a pouco também, farra acabou.. -

Dalila: Essas meninas tem maior fogo no cu, nem falam sobre ir embora - rir

Boca: Só tu mermo que quer ir embora daqui garota, nem eu queria, mas o trabalho me chama né? É foda..

Dalila: Verdade boquinha - dei um meio sorriso.

Vi o outro se aproximando da gente provavelmente pra falar alguma coisa com o boca, como sou fofoqueira permaneci do mesmo jeitinho só pra ouvir, ele fingiu que eu nem tava ali e fiz o mesmo, duvido que deito pra homem nenhum.

Mesquita: Coe fica aí de papinho gostoso, já fez o bagulho pra nós meter o pé? - resmungou

Boca: Já sim cara, só tô esperando tu..

Mesquita: Tranquilo, comer esse churrasco aí pra nos pegar a pista - fez joinha com a mão e saiu de perto.

Eu levantei e fui na cozinha atrás de algum suco ou refrigerante pra beber, tava doida pra tomar qualquer coisa que não tivesse álcool, enchi maior copo de coca e comecei a beber..

Mesquita: Coe quero trocar um papo com tu - ele falou entrando na cozinha me fazendo arquear a sobrancelha e olhar pra cara dele.

Dalila: Se você tá preocupado em alguém saber alguma coisa principalmente sua irmã, pode ficar tranquilo que o que aconteceu ali morreu ali - falei antes mesmo que ele começasse.

Mesquita: Tá maluca? Tô nem aí pra ninguém muito menos pra Marcela, bobinha aqui é tu de cair no conto dela - riu sem humor.. -

Dalila: Hum então pode falar - olhei séria pra cara dele

Mesquita: Toma esse dinheiro aí pra tu comprar aquele bagulho lá do dia seguinte - falou tirando um dinheiro do bolso e entregando na minha mão, que logo devolvi

Dalila: Não precisa não, pode ficar tranquilo - neguei com a cabeça

Mesquita: Tá doidona? Claro que precisa, joguei o bagulho dentro aí garota.

Dalila: Eu uso diu, não vai acontecer nada - sorri sem mostrar os dentes.

Mesquita: Sei que porra é essa não, mas se tu tá dizendo, vou insistir não - falou colocando o dinheiro em cima da bancada da cozinha e deu de ombros.. - vou embora agora jae? Tchau loirão

Ele falou se despedindo e eu apenas concordei com a cabeça dando tchau pra ele que saiu da cozinha sumindo do meu campo de visão, confesso que deu até um apertinho no peito quando eu lembrei que não ia ter mais aquela piroca gostosa pra sentar.. - dei mais um gole na coca e rir dos meus próprios pensamentos.

Curtam e comentem que eu volto com maissss!!

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