Cap 30 - Um Grande Problema

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~ Amber ~

Acordei com o sol forte batendo no meu rosto através da janela e me deixando com um calor da porra. Por que não ligamos o ar condicionado antes de cairmos duros aqui na cama? Ao menos fechado as cortinas. Mas... É, já sei o porquê não fizemos isso nessa madrugada.

Coisas melhores estavam acontecendo.

Olhei para a coberta e em seguida para Dener, que ainda está em seu décimo sono. Entrei em frustração. Meu Deus, eu fiz isso mesmo? Quero dizer, nós fizemos isso mesmo?

A cara dele mostra a tranquilidade e como está em um sono mais do que pesado, talvez pelo cansaço ou pela vontade de não olhar para minha cara essa manhã. Não sei como Dener não acordou com esse sol por cima da gente, se bem que gastamos muita energia ontem para ele simplesmente se importar com isso agora, né?

Parece pior ainda quando eu tento argumentar comigo mesma.

Olhei para o meu corpo em baixo da coberta e senti um frio na espinha ao ver que continuamos - obviamente - despidos. Voltei a encarar o rosto do garoto e passei a mão cautelosamente pelo seu abdômen, tocando sua tatuagem e parando na altura do peito, só para ter certeza de que sim, é real. Bem real. No fundo torci para que ele acordasse e visse como estamos agora, esperando que sua reação não seja tão surpresa quanto a minha, só que, Dener até parece um anjo apagado dessa forma. Melhor não acorda-lo.

Tirei a coberta de cima de mim e fui saindo devagar, com cuidado, evitando fazer muito movimento bruto. Quando finalmente me livrei totalmente de seu toque e fiquei de pé, comecei a procurar o sutiã pelo chão, até finalmente achar e colocar com rapidez. Coloquei meu short em seguida, mas quase perdi o ar quando vi a camisinha cheia e com um nó em cima, perto do pé da cama. Peguei a mesma, fechei as cortinas, liguei o ar condicionado e sai do quarto sem fazer barulho.

Fui o mais rápido que pude para o meu quarto, quando pude finalmente respirar aliviada. Peguei meu biquíni preto com uma regata rosa quase neon na gaveta e coloquei o pente em cima das coisas. Me apressei em chegar no banheiro.

A primeira coisa que fiz foi arremessar a camisinha cheia no lixo e colocar uns pedaços de papéis por cima para esconder meu constrangimento. Estou quase me escondendo junto. Prendi o cabelo em coque e me joguei em baixo da água gelada, fechando os olhos e sentindo meu corpo relaxar.

Parece que as mãos de Dener ainda estão penetradas na minha alma. Posso sentir ele me segurar, me beijar, passar a língua por cada parte do meu corpo e fazer isso de novo, de novo e de novo. Só de lembrar dos nossos suspiros se transformando em um só me da vontade de vomitar pelo nervosismo e pela descrença.

Isso porque eu ia me afastar.

Expulsei meus pensamentos ao sair do box e me vestir. Fui direto para a cozinha, vendo que sou a única acordada por enquanto. Peguei um prato, pus um cacho de uva e despejei suco natural em um copo. Poderia estar me esbaldando com as comidas de ano novo? Sim, mas meu estômago está bem embrulhado para comer coisas pesadas. Que palhaçada!

Fui calmamente para a piscina e coloquei o copo e o prato na beira da mesma. Retirei a regata rosa e entrei com a água gelada batendo na minha cintura.

Estou me proibindo de pensar muito sobre o que rolou ontem. Não posso. Não devo. Não vou.

A última coisa que quero me lembrar também é do Sebastian sendo o mesmo babaca de sempre e me deixando extremamente irritada comigo mesma. Além disso, ainda tenho que evitar pensar no corpo do Dener com o meu, e como seu rosto ficou transparecendo os fogos que estouraram no céu.

Meu "Babá"? (Completo)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora