Cap 66 - Pequeno Cômodo

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~ Dener ~

Depois da Brenda ter me avisado sobre a vinda de Amber Hurley, filha da Diana aqui, e que ela não só veio mas que também procurou por mim, não consegui me segurar. Liguei para a mãe da garota - apesar de estarmos na mesma empresa - e perguntei qual era o horário da saída da escola, e se eu poderia adiar o meu horário de almoço que devia começar às onze e meia para uma hora e quinze da tarde, o que me deu tempo suficiente para ir até o lugar que ela estuda e ficar lá na entrada a sua espera. Fiz o trabalho hoje com tanta rapidez que minhas mãos estão calejando, porém, sei que tenho o dia completamente livre.

Ver ela com sua feição rosada, seu cabelo maior e seu corpo um pouco mais magro e mais sexy do que nunca, me incendiou por dentro. Claro que beijar uma adolescente no meio de um pátio lotado não teria sido a melhor ideia do mundo, mas quem disse que estou em meu juízo perfeito? Precisei vir o mais rápido que consegui e ter a esperança de encontra-la no horário normal, sem que a mesma tivesse saído mais cedo ou saído por outro canto dessa escola que mais parece uma mansão de um bilionário. Notei os olhares sobre mim, só que, eu estava sedento e focado.

A beijei com toda vontade, toda motivação, toda tensão que se acumulou nesse maldito tempo em que Amber não saiu da minha cabeça. Não me importo se ainda tem uma parte dentro de mim que ainda não acha uma boa ideia já que acabamos de nos recuperar, mas quer saber? Essa parte que se foda. Eu bebi, dormi, acordei, me droguei e passei o dia inteiro pensando nela esses meses, imaginando o momento em que meus braços fossem ficar ao redor do seu corpo. Parar e ir devagar não é mais uma opção, esperamos tempo demais.

Tempo que nos custou sanidade, saúde e dor, tanto física quanto emocional. Chega de esperar.

Começamos a ouvir os assobios a nossa volta, então recuamos. Demorei um pouco mais para abrir os olhos. Senti tanta falta disso...

Amber respirou fundo e deu dois passos para trás, me deixando um pouco confuso. Não desviei o olhar.

  - Podemos conversar em outro lugar? Sem, sabe, tanta plateia

  - Achei que gostasse de ser a atração principal dos lugares - Debochei.

A garota ergueu o dedo do meio e eu sinalizei com a cabeça para o meu carro. Nos aproximamos do mesmo, até ela parar bruscamente com a mão na cabeça.

  - Espera, nem me despedi das meninas, e ainda tenho que avisar ao motorista

  - Em relação ao seu chofer - Falei, abrindo a porta cinza. - Pedi que Ana avisasse para ele que eu ia vir te buscar, e pode acenar de longe - Dei de ombros.

  - Você é horrível

  - Eu tento. - Sorri de forma sacana, me sentando no banco do motorista e fechando a porta ao meu lado.

Amber acenou por cima do carro, recebendo o cumprimento de volta. Fiquei surpreso ao ver que não apenas Jéssica, mas que Julie também acenou para a mesma. Fico bem mais aliviado em saber que elas finalmente se entenderam e deixaram aquele babaca de lado, focando apenas em sua amizade que com certeza vai ser bem forte. A personalidade delas sempre bateu, porém, ambas preferiam ir pelo caminho errado justamente para ter o impacto oposto. Não as julgo, mas foi uma bela burrice.

Após sentar ao meu lado, Amber fechou a porta e colocou a mochila no colo, subindo as mangas da blusa social. Colocamos os cintos e eu fui dirigindo, com o silêncio instalado entre nós dois que não fiz questão em quebrar. Ela falou tanto no meu ouvido assim que me aproximei que vou faze-la falar novamente, só de maldade.

Meu "Babá"? (Completo)Where stories live. Discover now