Capítulo 27 ᵈᵉˢᶜᵒᵇᵉʳᵗᵃ ˢᶦⁿᶦˢᵗʳᵃ

460 119 56
                                    


_______________________MAVIS KINCAID

Largo a pá no chão, e exausta, pego o celular que vibrava no meu bolso

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Largo a pá no chão, e exausta, pego o celular que vibrava no meu bolso.

Presenciei muita coisa estranha frequentemente e, estou achando que tem alguma coisa enterrada aqui. Pode ser uma carcaça de animal, até um... deixa pra lá.

── Oi? ── Falei.

── Mavis! aonde você está?! eu te liguei mais de mil vezes!

── Desculpe, eu não ouvi. Relaxa, Hacker. Eu estou bem. ── Sentei no chão, um tanto cansada.

── Sua respiração não está normal. ── Sorri porque sei o quanto ele me conhece. ── O que estava fazendo?

── Nada de mais.

── Mavis.

── Okay, eu estava... meio que... cavando.

── Cavando? cavando o quê, Mavis? ── Sua voz pareceu mais preoucupada.

── Eu estou... ── dei uma pausa para suspirar ── Tentando achar pistas do caso de Ella Bell. ── De repende, só ouvi o barulho dá sua respiração, ele estava calado. ── Vinnie? ── Silêncio. ── Hacker, merda! Fala alguma coisa!

Desligou. Que cacete. Agora ele vai parar de falar comigo. Levanto e limpo a terra das mãos na calça. Pego a pá, e começo a cavar denovo. Acho que já tem 80 de profundidade cavada, mas ainda nada foi achado. Tossindo e com muita dor de cabeça, eu continuei. Parece que inalar isso pode causar consequências no corpo. Tirei minha jaqueta, (na verdade de Hacker), e joguei no chão quando o calor pairou em meu corpo.

.  .  .

Minha respiração falha. Minhas mãos tremem. Eu sinto minhas bochechas queimarem. Meus olhos marejados.

── Você tem que parar de ser teimosa e vim pra uma floresta escura procurar pistas sozinha. ── Depois de alguns minutos, Vinnie chegou. Enquanto me viro pra ele, uma lágrima escorre pelo meu rosto. Nos olhamos. Ele sentiu a tristeza e pânico nos meus olhos. Soltou o ar que prendia, logo após, abaixou a cabeça. Ele sabe o que eu achei. Sabe que o corpo (ou os restos) de sua irmã está entre nós.

Estamos quietos. Sons de sirene invadem meus ouvidos. As luzes vermelhas e azuis dá viatura policial, foram de encontro ao meu rosto. Eu estava transtornada, atordoada. Não conseguia acreditar.

── Vinnie Hacker, filho do falecido prefeito. E... ── Franziu o cenho. ── Desculpe, qual o seu nome? ── Reviro os olhos.

── Mavis Kincaid, filha do Serial Killer. ── O olhei com deboche. ── Coincidência, né?

── Entrem no carro, por favor. ── Ele pediu "por favor" mas soou mais como uma ordem. Olho pra Vinnie que está com uma feição neutra. Toco em sua mão. O vi fechar os olhos.

𝐇𝐞𝐥𝐥 𝐇𝐨𝐮𝐬𝐞 | 𝖛𝖎𝖓𝖓𝖎𝖊 𝖍𝖆𝖈𝖐𝖊𝖗Where stories live. Discover now