Capítulo 33 ᶜᵒᵐ ᵃᵐᵒʳ, ᵃⁿᵍᵉˡ

406 95 36
                                    

_________________________MAVIS KINCAID

── Desculpa o encomodo, seu pai está te chamando

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

─ Desculpa o encomodo, seu pai está te chamando. ── Christopher disse.

── Fala que eu estou indo. ── E ele fez. Pego uma das minis milhares de fotos que ela tinha com meu pai, descendo as escadas. Ele estava conversando com um cara. Aquele que me levou a carta na escola, Cardan, se não me engano.

── Oi, princesa, o papai tá indo...

── Não fala comigo como se eu fosse uma criança.

── Okay, Mavis Kincaid. Eu vou sair, não me espere acordada. ── Eu ri e puxei seu braço. ── Toma. ── Dei a foto em que ele e minha mãe se beijavam e o vi travar na mesma hora.

── Quem é essa? ── O cara perguntou.

── Angel, minha mãe. ── Ele sorriu de canto.

── Ouvi muito dela. Cardan Monk, prazer. ── Apertei sua mão. Ele tinha uma máscara preta que cobria um olho e metade da testa. Parei de encarar seus olhos castanhos quando meu pai disse:

── Solta a mão da minha filha, seu animal. ── Ele deu uma risada (que talvez fosse muito gostosa de ouvir), e jogou seu cabelo ondulado para trás. ── Volto logo. ── Beijou minha testa e se foi.

.   .   .

Estou lendo um diário hiper romântico como se fosse um novo terror de Stephen King. Talvez porque fala sobre toda a adolescência da minha mãe. É como se fosse um manual de sobrevivência para o ensino médio e a fase mais difícil que qualquer um poderia passar, com assuntos com temas do tipo: Escola nova, rejeição, primeiras amizades ─ e talvez não tão verdadeiras assim ─, primeiro amor, livros e lugares para se sentir você mesmo, problemas com família, primeira vez, problemas que me fazem lembrar que a vida não é flores...
O último título eu ainda não li, mas foi a última vez que ela escreveu.

Angel, segunda-feira, às 19:30.
  Oi, diário! deve estar estranhando meu sumiço porque, eu costumo escrever com mais frequência. É que, aconteceu uma coisa nada boa com Atlas e também comigo.
  A duas semana atrás eu diria que estava tudo perfeito. Que meu relacionamento com Atlas não tinha como melhorar. Nós conversamos bastante, rimos bastante, nos amamos bastante... Mas como nada é pra sempre, não conseguimos ficar felizes por muito tempo. A uma semana atrás ele foi preso. Uma "vítima anônima" denunciou Atlas de assassinato. O acusou de matar uma família inteira, tudo por drogas. Foi achado seu lenço. Um lenço preto que ele sempre usava. Por isso, ele foi parar na cadeia. O mesmo negou. Disse que não havia coragem de fazer uma coisa horrível dessas. Eu via verdade e sinceridade nos seus olhos. Eu acredito nele. Ontem, para piorar, aconteceu outra coisa. E ela é pertubadoramente ruim. Lembra daquele homem que eu disse? aquele que ajudou Atlas e eu com a nossa casa. Rob Hacker. Quando soube do que aconteceu, veio me consolar. Mas o problema é que... eu estava sozinha. Estava sozinha, vulnerável, e deitada na minha cama. E foi aí, aí que eu entendi o verdadeiro significado do termo: "Não julgue o livro pela capa". Eu sempre percebi seus olhares sobre mim. Ele olhava meus seios, minhas curvas, e com mais frequência, pra minha boca. Mas eu ignorava pois ele era doce, engraçado e gentil. Se não fosse ele, Atlas e eu nunca conseguiríamos morar juntos. Porém nessa noite, eu não o reconheci. Ele entrou pela porta com um sorriso macabro, assustador, como se já soubesse o que iria fazer em seguida. Não quero entrar em detalhes porque realmente não foi nada bom. Hoje, descobri uma coisa boa nisso tudo: Eu estou grávida. Você deve estar pensando no pior. Que meu filho ou filha, foi fruto daquele ser deplorável. Mas não porque, foi a um dia atrás. Uns dias antes, eu tive uma noite esplêndida com Atlas. Eu tenho a certeza que, o alienígenazinho que sair da minha barriga... vai ser dele.

𝐇𝐞𝐥𝐥 𝐇𝐨𝐮𝐬𝐞 | 𝖛𝖎𝖓𝖓𝖎𝖊 𝖍𝖆𝖈𝖐𝖊𝖗Where stories live. Discover now