07 | briga

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"Porque meu passado não pode escapar de mim"

Blind — SZA.

Passar a tarde toda com Enora me fez descobrir que a garota havia se mudado a pouco tempo para cá, ela morava na flórida junto com seu pai enquanto sua mãe dava um jeito de segurar as pontas por aqui

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Passar a tarde toda com Enora me fez descobrir que a garota havia se mudado a pouco tempo para cá, ela morava na flórida junto com seu pai enquanto sua mãe dava um jeito de segurar as pontas por aqui. Eu contei algumas coisas sobre a minha vida, escondendo alguns fatos dolorosos que não fico muito contente em compartilhar agora de cara.

Olhando o relógio velho em meu pulso vejo que já estava perto da hora de ir ao bar e solto um suspiro de frustração tendo os olhos castanhos da garota em minha direção.

— logo tenho que ir trabalhar.

— trabalhar naquela boate deve ser uma merda, rodada de caras tarados e bebados.

— é, não é muito agradável mas contando o tempo em que trabalhei lá isso se tornou algo frequente e que consigo lidar.

Eu solto o ar que prendia, me levantando do banco da cafeteira, recolhendo minha jaqueta e a vestindo sobre meu corpo enquanto os olhos da garota continuavam em mim. Eu recolhi meu celular pondo sobre o bolso da minha calça. Enora parece estar com a atenção na porta da cafeteira quando eu volto meu olhar para ela.

Eu viro um pouco para ver seu irmão entrando junto com seus amigos ao seu lado, a atenção de repente foi toda para eles e eu respirei fundo, ajeitando meus cabelos vermelhos para trás.

— como vai ir até a boate?

— vou de táxi — rolo meus olhos para cima.

— meu irmão pode levá-la se quiser.

— ir de táxi é o melhor a se fazer — eu fiz uma careta, ela sorri, concordando com a cabeça.

Eu me aproximo dando um beijo em sua bochecha e me afastando. Dei as costas para a mesa e fiz meu caminho até a porta da cafeteria, observando Damien parado em frente ao balcão lançando um sorriso torto para um de seus amigos que murmurava algo em seu ouvido. Idiotas.

Empurro a porta da frente sentindo a corrente de ar batendo no meu rosto agressivamente e fazendo meus cabelos vermelhos voarem para trás. Abracei meu corpo sentindo que o tecido grosso da jaqueta não fazia seu papel de me aquecer nesse frio violento que a rua está.

Observo um táxi parado e então aceno para o senhor de idade em que dirigia. Adentrei o carro e ele fez seu percurso até o bar onde eu trabalhava.

Rapidamente já estava entrando no local onde as luzes coloridas brilhavam sobre o dedo e eu inalo o cheiro de bebida forte conforme chego ainda mais perto do bar que agora estava deserto, mas provavelmente daqui algumas horas estará com todas as cadeiras ocupadas incluindo as variáveis mesas postas em cada canto do cômodo.

DAMIENWhere stories live. Discover now