27 | a verdade

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"Amor, eu sou seu
Até que as estrelas caiam do céu
Amor, eu sou seu
Até que os rios sequem"

Baby I'm Yours — Arctic Monkeys

Quando terminei de fechar a última janela do bar, o escuro e o silêncio predominaram pelo ambiente calmo, sem musicas chatas, pessoas idiotas e homens gritando e cheirando a testosterona

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Quando terminei de fechar a última janela do bar, o escuro e o silêncio predominaram pelo ambiente calmo, sem musicas chatas, pessoas idiotas e homens gritando e cheirando a testosterona. Eu respirei fundo, pegando minha bolsa com minhas coisas e me dirigindo até a porta dos fundos.

Quando passei pela porta e cheguei até a rua, o vento frio e congelante bateu contra meu rosto e sacudiu meus cabelos vermelhos no topo da cabeça. Ao sentir uma movimentação, eu olhei para trás mas nada estava lá, o meu coração deu uma pontada mais rápida.

Quando me virei, vi uma silhueta conhecida entre as paredes do beco. A mesma parede que Damien me fudeu agora estava com a silhueta do meu pesadelo em pessoa nesses últimos dias. Henry Cafflyn.

O namorado da minha mãe.

— você não chega perto de mim quando está em casa — a voz grave e nojenta murmurou, alto o suficiente para que eu ouça — mas aqui, não tem para onde fugir, docinho.

O medo que bateu contra meu corpo me fez dar um passo para trás, as lágrimas se amontoaram entre meus olhos, vendo o seu corpo dar passos em minha direção, e cada passo meu coração batia mais rápido e o medo se espalhava com mais rapidez.

— acha que eu ficaria com a viciada da sua mãe para não ter nada em troca nessa merda toda? — ele disse, me enviando um sorriso irônico e traiçoeiro.

Ele estava cada vez mais perto e eu já sentia a parede de tijolos se aproximando das minhas costas. Não há para onde correr, esse beco não tem saída e eu provavelmente terei que dar um jeito de sair desse lugar o mais rápido que posso.

Os passos se tornaram mais rápidos e logo ele estava em minha frente. As suas mãos bateram contra a parede de tijolo e eu daria uma joelhada em seu pau, mas ele segurou o meu joelho e o empurrou para baixo como se já esperava essa ação vinda de mim.

— você deve cercar muitas garotas indefesas para saber a minha próxima ação, não é mesmo? Seu covarde filha da puta — eu quase cuspi em seu rosto, mas o arrependimento tomou conta quando ele bateu a palma da sua mão em meu rosto.

Ele pegou a minha blusa do bar rasgando-a e me deixando apenas com sutiã. Eu me encolhi, pondo minhas mãos para tampar o meu sutiã e meus peitos enquanto o choro estava entalado em minha garganta. Eu tentava gritar, mas os meus gritos eram abafados pela sua mão em minha boca.

— se você gritar, vai ser pior para você.

As mãos nojentas tocaram minha pele e eu soltei as lágrimas presas, implorando e tentava falar para ele parar enquanto eu ainda estava sendo abafada pela sua mão.

DAMIENWhere stories live. Discover now