15 | machucados

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; que cap meus amigos..

" Eu acho que somos como fogo e água
Eu acho que somos como vento e mar
Você está queimando, eu estou esfriando
Você está em cima, eu estou em baixo "

Brooklyn Baby — Lana Del Rey

Limpar aquelas salas tinha sido cansativo, meus joelhos tremem com o desgaste, minhas mãos doem se aperto meus dedos e minha cabeça apenas queria o encosto da minha cama

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Limpar aquelas salas tinha sido cansativo, meus joelhos tremem com o desgaste, minhas mãos doem se aperto meus dedos e minha cabeça apenas queria o encosto da minha cama.

O céu diante das paredes da escola estava escurecendo, fazendo a rua pacata tomar uma forma assustadora. Alguns becos onde não pegava a luz dos postes estavam escuros e pensar em passar por aquelas ruas pequenas me faz arrepiar.

Meus passos eram rápidos, o frio tomava conta de cada parte do meu corpo fazendo minhas mãos tremerem. Minha boca estava ressecada e a cada expiração uma leve fumaça saia entre meus lábios.

Quando uma silhueta apareceu entre o começo do beco eu saltei para trás. O corpo alto encostou-se sobre a parede de concreto enquanto me observava, uma risada ecoou entre as paredes pequenas, com pouca distância.

— você acha que machucar minha garota era bom? Iria me irritar? — era Richard — e conseguiu.

Ele deu um passo para frente, a pouca luz iluminou seu rosto. Ele emitia um sorriso discreto, os olhos passando por cada extensão do meu corpo me fez ter ânsia.

— ela era uma puta de qualquer forma — um sorriso traiçoeiro no meu lábio, os seus olhos famintos por vingança ficaram até piores.

— você machucou alguém importante para mim - sua voz me dava repulsa.

seus passos se tornaram cada vezes mais próximos do meu corpo mas eu não movi nem sequer um passo, eu não demonstraria medo a ele, até porque nem ao menos tenho.

- ninguém machuca umas das minhas garotas e sai imune.

ele se parou em frente ao meu corpo e seu braço me empurrou para trás em um impulso inesperado. Eu respirei fundo enquanto levantava do chão e me aproximava dele rapidamente, empurrei de volta com toda minha força, acertando um soco em seu maxilar.

Sua mão encontrou meu cabelo e me bateu entre a parede de concreto suja. Eu chutei suas pernas na intenção de soltar o aperto mas nada funcionou. Ele continuava batendo minha cabeça com tudo, eu nem conseguia me desatar do seu aperto.

De repente tudo parou, suas mãos saíram do meu cabelo e o corpo atrás do meu não estava mais lá. Eu me virei rapidamente, sentindo um líquido escorrer entre meu rosto propondo que seja sangue.

Damien.

Suas mãos batiam com força no rosto do garoto, seus olhos pretos quase tampando o branco do seu olho. Aquilo me assustou, a terceira vez em que via seu olhar dessa forma, assustador e sombrio. As mãos tatuadas já estavam manchadas de sangue e ele não parava, ele continuava socando a cara de Richard que já estava desacordado.

DAMIENWhere stories live. Discover now