Capítulo 10 Henry

491 53 5
                                    

Eu juro que ia beijá-la naquele momento se Tom não tivesse parado o carro. O jeito que ela me olhou e o que disse sobre ficar fã do homem e não do ator, me tirou completamente do eixo. Eu a queria como nunca quis outra mulher antes. Mas foi melhor assim, pois poderia assustá-la com meu ataque.

Ainda segurando sua mão saí do carro e a ajudei a sair depois de mim. Nos aproximamos do David, e ele me cumprimentou com seu sotaque carregado.

- Henry! É muito bom te rever amigo!

- Igualmente David. E obrigado por permitir que eu use sua propriedade.

- Sempre que precisar meu caro. Principalmente bem acompanhado como está.

- Pode tirar o olho David. Essa é Julia Santos. Julia, quero que conheça David Spencer-Percival, fundador e CEO da Rosemary Water. E um notório sedutor, por isso não dê muita atenção a ele.

Ela sorriu e estendeu a mão para ele, que a beijou e os dois se cumprimentaram em italiano, para meu desespero, pois não entendia nada.

- Buongiorno, signor Spencer. É um piacere conoscerlo.*

*Bom dia Sr. Spencer. É um prazer conhecê-lo.

- Il piacere è tutto il mio bela Julia.*

*O prazer é todo meu, bela Julia.

David já tinha passado dos cinquenta, mas ainda era um homem de boa aparência e cheio de charme. E Julia parecia meio hipnotizada por ele. Eu precisava acabar logo com aquilo.

- Bem, já foram apresentados. Precisamos ir Julia.

- Preocupado Henry?

- Eu te conheço David, e não é justo concorrer com seu charme italiano.

- Certo! Podem ir, e aproveitem bem o dia. E tenho um presente para sua bela amiga.

Um funcionário nos entregou uma cesta com todos os produtos da linha Rosemary, e David nos apontou um carrinho de golfe que iria nos levar ao lago.

- Obrigado novamente David.

- De nada. Arrivedeci!

Tom pegou tudo e seguimos para o carrinho que um dos funcionários dirigia, e em quinze minutos, chegamos ao local que Tom escolheu.

Atrás de um elevação, às margens do lago, havia uma grande área plana, toda gramada, e com um carvalho centenário que fazia uma ótima sombra.

Pela reação de Julia, ela gostou muito, pois mal o carro parou, ela já saltou com a câmera nas mãos e disparando fotos.

- Parece que marcou um ponto Henry.

- Graças a você Tom. Obrigado.

- De nada! Vou dar uma olhada no entorno, e ter certeza que o rapaz ali, não vai dar com a língua nos dentes e lhes dar privacidade. Aproveite bem amigo.

- Não se preocupe com o menino. Ele é sobrinho do David, duvido que arrisque se indispor com o tio.

- Prefiro verificar eu mesmo. Volto daqui a pouco.

Ele deixou as cestas debaixo do carvalho e se foi. Me aproximei de Julia por trás dela e coloquei minhas mãos em seus ombros, massageando de leve. Senti toda a sua postura mudar.

- O que achou?

- Henry!!! Este lugar é magnífico.

- Que bom que gostou. Estivemos aqui na minha primeira visita, por isso o Tom lembrou deste lugar. Ele acertou em cheio.

- É perfeito. Obrigado por me proporcionar isso.

Ela virou de frente para mim com um enorme sorriso, que iluminou ainda mais meu dia. Nossos corpos estavam tão próximos, que eu tive que me controlar para não a agarrar. Eu queria ir com calma, ser o mais romântico possível, pois naquele momento soube que a queria em minha vida, mais do que alguns dias. Não tinha ideia em como faria isso funcionar, mas não ia desistir sem tentar.

Julia apontou a câmera para meu rosto e ouvi o click.

- O que está fazendo?

- É que seu rosto estava tão lindo, e tão concentrado que não resisti.

- Deixa eu ver?

- Não! Essa é só para meu deleite. Quando eu for embora, vou ter essa lembrança.

- Isso não é justo Julia... E eu? Que lembrança eu vou ter?

Ela passou a alça da câmera cruzando seu corpo e empurrou-a para trás. Colocou as mãos em minha barriga e foi subindo até segurar os dois lados do meu rosto antes de responder.

- Que tal essa?

Antes que eu percebesse, ela ficou nas pontas dos pés e me beijou suavemente. Automaticamente minhas mãos agarraram seu quadril e a puxei mais contra mim. Ela ofegou, e eu aproveitei a pequena abertura de seus lábios para saquear sua língua com a minha.

O que eu senti quando ela correspondeu, não é possível descrever com palavras. Meu corpo inteiro arrepiou, meu coração palpitou e meu pau enrijeceu tão rápido que eu pensei que o zíper fosse estourar. E o gemido que ela deu quando sentiu minha ereção, quase me teve a jogando na grama e a possuindo ali mesmo.

Precisei reunir todo meu autocontrole para me afastar dela. E a visão do rosto dela em êxtase, com os olhos fechados, e os lábios molhados e inchados do meu beijo, me deixou sem fôlego.

Colei nossas testa juntas para tentar me refazer , e quando abri meus olhos, ela olhava diretamente para mim.

- Julia... Nossa!... Isso foi....

- Incrível? É... foi...

Segurei seu rosto com as duas mãos e inclinei um pouco para trás para que pudesse olhar em seus olhos.

- Tenho que confessar que estava louco para fazer isso desde ontem na praia. Você mexe muito comigo Julia.

Romance IntercontinentalWhere stories live. Discover now