Capítulo 23 Julia

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Meu telefone despertou às 07:30, e foi prudente ter ajustado o despertador, pois eu poderia perder a hora com certeza. Eu estava acabada depois de oito orgasmos, e dormi menos de quatro horas.

Henry parecia uma máquina de sexo. Ele usou três dos quatro preservativos que jogou na cama. Eu nem sabia que eu poderia gozar tantas vezes, mas ele tinha um talento para despertar meu corpo, acho que fazia jus ao seu talento como ator.

Eu queria muito ficar dormindo, mas meu voo sairia em menos de seis horas e eu tinha muita coisa ainda para resolver.

Me obriguei a levantar, e meu corpo inteiro doía. Era como se tivesse sido atropelada por um rolo compressor.

Sentei na cama, olhei para o Henry que estava deitado de costas, com o lençol cobrindo apenas seu quadril. Fiquei alguns segundos apenas admirando aquela beleza. Seu rosto sereno, um perfil perfeitamente esculpido, os longos cílios pousados em sua bochecha e os cachos de seu cabelo todos bagunçados do sono e das minhas mãos. Ele parecia um escultura grega de tão perfeito.

Sacudindo a cabeça para sair do encanto, comecei a tentar acordá-lo com carinhos em seu rosto e peito, mas ele apenas resmungou. Então, o sacudi um pouco mais forte, e ele sorriu, falando com a voz grogue de sono.

- Não é assim que se acorda um homem depois da noite que tivemos...

- Ah é? E como seria?

- Com beijinhos... Isso seria o certo.

Eu sorri e me inclinei sobre ele, beijando seus olhos fechados, a ponta do seu nariz, seu pescoço e quando beijei seus lábios, ele me agarrou e rolou sobre mim. Eu senti seu pênis duro contra minha coxa.

- Bom dia Henry!

- Bom dia Julia. Pronta para o café da manhã?

- Hmmm, eu não acho que a cozinha esteja abastecida. Teremos que tomar café em casa.

- E quem disse que estou falando de comida?

Ele riu e sacudiu as sobrancelhas para mim.

- Henry... você não pode estar falando sério...

- Ah sim... Muito sério. Estou morrendo de fome.

- Meu lindo... Eu não acho que eu consiga....

- Deixe que eu julgo isso.

Ele me beijou duro, e começou a lamber todo o meu corpo até chegar em minha boceta. Henry me lambeu e sugou com calma, saboreando como se eu fosse o melhor sorvete do mundo.

Eu não sabia como ainda podia, mas eu já estava louca para que ele entrasse em mim.

- Henry...não temos muito tempo...

- Eu sei...,mas temos tempo suficiente...

Ele pegou o último preservativo no criado mudo, se embainhou e entrou em mim lentamente, enquanto sua língua saqueava minha boca.

Henry não estava me fodendo. Desta vez ele estava fazendo amor comigo. Lento, doce e suave.

Enquanto ele se movia dentro e fora de mim, ele acariciava meu rosto, me beijava ternamente e olhava em meus olhos, falando as coisas mais doces que eu já ouvi.

- Você é perfeita... Tão doce e quente. Eu me sinto em casa quando estou dentro de você Julia. É a melhor das sensações.

Eu não conseguia responder, então só o beijava tentando passar tudo que eu estava sentindo.

Ficamos assim por longos minutos, apenas sentindo um ao outro. Meus gemidos se misturando com os dele, e quando senti meu clímax chegando, Henry me abraçou forte e falou em minha orelha.

- Isso anjo... também estou perto... Vamos juntos. Goza para mim Julia....

Mantendo o ritmo, mas com impulsos mais profundos, ele estocou uma, duas, três vezes antes de seu corpo endurecer e tremer enquanto gozava urrando em meu pescoço e eu mordia o ombro dele, quase tirando sangue.

Henry rolou para o lado me levando com ele, sem desconectar nossos corpos.

- Eu gostaria de ficar assim para sempre.

- Não podemos Henry... Eu preciso mesmo ir.

- Eu sei meu anjo, é só que eu não quero dizer adeus. Podíamos achar um jeito de...

- Henry, por favor... Não torne as coisas mais difíceis para mim.

- Julia, não é só para você que está difícil, acredite. Eu realmente gostaria de ficar mais com você. Quando é mesmo que você vai estar em Londres?

- Entre 5 e 20 de outubro.

- Merda! É justamente o tempo que estarei em Los Angeles.

- Viu? Não vai ter jeito. Então é melhor não ficarmos pensando nisso. Vamos apenas guardar as boas lembranças.

- Julia, eu não vou desistir de você. Eu vou dar um jeito de estar em Londres, ao mesmo tempo que você.

- Não faça promessas Henry. Se você conseguir, me avise, mas não se preocupe em atrapalhar seu trabalho por mim.

- Ok, mas não pense que vou te ligar apenas por isso. Quero manter contato com você independente disso. Você achou que ia se livrar de mim... está muito enganada.

Eu sorri para ele e nos beijamos longamente, antes de começarmos a nos vestir para sair. Henry ligou para o Tom enquanto eu ligava para Chiara.

"Bom dia Chiara!"

"Graças a Deus Julia. Eu já estava preocupada."

"Eu te avisei que estava com o Henry."

"Sim, mas achei que fosse voltar para casa de madrugada. Seu voo é hoje."

"Fica tranquila que vai dar tempo. Queria te pedir um grande favor."

"Fala!"

"Você pode providenciar um bom café da manhã para gente? Estarei aí em uma hora mais ou menos, e estou faminta."

"Ele não te alimentou no hotel?"

"Não estamos no hotel, mas depois eu te conto."

"Certo. Ele vem com você?"

Perguntei se ele ficaria para o café, e ele adorou a ideia me dando um beijo.

"Hmmm... Pelo som que ouvi a resposta é sim."

"Obrigado Chiara. Precisaremos de comida para quatro."

Romance IntercontinentalWhere stories live. Discover now