Capítulo 51 Julia

458 48 0
                                    

Eu não podia acreditar no que estava acontecendo. Ele estava mesmo me pedindo? Eu não conseguia falar nada, só coloquei a mão na boca e comecei a chorar.

- Espero que essas lágrimas sejam de felicidade meu amor...

Eu ainda não tinha voz, só conseguia acenar positivamente.

- Julia, sei qual é a resposta, mas eu preciso ouvir você dizer isso amor...

Ele também estava chorando com um sorriso lindo no rosto.

- Simmmm....Sim.... Sim...!

Eu me atirei nele e quase o derrubei. Minha sorte foi ele ser tão forte que conseguiu segurar o impacto, senão nós dois estaríamos estatelados no chão.

Ele pegou minha mão delicadamente e colocou o maior brilhante que eu já tinha visto no meu anelar direito.

- Henry... é maravilhoso, mas não precisava ser tão grande.

- Claro que precisava. Quero que vejam a quilômetros que você já tem dono.

- Obrigado amor...eu amei.

- Agora é sua vez.

Então ele pegou uma aliança simples de platina e colocou em minha mão.

- Você vai usar também?

- Aqui não é comum antes do casamento, mas sei que no seu país é assim que funciona. Então quero fazer isso.

- Meu Deus... Eu não achei que pudesse te amar mais...

Nos beijamos e passamos uma noite maravilhosa.

De manhã, a primeira coisa que fiz, foi chamar meus pais pelo Skype para contar a novidade. E foi tão bonitinho ver o Henry pedindo minha mão ao meu pai em um português cheio de sotaque. Ele vinha aprendendo comigo, pois não queria mais ficar sem poder conversar com meus pais e meus irmãos quando os visse de novo.

Meus pais ficaram radiantes e já queriam saber a data do casamento.

- Ainda não pensamos nisso mãe.

- Mas não vai demorar Sra.. Não quero esperar muito para fazê-la minha esposa.

- Oh meu Deus! Vou ter que tomar um caminhão de calmantes para entrar num avião...rsrsrs

- Calma mãe! Ainda tem tempo para pensar nisso.

Conversamos mais um pouquinho e nos despedimos deles.

- O que ela quis dizer com calmantes?

- Ela tem pavor de avião. Trazê-la para o casamento vai ser uma missão quase impossível.

- Meu amor, não vamos forçar sua mãe a nada. Podemos nos casar no Brasil, com toda a sua família e amigos, e depois fazemos outra cerimônia aqui.

- Você faria isso Henry?

- Claro Julia. Seus pais não podem deixar de te ver casando.

- Você definitivamente não existe...Eu te amo!!!!!

Depois disso partimos para Jersey para contar aos pais dele, e não teve jeito de escapar da festa que Marianne insistiu em fazer.

- Mamãe... não precisamos de uma festa. Estamos noivos e já basta.

- Claro que precisamos. Como não vou comemorar o noivado do meu último filho solteiro? Você não concorda Julia?

- Marianne, eu não faço questão, mas quem sou eu para ir contra a vontade de uma mãe.

- Amor... Você devia me ajudar...

Eu ri da carinha de desespero dele. Ele sabia que sua mãe faria um evento enorme, como sempre eram as festas dela. Eu simplesmente dei de ombros, e ele se deu por vencido.

Quando descobriram sobre nosso noivado, noticiaram em todos os tabloides e sites de fofocas. Onde íamos, pediam para que eu posasse mostrando o anel. Felizmente em Londres, eles eram menos invasivos e não me perturbaram muito. Só nos primeiros dias, alguns fotógrafos fizeram campana no escritório e no meu prédio, mas sempre me tratavam com muito respeito. Henry era muito querido, e as pessoas tinham muito cuidado ao nos abordarem. Eu até tirei fotos com alguns fãs dele, mesmo ele não estando comigo.

Marcamos a data do casamento no Brasil para novembro e o de Londres em janeiro.

Um mês antes de viajarmos para o Brasil, depois de finalmente publicar meu livro com fotos sobre as praias do mundo, estávamos saindo de uma livraria com a Dany Garcia, que era a nova agente dele, e minha mais nova amiga, quando vimos Stella em seu carro acelerando direto para cima de nós duas.

Consegui empurrar a Dany para longe, mas não tive tempo suficiente para sair, e o carro acabou acertando a lateral do meu corpo e eu caí, batendo a cabeça no capô do carro antes de chegar ao chão,

Eu não cheguei a desmaiar, mas minha visão ficou turva, e tudo em volta estava muito confuso. Eu consegui ouvir o grito desesperado do Henry, e logo depois o senti no chão ao meu lado.

- Julia... fala comigo amor...

- Henry...minha cabeça...dói muito....

- Calma meu anjo... A ambulância já está vindo.

- Ela tentou nos matar.... A Dany?...

- Dany está bem, não se preocupe. Ela está falando com a polícia. Eles vão pegá-la amor. Todos viram que foi Stella que fez isso...

Ele estava chorando muito e eu tentei acalmá-lo.

- Não chore amor....eu estou aqui...

Minha visão foi escurecendo e a última coisa que ouvi foi o Henry chamando meu nome.

Romance IntercontinentalWhere stories live. Discover now