Capítulo 24 Henry

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Tom nos buscou, e se juntou a nós e Chiara para o café. A pequena amiga de Julia tinha caprichado. Parecia uma mesa de hotel de luxo. E apesar de ter sido um momento agradável, a certeza de que o tempo com ela estava acabando, estava me matando.

Acabamos ficando para o almoço também. Eu não queria me afastar dela.

Durante o tempo todo que estávamos na casa, eu não conseguia ficar longe. Eu a abraçava, a beijava, ou a tocava de alguma forma. O único momento em que nos separamos, foi quando ela foi tomar banho e se vestir para partir.

Vi quando ela entregou uma sacola com a roupa que usou na noite anterior a sua amiga, e Tom traduziu para mim o que ela falava.

- Pode deixar Julia. Vou mandar lavar e depois entrego.

- Obrigado Chiara, por tudo! Vou sentir sua falta.

- Oh amiga. Eu que agradeço por ter sido a melhor contratante que eu já tive. E como ainda falta meia hora para nós irmos, vou levar o Tom lá para fora e dar um tempo para vocês a sós.

- Obrigado amiga.

Tom saiu com a baixinha e nos deixou sozinhos. Eu a puxei em meus braços, e por longos minutos, ficamos apenas abraçados, sentindo a presença um do outro. Eu podia sentir o coração dela batendo acelerado e quando ouvi ela fungar, segurei seu rosto e fiz ela me olhar nos olhos. Julia estava chorando, e aquilo cortou meu coração.

- Meu anjo, por favor, não faça isso. Já está duro para mim, e ver você assim está me matando.

- Desculpe Henry. Eu disse para você deixar isso leve, e eu estou estragando tudo. Acontece que eu não esperava encontrar alguém nessa viagem, principalmente alguém como você. Um homem tão lindo, gentil, carinhoso e tão, mas tão gostoso...

- Se eu pudesse te prenderia comigo e não te deixaria ir nunca mais.

Ela sorriu e me beijou.

- Eu também não esperava por isso Julia, mas aconteceu, e foi a melhor experiência da minha vida. Por isso quero tentar fazer dar certo entre nós. Vamos tentar... por favor...

- Henry, meu querido, não vamos fazer planos. É melhor assim, do que nos frustrar depois. Vamos deixar as coisas correrem e ver no que vai dar.

- Tudo bem, eu não vou mais insistir. Vou fazer como você quer, mas eu te prometo uma coisa meu anjo... Eu não vou desistir dessa história.

Ficamos mais um tempo trocando beijos e carinhos, mas chegou a hora dela sair. Chiara a levaria até a estação de trem para ir até o aeroporto.

- Eu queria muito te levar Julia.

- Eu também adoraria Henry. Mas sabemos que não seria uma boa ideia. Se você aparecer comigo lá, vai ser um show. E com certeza o circo iria me seguir até Dublin, e eu não conseguiria trabalhar.

- Você tem razão, e eu não quero atrapalhar sua vida, não ainda. Como você disse, vamos ver como as coisas vão se desenrolar.

Chiara e Tom retornaram, e eu tive que dizer adeus. Saí o mais discretamente possível da casa e entrei no carro com Tom.

Meu peito doía já pela separação, e eu estava em silêncio. Já estávamos a uns quinze minutos no trânsito quando ele falou.

- Hei cara! Levanta essa cabeça. Ela não morreu, apenas viajou.

- Isso é coisa que se fale Tom?

- Desculpe, mas você está com cara de enterro. Eu estou vendo que a coisa foi séria.

- Mas sério do que eu esperava Tom. Estou de quatro por ela. E não sei o que fazer com isso.

- Henry se acalme. Ainda é recente. Deixe os dias passarem e você vê se é isso mesmo. Talvez, você esteja só sobre o efeito da noite que passaram.

Romance IntercontinentalWhere stories live. Discover now