Capítulo V

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02h35. Já passava da meia-noite e Ian ainda não havia chegado. Provavelmente, deve estar com alguma vadia sortuda por aí, enquanto eu estou aqui pensando em quanto queria que a garota fosse eu, pensei, pegando um punhado de pipoca e colocando na boca. Desde que Ian tinha saído pela porta - às nove da manhã - eu estava sentada nesse sofá, com uma bacia de pipoca no colo e uma garrafa de coca-cola do meu lado, tendo apenas uma única pausa para tomar um banho e colocar o meu pijama mais velho dentro do guarda-roupa. A minha coleção de filmes clássicos e românticos com um punhado de tragédia estava vindo a calhar naquele dia. Eu não entendia porque eu estava agindo dessa maneira, a única coisa que eu sabia é que Titanic nunca havia sido um filme tão triste quanto hoje.
Valores de um relacionamento. Essa frase se repetia na minha cabeça desde que ele havia saído daquela porta me odiando. Valores de um relacionamento, como alguém poderia falar sobre valores de um relacionamento quando, provavelmente, nunca esteve em um? Tudo bem, James não era a pessoa mais fiel desse mundo e eu sabia disso quando comecei a sair com ele, mas que culpa tinha eu se não conseguia me esquivar daquele papinho de cafajeste que ele tinha? Nenhuma garota quer um relacionamento onde tudo é perfeito, é tudo fácil demais, ela sempre quer arrumar um jeito de ser aquela que diz: Eu mudei ele. E por um momento eu havia pensando que James tinha mudado, principalmente quando ele havia sido paciente comigo e esperado até que eu estivesse pronta para me entregar por inteiro para ele.
Voltei minha atenção para a televisão deixando todos os pensamentos de lado. Eu estava assistindo Titanic pela décima vez naquele dia e caía bem na parte onde Rose estava em cima do pedaço de madeira junto com Jack, o que me fazia pensar por que essa vadia não tinha dado espaço para ele ao lado dela.
- Vadia sem coração. - joguei a bacia de pipoca na televisão.
- Ela bem que me lembra você. - dei um pulo do sofá quando escutei a voz de Ian ecoar pela sala. Virei meu rosto para a porta enquanto ele a fechava.
- O que você está fazendo aqui?
- Você se esqueceu de que eu estou ficando aqui até o senhor Dargos esquecer do ocorrido da piscina? - ele falou trancando a porta do apartamento.
- Pensei que você não ia mais voltar, ia ficar com uma das suas vad... - ele cruzou os braços, me reprovando com o olhar. - Seus amigos.
- A maioria deles está fora da cidade. - ele disse andando em direção ao sofá. - A maioria deles deve está em Las Vegas se divertindo enquanto eu estou aqui com você. - ele se sentou ao meu lado. - Triste fim esse meu.
- E o que isso deveria significar?
- Deve ser difícil pra você ter que conviver comigo.
- E por que isso? - cruzei os braços olhando para ele.
- Cafajestes, Alana, você deixou bem claro que os odeia.
-E você deixou bem claro que não é que nem James. - respondi me ajoelhando no sofá, ficando ao lado dele de modo que ele apenas virasse o rosto para me olhar. - E por isso eu te devo desculpas, não é porque James foi um completo idiota sem coração que todos os homens da face da terra também serão. E você tinha toda a razão, você é solteiro, tem direito de ficar com todas as garotas do mundo se quiser, e eu não estou em posição de julgá-lo. A vida é sua, no final das contas, e você faz dela o que quiser. - terminei de falar vendo o seu olhar surpreso em minha direção. - Desculpa por ter falado todas aquelas coisas horríveis para você sem nem ao menos lhe conhecer. - ele olhou para frente com o olhar fixo para a televisão.
- Você estava certa. - ele disse.
- Estava? - perguntei surpresa.
- É. Quando você disse que minha vida era vazia e a melhor maneira de preencher esse vazio é com bebidas e vadias. - ele sorriu sem humor. - Eu fiz algo ruim, muito ruim, e isso deixou um vazio dentro de mim que eu achava que era preenchido quando eu estava vadiando por aí com meus amigos.
- Nunca é tarde pra reparar um erro, Ian. - falei vendo-o virar o rosto na minha direção com um sorriso. - O quê?
- Você nunca me chamou de Ian.
- É o primeiro passo pra lhe odiar um pouquinho menos.
- Pensei que você não me odiasse mais.
- Você ainda tirou várias das minhas noites de sono, Jones. - falei vendo-o sorrir. Ele se ajeitou no sofá, sentando com a coluna reta agora e deixando um de braços pousar no encosto do sofá próximo a mim. Senti sua mão deslizar levemente por meu braço.
- Tem algo sobre você, marrentinha, que não me deixa lhe odiar nem quando você está me xingando.
- Eu gosto de pensar que são meus cabelos. Eles nunca foram pintados, cem por cento naturais.
- Não, não. Tem algo em você, algo que todas desejam, mas nunca estarão perto de conseguir. - ele começou a se aproximar de mim. - É seu encanto de menina e alma de mulher, algo raro de se encontrar hoje em dia. Algo que eu procuro a minha vida inteira. - e antes que eu pudesse formular alguma resposta, um de seus braços rodeou minha cintura me puxando para perto, fazendo com que eu caísse, com uma perna de cada lado, em seu colo.
Senti sua respiração em meu rosto enquanto nossos narizes se tocavam levemente fazendo com que eu fechasse os olhos e logo em seguida sentisse seus lábios chocarem-se nos meus. Segurei seu rosto entre minhas mãos enquanto sentia seu outro braço rodear minha cintura, me puxando para perto enquanto sua língua pedia passagem para invadir a minha boca. E quando elas se tocaram, eu pude jurar que uma corrente elétrica havia percorrido desde o dedão do meu pé até o último fio de cabelo, fazendo todos os pelos do meu corpo levantarem automaticamente. Meu corpo todo tinha estado em frenesi, e quando pensei que eu não poderia provar algo tão delicioso quanto aquele dia na jacuzzi, IanJones me beijava com seus lábios carnudos com gosto de mel. Agora eu entendo porque sua cama nunca fica vaga, pensei levando uma de minhas mãos até a sua nuca e puxando os cabelos que lá tinha.
Ian desceu suas mãos até minhas coxas, apertando-as e dando um sorriso entre o nosso beijo, fazendo com que eu sorrisse também. Antes que eu pudesse reagir, Ian se levantou do sofá segurando minhas pernas, fazendo com que eu soltasse um grito e me agarrasse em seu pescoço. Soltei uma gargalhada gostosa sentindo a boca de Ian descer por meu pescoço deixando um rastro de mordidas até chegar em meu ombro, dando uma mordida forte para finalizar. Isso era algo que definitivamente eu não iria me arrepender, pois mesmo sem querer admitir, Ian despertava em mim os desejos mais obscuros que apenas minha mente e coração sabiam que eu tinha.
Olhei em seus olhos com um sorriso no rosto antes de juntar nossos lábios mais uma vez. Senti minhas costas baterem em uma superfície dura e uma de suas mãos abandonar minha perna, fazendo com que eu perdesse o equilíbrio e caísse em pé. Coloquei minha mão na maçaneta da porta, abrindo-a e puxando Ian para dentro pelo colarinho. EscuteiIan soltar uma gargalhada enquanto eu o puxava e o jogava na cama sentado.
Sentei-me em seu colo colocando uma perna de cada lado do seu quadril. Segurei a barra da sua camisa e a puxei-a para cima, jogando-a em algum lugar do quarto; levei minha boca até seu pescoço começando a depositar beijos por toda a região. Suas mãos levantaram minha camisa para cima fazendo com que nos separássemos por instantes, e essas mesmas mãos apertaram minhas coxas antes de ele me jogar na cama e ficar em cima de mim, entre minhas pernas. Seus lábios começaram a beijar toda a região do meu colo enquanto suas mãos tiravam o meu sutiã jogando-o para longe, depois traçando um caminho por toda a região da minha barriga chegando até meu short, fazendo-o descer por entre minhas pernas. Sua boca fez o mesmo caminho daquele dia na jacuzzi, onde seus beijos subiram pela parte interna de minha coxa até chegarem a minha intimidade. Ele tirou minha calcinha lentamente e suas mãos afastaram minhas pernas, e antes que eu pudesse falar alguma coisa sua cabeça se enterrou entre minhas pernas e sua língua brincou com minha intimidade. Arqueei o corpo na cama e agarrei seus cabelos quando senti sua língua penetrar minha intimidade de uma forma em que eu nunca poderia ter imaginado que faria de novo.
Senti suas mãos segurarem minha bunda ao mesmo tempo em que sua língua se movia explorando cada canto da minha intimidade, fazendo com que gemidos roucos saíssem da minha garganta. Fechei os olhos sentindo todo o meu corpo queimar como um fogo ardente que nunca iria se apagar. Ian Jones sabia o que fazia e, principalmente, sabia como levar uma garota à loucura sem nem ao menos usar o seu melhor instrumento.
No segundo seguinte, sua boca abandonou minha intimidade subindo os beijos por minha barriga até chegar em meu seio, sugando-o por inteiro, e então, seus dedos deslizaram por minha intimidade até o fundo, fazendo com que um gemido rouco saísse de minha garganta. Seus movimentos eram devagar, fazendo com que aquilo se transformasse em praticamente uma tortura, mas aí, como se lesse meus pensamentos, ele aumentou os movimentos de seus dedos indo até o fundo e tirando-os por inteiro, fazendo com que gemidos cada vez mais altos saíssem de minha garganta. Segurei em seus cabelos puxando sua cabeça para cima, fazendo sua boca abandonar meu peito e habitar meus lábios; passei minha língua por entre seus lábios fazendo com que ele abrisse os mesmos, deixando minha língua explorar sua boca do mesmo jeito que a sua havia feito com a minha. Os movimentos de seus dedos foram se intensificando a medida que nosso beijo se tornava mais quente, fazendo com que eu cravasse minhas unhas em seus ombros e um gemido saísse de seus lábios.
Ian então separou nossos lábios e foi travando o mesmo caminho até chegar em minha intimidade, suas mãos apertaram minha bunda fazendo com que sua cabeça se enterrasse em minha intimidade outra vez. Senti sua língua habitar o local, sugando-a com mais rapidez e fazendo com que os gemidos ficassem cada vez mais altos. Meu corpo estava quente e minhas mãos conseguiram apenas agarrar os lençóis antes de um último gemido de alívio sair da minha garganta e um sorriso formar-se em meus lábios.
Senti sua boca fazer o mesmo percurso de volta até meus lábios, fazendo com que eu abrisse os olhos e encarasse aqueles adoráveis globos esverdeados. Sorri antes de juntar nossos lábios mais uma vez, sentindo todo o seu corpo cair sobre o meu e seu membro rígido debaixo da calça entrar em contado com minha intimidade. Desci uma de minhas mãos por seu peitoral passando por seu abdômen, dando um leve arranhão antes de chegar ao cós da sua calça e desabotoar o botão. Desci o zíper lentamente e, antes que ele pudesse perceber, coloquei minha mão dentro da sua boxer segurando seu membro. Senti-o gemer entre os meus lábios e então, sorrindo entre o beijo, comecei a fazer movimentos para cima e para baixo. Ian separou nossos lábios, fechando os olhos lentamente enquanto eu aumentava os movimentos da minha mão em seu membro, eu podia ver o prazer em seu rosto e logo pude senti-lo quando Ian escondeu seu rosto na curva de meu pescoço, deixando sua boca ali mesmo. Aumentei os movimentos da minha mão sentindo Ian arfar entre meu pescoço e soltar gemidos e palavras obscenas em meu ouvido, fazendo com que eu sorrisse.
Dando uma última mordida, Ian segurou minha mão com o único resto de sanidade que lhe restava e tirou-a de seu membro, e antes que eu pudesse dizer alguma coisa ele havia juntado nossos lábios mais uma vez, agora de uma maneira brutal. Suas mãos desceram a calça que estava aberta, jogando-a em algum lugar, e logo depois o mesmo aconteceu com sua boxer.
Antes que eu pudesse gesticular alguma palavra, seu membro deslizou para dentro da minha intimidade, fazendo com que eu fechasse os olhos sentindo tamanho prazer. Ian começou a se movimentar para frente e para trás lentamente fazendo com que eu jurasse que nunca em minha vida iria provar sensação tão deliciosa. James, na maioria das vezes, nunca havia sido tão gentil e doce comigo. Ele sempre fora um idiota que não se importava se me dava prazer ou não, só se importava com si mesmo, totalmente diferente de Ian. Oh, Ian se importava se estava dando o prazer o suficiente a uma mulher, pois cada estocada dele era dada de uma forma diferente e suas palavras doces - e as vezes maliciosas - entre mordidas no lóbulo de minha orelha provavam isso.
Ian Jones estava me levando à loucura. Mais uma vez. E quando pensei que ele não poderia melhorar, ele fez com que eu tocasse o céu aumentando a velocidade de suas estocadas, fazendo com que seu membro entrasse até o fundo de minha intimidade. Senti seus lábios irem de encontro com os meus fazendo com que meus gemidos fossem abafados; abracei Ian pelo pescoço e, em um movimento rápido, fiquei em cima dele. Separei nossos lábios ficando sentada em cima de seu tronco, sorri para ele começando a me movimentar para frente e para trás em seu membro, vendo-o fechar seus olhos. Apoiei-me em seu peito aumentando a velocidade dos movimentos do meu quadril em cima de seu membro, e Ian me puxou pela cintura, fazendo com que eu me deitasse em cima dele sentindo seus braços rodearem minha cintura e ele me girar, minhas costas encontrando a cama de novo. Quando eu menos esperei, ele havia se tornado um homem sem coração e havia pensado só nele por um instante, aumentando a velocidade das suas estocadas dentro de mim e fazendo com que eu gemesse cada vez mais alto. Ele havia perdido o controle e, bem, eu estava gostando disso.
Os gemidos que saíam da minha garganta aumentavam a cada estocada e quando eu menos esperei todo o fogo que passava por entre minhas veias havia cessado. Abri os olhos sentindo Ian deixar todo o peso do seu corpo cair sobre mim, tirando a conclusão que eu não tinha sido a única a chegar ao orgasmo. Nós estávamos ofegantes e sem nenhuma posição de falar alguma coisa, mas Ian havia feito algo que valeria por mais de mil palavras. Ele olhou em meus olhos, tirando uma mecha do meu cabelo da testa, e sorriu antes de me dar um selinho. Caiu do meu lado na cama e me puxou para o seu peito, dando um beijo em minha testa e, mesmo sem querer, eu estava sorrindo e pedindo a Deus que esse momento se repetisse pelo resto da minha vida.

Stay With MeWhere stories live. Discover now