He Was Pride, I Was Just Me - Seo Yul/Jang Muni

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Ninguém irá perceber como é difícil. Claro que não...ninguém tem esse tipo de problema. E quem tem, eu lamento tanto por eles, como por mim nesse momento. Tudo o que eu menos queria agora, era ter que voltar para Daeho. Se passaram apenas 3 meses, que tempo tive para me curar? Que tempo tive para perdoar? Que tempo tive para aceitar? E mais importante...
Que tempo terei para ganhar coragem?

Quem diria...Jang Muni, uma das Jovem Ladys mais respeitadas de Daeho e arredores, uma futura maga incrível, uma amiga, filha e irmã incrível, mas com certeza, será uma mãe terrível. Uma mãe solteira que irá levar com muitas críticas em cima, porque um simples chá de prevenção, não fez o efeito que deveria.
Kim Do-joo vai me matar.
Jang Uk vai me matar.
Park Dang-gu vai me matar.
Jin Cho-yeon vai me matar.
Park Jin vai me matar.
Mestre Heo Yeom vai me matar.
E o pior de tudo...
Seo Yul vai me odiar.

Bom, nada que eu também já não faça a seu respeito. Odeio aquele homem com todas as minhas forças.
Para além de deixar que meu irmão tenha morrido, também passou meses me mentindo. Me mentiu sobre a suposta vigarista que se fez passar pela filha perdida da família Jin. Me mentiu que não fazia caso dela. Me mentiu sobre Mu Deok-i, ou melhor, Naksu. Me mentiu que não sabia quem era a criada. Me mentiu quando desconfiei que ela era a Naksu. Me mentiu sobre o seu passado com ela. Me mentiu sobre tudo acerca dela. Então...como posso acreditar quando dizia que me amava? Como posso saber que esse sentimento é verdadeiro? Não é. Isso não é amor. Quem ama não mente. Ainda por cima quando existem vidas em risco. Sou grata a Naksu por tudo o que fez a meu irmão, graças a ela, o portal do mesmo realmente abriu e ele soube o que é o amor. Mas também a odeio do fundo do meu coração, graças a ela, Jang Uk também soube o que é morrer. Pode ter voltado a vida...mas é como se não o tivesse feito. Todos os monstros que o abordam durante a noite. Todo o frio que passou...nada disso justifica. Infelizmente terei que voltar e enfrentar tudo de frente...

Nabi: tem certeza que não quer que vá com a senhora, Jovem Lady? (Neguei com a cabeça)

Muni: terei que fazer isso sozinha Nabi. Não quero que tenha que escutar todos os berros que irei escutar, nem todas as palavras maldosas.

Nabi: Jovem Lady, fico preocupada em deixá-la sozinha...eu realmente não quero que passe por tudo o que irá passar sozinha. (Sorrio para minha criada, tentando confortá-la. Mas quem quero enganar? Como alguém que não está confortável, irá confortar alguém?)

Muni: não se preocupe...regressarei o mais rápido possível. Não tenho intenções de ficar por aqui muito tempo. Quero apenas dar a notícia, ouvir todos os comentários maus da minha família, amigos e do pai do bebé, e depois, estarei de volta a casa para criar o meu filho ou filha. Aí precisarei da sua ajuda

Nabi: e estarei lá para a ajudar senhorita (sorrio em resposta. Criei coragem e desci da carroça. O cavaleiro pegou as minhas coisas as deixando no chão a porta da casa, e logo chega perto me entregando minha espada. Agradeço e a coloco no suporte da minha roupa. Me despeço de Nabi e então a carroça se afasta. Olho para a frente. As luzes estão acesas...claro que estão, Uk dorme tarde, ou talvez nem durma. As minhas mãos estão suando. Assim como as minhas costas. Não posso me enervar, não posso prejudicar o meu bebé, se continuar desse jeito, ainda o perco. Reparo que minhas mãos estão em meu ventre, já era um ato normal desde que descobri, não sei porquê, mas este gesto parece me confortar, como se de algum modo, o sentisse. Respiro fundo e avanço até a porta a abrindo. Uma criada estava na entrada, a mesma arregala os olhos assim que me vê e faz uma reverência.)

Criada: Jovem Lady Jang (me cumprimenta)

Muni: Kim Do-joo está?

Criada: está sim! Quer que a chame? (Assenti) também irei chamar alguém pra carregar as suas malas até o seu quarto (assenti de novo como forma de agradecimento e logo ela saiu. Olhei em volta, estava tudo igual...bom...nem tudo)