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A semana seguinte foi tranquila. Não havia sinais de Jang Uk ou Bu-yeon, acredito que ela havia decidido seguir o seu caminho com ele. Dang-gu e Cho-yeon tinham finalmente assumido o namoro entre os dois, a mãe dela não estava muito feliz com isso, mas parecia demasiado ocupada para se preocupar. Park Jin e Kim Do-joo estavam planeando o seu casamento, e eu estava a ajudando nas decorações. Seo Yul continuava por perto, como um bom pai que é. Durante essa semana insistiu para passar uma noite na minha casa, para poder ficar mais perto da gente. Eu o deixei, afinal, ele é pai do meu filho, não o posso afastar por muito tempo. E Min-ki...ah, o meu bebé. Ele estava lindo. Tão pouco tempo de vida, e já é um menino incrível. Mas há algo que eu e Seo Yul descobrimos quando estávamos tendo uma pequena discussão. Ok...talvez uma grande discussão.

Flashback on:

Yul: você não pode simplesmente desaparecer Muni! (Olhei brava para ele.)

Muni: eu já falei que não quero ir pra Seoho! E eu sou a mãe dele, então, onde eu for, Min-ki irá comigo. (Ele também estava bravo. Nosso filho estava deitado no seu berço, enquanto eu e Seo Yul discutíamos sobre o nosso futuro como pais.)

Yul: é, mas não se esqueça qual o sobrenome que ele carrega. Seo Min-ki é o futuro herdeiro de Seoho, e nada pode mudar isso.

Muni: você também ainda é herdeiro. Até ele se tornar capitão,  faltam muitos anos.

Yul: mas ele tem que crescer lá! Ser educado por mim. Temos que seguir o ritual da Lanterna da Vida, e tudo mais.

Muni: você cresceu aqui, qual a diferença?

Yul: a diferença é que a minha relação com o meu pai não é das melhores por conta da falta de atenção que tive dele, e você sabe!

Muni: não venha com esse papo de problemas com o seu pai pra cima de mim Yul. Aliás, tá que você é o pai, mas eu sou a mãe! Ele precisa de mim, e eu preciso dele. (Yul bufa.)

Yul: pode parar de querer tudo pra você? É óbvio que eu quero levar vocês comigo, mas você fica cheia de drama se recusando a tudo o que eu te apresento. Todos temos o nosso dever, e o dever dele é ser herdeiro de Seoho, então ele vai, fim da história.

Muni: ah é? Será que seu pai já sabe sobre o mais novo herdeiro de Seoho ter o portal fechado? E que o único jeito de o abrir é me matando? Coisa que eu acredito que não seja um problema para ele. Você conhece o seu pai, Seoho acima de tudo e todos. (Me aproximo dele.) quer deixar que o seu filho cresça sem mãe? Vá em frente, conta pro seu pai. Mas pode ter a certeza que só tomarão ele de mim, por cima do meu cadáver mesmo, e eu não vou desistir do meu filho. (A expressão de Yul estava mais calma. Parecia que ele tinha se apercebido do meu problema. Ele ia responder, mas olha de olhos bem abertos pra trás de mim. Confusa, olho também, ficando com uma expressão igual á dele.) oh meu deus...(sussurro.)

Yul: como isso é possível? (Min-ki flutuava. Ele estava flutuando em um pouco mais acima de seu berço com uma torrente de energia o cercando. Rapidamente me aproximei dele, com medo que o mesmo caísse, mas ele veio até os meus braços, com a maior leveza do mundo. Olho para Yul quando a torrente de energia adentra o peito do mais novo.)

Muni: como que o portal dele abriu? (Yul olhava assustado e confuso para nosso filho. Ele negou com a cabeça e engoliu seco.)

Yul: eu não sei...(nos olhamos.)

Muni/Yul: não podemos contar a ninguém.

Muni: ótimo, estamos de acordo. (Ele assente.)

Flashback off:

É...a situação continua suspensa. A verdade é que não procurámos saber sobre, até porque não queríamos chamar a atenção de todos, então apenas continuámos nossa vida normalmente. Também não havíamos decidido sobre Seoho, mas esse é o menor dos nossos problemas agora. Estávamos nos evitando e ao mesmo tempo passando todo o tempo que conseguíamos juntos. Falávamos apenas do necessário, pela segurança de Min-ki...se Ho-gyeon descobrisse...bom, não quero nem pensar.
Era um noite tranquila, estávamos passeando com Min-ki por Songrim e decidimos sentar num banco. O silêncio estava presente, apenas se ouviam os grilos e o vento que soprava os pequenos cabelos do bebé no colo de Yul. Ele estava dormindo e parecia tão pacífico...isso aqueceu o meu coração.

Yul: acha que ele vai ficar bem? (Olho para ele, que olhava o bebé no seu colo.)

Muni: espero que sim...faremos para que assim seja. (Ele assente, e então, sinto o seu olhar em mim.)

Yul: e a gente? Acha que vamos ficar bem?

Muni: bom...tendo em conta que não morri quando o portal dele abriu, acho que vou ficar bem...você não tem com o que se preocupar, está saudável novamente. (Ele nega com a cabeça.)

Yul: não é disso que estou falando...(ele coloca Min-ki no seu carrinho e se aproxima de mim.) eu quero dizer...a gente os dois...um com o outro. (Engoli seco.)

Muni: Seo Yul...(suspiro.) tente se colocar no meu lugar...você quebrou o meu coração...duas vezes! Não é fácil superar isso.

Yul: eu sei, e me desculpe! Eu não queria te machucar, de todo.

Muni: eu sei, mas machucou. Se você não tem intenções e o faz...o que me garante que não voltará a fazer? Não é só porque So-i morreu que você já a tenha esquecido...eu não quero ser uma tapa buraco.

Yul: acha mesmo que é isso que você é pra mim? Jang Muni, você sabe como funciona a nossa cultura. Acha mesmo que eu me entregaria a você por completo, se não soubesse que era com você que eu queria casar? (É verdade...é assim que a nossa cultura funciona. Sexo, só depois do casamento, e mesmo assim, a gente quebrou essa regra.)

Muni: é...eu também pensei que a gente casaria...mas muita coisa aconteceu desde então. (Ele assente.)

Yul: muita coisa que pode nos deixar mais fortes. (Ele pega minhas mãos.) Muni...eu nunca amei ninguém como amo você. Eu quero poder me redimir com você e quero que você aceite ficar comigo pro resto das nossas vidas. Por favor, me deixa redimir com você. (Os seus olhos transbordavam esperança, ternura, amor, carinho...e várias outras coisas que me faziam sentir que ele era a minha casa. Suspirei.)

Muni: dorme lá em casa hoje? (Sorrio levemente pra ele que também abriu um sorriso.)

Yul: claro! (Diz assentindo. Ele ia me abraçar, mas o parei, fazendo com que ele me olhasse confuso.)

Muni: dorme comigo? (Ele não teve reação. Estava apenas me olhando surpreso, o que me fez ter um pouco de ansiedade, mas já havia feito a proposta, não havia como voltar atrás. Quando ia retirar as minhas mãos das dele, me sinto ser puxada. Os seus lábios embatem nos meus e os meus olhos se arregalam. Eu com certeza não esperava isso. Quando ele se separa, ainda estou de olhos bem abertos.)

Yul: eu durmo com você Jang Muni! (A minha expressão suavizou, e sem esperar muito, conectei os meus lábios com os dele novamente, um beijo doce e cheio de saudades. O cheiro de baunilha que ele transmitia, nunca se tornava enjoativo, e o gosto dos seus bolos favoritos, de pólen de pinheiro...deus isso era tão bom. Nos separámos e nos olhámos...porém...nos olhámos como nunca nos olhávamos há muito tempo.)

Muni: vamos pra casa. (Digo rapidamente.)

Yul: vamos. (Nos levantamos e Yul pega no carrinho.) Kim Do-joo fica com Min-ki?

Muni: com certeza! (E então, seguimos o nosso caminho para casa, onde entregamos nosso filho a uma criada, já que a avó dele não estava, e passámos a noite matando o desejo que sentíamos um pelo outro.)

He Was Pride, I Was Just Me - Seo Yul/Jang MuniWhere stories live. Discover now