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Estava deitada no peito de Yul, ambos sem roupa, apenas com um lençol nos tapando. O sorriso não sumia do meu rosto, e como fiquei curiosa para saber se ele também estava sorrindo, apoiei minha mão em seu peito, e meu queixo em minha mão, olhando para ele que por sua vez, sorria como eu. Yul me olhou sorrindo.

Muni: tinha saudade disso...

Yul: eu também. (Ambos sorriamos que nem bobos. Eu apenas ignorava todos os contras pra estar com ele, e estava confiando na sua palavra de amor. É isso que fazemos quando amamos alguém, certo?
Seo Yul se aproxima de mim e cola os nossos lábios gentilmente, porém somos interrompidos com a porta se abrindo bruscamente, o que nos fez separar rapidamente. Yul me puxou pra si, tentando esconder o meu corpo desnudo, mesmo que estivesse tapado, era apenas com um lençol fino.) não sabe bater na porta Dang-gu? (Olhei para a porta e vi o meu melhor amigo que estava surpreso olhando pra nós com o seu queixo quase tocando o chão.)

Dang-gu: quando isso daí aconteceu? Digo, quando voltaram? Não quero saber quando transaram. Se bem que está nítido que foi essa noite né? (Dang-gu começa a divagar, sem saber para onde olhar, mas com certeza, não olhando pra nós.)

Muni: sai daqui! (Ele parece voltar a si próprio e se lembrar do que estava fazendo ali, quando fica sério.)

Dang-gu: se vistam rápido! Jin Mu realizou a alquimia das almas. Ele está no corpo de Seo Yun-o.

Yul: o meu tio? (Dang-gu assente.)

Dang-gu: sim! E ele foi até Jinyowon com a Assembleia Unânime. Eles...eles levaram o pássaro de fogo. (Sinto os músculos de Yul ficarem tensos. Também não é pra menos. Ele poderia voltar e terminar o que começou comigo e Min-ki.
Dang-gu saiu e eu e Yul nos apressámos em nos vestir. Avisei a criada pra chamar alguns guardas para a protegerem a ela e Min-ki, e então, saímos de casa encontrando Dang-gu e Park Jin, indo até Jinyowon. Assim que chegámos, vamos ao encontro de Cho-yeon.)

Cho-yeon: Meu senhor, Seo Yul, Muni, Dang-gu...

Dang-gu: você está bem?

Cho-yeon: os feiticeiros da Assembleia Unânime levaram o pássaro. Jinyowon vai ruir. (Dang-gu olha para seu tio preocupado.)

Jin: irei verificar como está Jinyowon. Sigam os feiticeiros.

Muni/Yul/Dang-gu: sim, senhor.

Cho-yeon: o pássaro de fogo é perigoso. Vou com vocês. A minha mãe está bastante ferida. Por favor, a ajude, lorde Park.

Jin: tudo bem...(Dang-gu deu uma espada a seu tio, e então, começámos a nossa busca pelos feiticeiros.)

___...___

Após horas á procura deles, decidimos voltar a Songrim para ver se conseguíamos obter alguma pista, porém, quando chegámos, apenas encontrámos várias pessoas de joelhos no chão chorando, como se estivessem de luto, e elas realmente estavam.

Cho-yeon: o que está acontecendo?

Muni: boa pergunta...(o Mestre Heo se aproxima de nós rapidamente, ele também chorava...algo estava errado. Muito errado! Senti uma ansiedade crescer dentro de mim a cada passo que ele dava.)

Yul: Mestre Heo, o que está acontecendo? (O mais velho abraçou cada um de nós á sua vez. Como não respondeu, fui a primeira a avançar para dentro, com um pressentimento muito ruim no coração. Estavam três caixões no topo das escadas, em cima de três mesas diferentes. Me aproximei para ler os nomes, e foi então, que o meu coração caiu.
Jin Ho-gyeon
Park Jin
Kim Do-joo
Perdi qualquer tipo de força que tinha nas pernas e caí no chão. Foi quando comecei a soluçar e a chorar.

Muni: não...não. MÃE...POR FAVOR, NÃO, MÃE. (O choro era agonizante, até pra mim. Dang-gu, Yul e Cho-yeon se aproximaram e logo, Dang-gu e Cho-yeon também estavam no chão. Rapidamente, Seo Yul vem até mim se sentando no chão e me abraçando. Todos nos sentíamos como se o nosso próprio mundo tivesse acabado de desmoronar. Me senti ser puxada para o peito de Yul onde me aninhei. Todos chorávamos em silêncio agora.
Não sei quantas horas ficámos ali, apenas chorando e prestando o nosso luto, mas em certo momento, já estávamos todos de pé, e as lágrimas não acabavam. Foi quando ouvi a voz mais familiar da minha vida.)

Uk: o que está acontecendo? (Virei a minha cabeça e vejo Uk bem atrás de nós, confuso. Corri ao seu encontro e o abracei com força. O mesmo me abraçou na mesma intensidade mesmo sem saber do ocorrido.)

Muni: mãe...(foi a única coisa que consegui dizer enquanto chorava. Como eu não conseguia explicar, todos se aproximaram, mas Seo Yul teve a palavra.)

Yul: na noite passada, levaram o pássaro de fogo de Jinyowon. A Sra. Jin e a criada Kim entraram em Jinyowon para impedir que as relíquias fugissem...(ele não queria dizer...o seu olhar estava perdido algures no cómodo. Eu estava abraçada no braço de Uk, e nesse momento, o apertei mais.) ...e morreram. Nem a Jin Cho-yeon conseguiu abrir a porta de Jinyowon, que ruiu, para recolhermos os corpos. Por causa disso, os caixões estão vazios. O lorde Park tentou impedi-los de quebrarem a barreira do pássaro, mas a energia dele incendiou tudo, e ele morreu lá. O local ardeu todo. Apenas encontrámos a espada dele. (O príncipe apareceu se aproximando de nós.)

Won: fui preso quando me tiraram o crachá de ouro. Mal escapei do incêndio. O meu pai, o rei desse país, está com a Assembleia Unânime.

Cho-yeon: tudo aconteceu...porque Jin Mu conseguiu transferir a alma dele para o corpo de Seo Yun-o.

Dang-gu: eu entraria em Cheonbugwan agora mesmo, mas eles têm o pássaro de fogo. (Dang-gu começou a quebrar. A sua voz ficou turva e os seus olhos com lágrimas.) não podemos tomar decisões precipitadas. (Me recompus. Larguei o braço do meu irmão e me coloquei direita.)

Muni: caso se saiba que o pássaro de fogo fugiu, será o caos total. Faremos um funeral discreto. Depois...iremos impedi-los de acordar o pássaro. (Uk, que estava de cabeça baixa, a levanta, se pronunciando pela primeira vez.)

Uk: o pássaro irá acordar. Disseram que seria inevitável. No entanto...as três pessoas não morreram. (O olho de olhos arregalados.)

Muni: como é?

Uk: se o desastre criado pela ganância humana foi previsto, a vontade de o travar pode se tornar uma variável...e alterar o desfecho.

Muni: cadê a mamãe Jang Uk? cadê ela?

Uk: ela está bem! Eles estão com o Mestre Lee. (Suspirei em alívio. Estavam vivos...estavam todos bem.) cadê o Min-ki?

Muni: deixei com a criada Min Jo-in. (Uk arregala os olhos me olhando.) o que foi? Depois da mamãe veio ela, então confio nela. Ela também ajudou a criar a gente.

Uk: Muni...(o olho confusa.) a criada Jo-in...também foi vítima da alquimia das almas. Quem quer que seja que você deixou o Min-ki...não é ela. (Sinto o meu coração acelerar. Minhas mãos começam a tremer e a suar. O meu primeiro instinto é pegar na minha espada e correr até casa o mais rápido possível, sendo seguida por todos. Assim eu chego, passo reto pelos guardas e entro começando procura-los em todos os cantos, porém, não encontrando ninguém. Me desespero e sinto as lágrimas em meu rosto. Jogo todos os móveis que tapassem a minha visão pra longe tentando achar o meu bebé em algum canto, porém, não tendo nenhum resultado. Sinto me segurarem, e quando tento me soltar, o meu corpo se prende ao de alguém. Seo Yul me abraçava. Eu sabia que ele também estava chorando. Isso porque ouvia sua voz turva. Dang-gu, Cho-yeon e Uk também choravam e ainda procuravam pelos locais onde já havíamos procurado.)

Yul: está tudo bem...nós vamos acha-lo.

Muni: isso é culpa minha...é tudo culpa minha.

Yul: não, não é. Olha pra mim. (Ele pega em meu rosto me fazendo o olhar.) não é culpa sua. Você não tinha como saber ok? Então não é culpa sua. A gente vai pegar quem quer que seja aquela alma, e vamos pegar o nosso filho de volta, tá bom? (Assenti ainda chorando e ele me puxa pra si novamente, porém, me afasto e nego com a cabeça.)

Muni: estamos perdendo tempo. (Limpo minhas lágrimas.) vamos procurá-lo. E quem quer que seja que tenha sido corajoso o suficiente pra sequestrar Min-ki...que deus tenha misericórdia dele, porque eu não terei.

He Was Pride, I Was Just Me - Seo Yul/Jang MuniWhere stories live. Discover now