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Estava cansada! Estou andado faz 2 horas e ainda faltam mais 2 de caminho. Seo Yul tinha razão, estou demasiado grávida para isso. Me sentei numa rocha pra descansar um pouco. Também tinha sede, mas não havia trazido nada, apenas eu, e a minha raiva pelo pai dessa criança. Tentei me levantar, mas uma dor invadiu a minha barriga.

Muni: sério? Agora? Droga! (Tentei respirar fundo para tentar aliviar, mas não estava passando) porque está fazendo isso? Não estou assim tão chateada, nem triste. (Eu gemia de dor, até escutar algo nos arbustos. Me calei ainda tentando aquentar a dor, e respirei baixo para não chamar a atenção do que quer que fosse! Mas não funcionou! Vejo alguém sair  do meio dos arbustos e arregalei os olhos. Uma alma invasora!) c-como? (Sussurro. Ele olhava para mim, mais especificamente, para a minha barriga. Como ele sabia? Almas invasoras conseguem ver energias? Ele sorria olhando para a minha barriga e se aproximava cada vez mais. Rapidamente me levantei e comecei a andar pra trás. Tou ferrada, vou morrer! Olhei para os lados á procura de algo e vi uma poça de água o que me fez sorrir! Quando ele começou a correr até mim, usei a minha energia para jogar uma rajada de água na alma invasora que voou e bateu contra as rochas, mas pouco depois, estava correndo até mim novamente. O desespero invadiu o meu peito, mas eu apenas continuei usando minha energia para me defender, até não aguentar mais. Caí no chão sem forças e com muitas dores, minha energia já não funcionava, mesmo que eu tentasse, ela não saía mais. A alma volta a correr até mim, porém, é jogada contra as rochas novamente. Me esforço para olhar pra trás e vejo Seo Yul com suas espadas gémeas em mãos. Ele vem rapidamente até mim jogando as espadas no chão do seu lado e colocando uma mão na minha bochecha direita.)

Yul: você tá bem? (Não respondo. Sua mão livre vai diretamente até a minha barriga, onde sinto as energias conectarem! Por trás dele vejo a alma invasora se aprontando para atacar novamente.)

Muni: CUIDADO? (Grito sem forças e uso a minha energia uma última vez para pegar uma das espadas de Yul e esticá-la, fazendo com que a alma se atravessasse nela. Yul empurra a pessoa possuída para trás a deixando cair no chão enquanto se petrificava. Porém, voltou sua atenção para mim. Sua mão voltou para a minha barriga, e seu olhar, para mim. Sinto meus olhos pesarem, mesmo tentando mantê-los abertos, estava difícil.)

Yul: não não não! Muni, não fecha os olhos, olha pra mim! (Tentei olhar para ele, porem, não estava conseguindo. Meus olhos se forçavam para fechar.) Muni, eu estou aqui, está tudo bem, só fique acordada. Pense no nosso filho! Não se atreva a fechar os olhos, faça isso por ele! (Seo pega na minha mão e a leva até sua bochecha) faça isso por mim! Por favor! (Me senti a receber energia pelo meu toque em sua bochecha, o que fez com que eu ganhasse forças para ficar acordada, ele estava partilhando comigo, não com o bebé. Seo Yul e eu nos olhávamos. Isso era íntimo demais. Podem até dizer que a forma mais íntima que temos de estar com uma pessoa, é o sexo, porém, é mentira! A partilha de energias é algo muito mais íntimo que isso...normalmente os casais só o fazem após o casamento e quando o amor é verdadeiro, o que significa que eu e Seo Yul estávamos tendo o momento mais íntimo de nossas vidas até agora, nesse momento! Ficámos assim por uns segundos, mas depois me lembrei de algo, então retirei a minha mão de sua bochecha e a sua mão de minha barriga.)

Muni: você não pode me dar mais energia, está doente! (Ele engoliu seco)

Yul: eu te daria toda a minha energia se fosse necessário Muni...(a minha respiração se prendeu e os meus olhos arregalaram um pouco.) digo...por causa do bebé, claro!

Muni: ah, sim, claro...ham...de qualquer jeito, estamos bem, posso cuidar do resto com minha energia. (ele assentiu e me ajudou a levantar e a sentar numa rocha. Yul foi até á pequena mala que trouxe e pegou uma garrafa de água, me entregando) obrigada! (Bebi água e suspirei de alívio assim que terminei, vendo o garoto pegar suas espadas e as guardar no suporte em suas costas.)

Yul: está melhor? (Assenti.) ótimo! (Sua expressão mudou completamente. Ele não estava mais preocupado, estava bravo, e muito) o que tinha na cabeça de vir até aqui sozinha? Você é louca?

Muni: se você não tivesse saído sem mim, isso não aconteceria! (Ele arregalou os olhos ainda bravo)

Yul: está mesmo jogando as culpas em cima de mim? (Assenti) eu não saí sem você! Tinha ido no mercado comprar as bolachas de mel que você tanto queria! Não sei se lembra, mas criámos regras para nos darmos bem nesse período! Uma delas é eu satisfazer seus desejos! Outra é que você não pode sair de casa sozinha! Não importa onde vá, você não pode sair sozinha, não foi o combinado? (Olhei pra baixo, estava mesmo levando um sermão de Seo Yul? Se bem que é merecido...eu estou grávida de quase 5 meses, o que tinha na cabeça? Sinto meus olhos arder e lágrimas começam a cair) não começa com teatro Jang Muni, não vai se safar dessa com esse choro falso! (Olhei pra ele chateada)

Muni: eu não estou fingindo! São os hormónios, seu filho que está fazendo isso, não eu! (Sua expressão mudou para uma mais suave)

Yul: o que você disse?

Muni: que são os hormónios, tá surdo? (Ele sorriu levemente)

Yul: tenho a certeza que escutei você dizendo "seu filho" (ele sorria e eu revirava os olhos) vou assumir isso como um avanço na sua aceitação da nossa situação. (Ele vem até mim e me estica a mão. Eu a pego e me levanto) mas é sério, nunca mais saia sozinha, entendeu?

Muni: sim...desculpa! (Digo um pouco baixo e sinto um pequeno carinho na minha mão)

Yul: tudo bem! Isso serve de exemplo do que pode acontecer se ficar sozinha...pra próxima, já sabe que tem que pensar duas vezes (assenti.) vamos? Temos que nos apressar, se não só poderemos voltar a casa amanhã.

Muni: sim, vamos!!

___...___

Chegámos a Danhyanggok e Yul não parecia muito bem. Ele estava mais cansado que o normal, suava frio e estava bem mais pálido.

Muni: Yul, você não ta bem!

Yul: já disse que estou! Não se preocupe Jang Muni. Vamos nos focar em chegar até a casa do Mestre Lee!

Muni: ok, mas assim que chegarmos, vamos pedir ajuda pra ele! Você não está bem! Dá pra perceber só de olhar pra você.

Yul: não é necessário. (Paro de andar, provocando a mesma reação nele.)

Muni: não é necessário? Está de brincadeira? Seo Yul, você ta morrendo aos poucos e não tá nem aí pra isso. Se recusa a falar com o Mestre Heo, que com certeza pode te ajudar, mas não o faz por não querer preocupar ninguém, pois bem, você está me preocupando a mim e ao seu filho! Não era você que queria acompanhar o crescimento dele? Então faça o favor de ficar vivo! (Ele me olhava atentamente)

Yul: por agora só preciso de um pouco de energia...quando voltarmos pra Daeho, irei conversar com o Mestfe Heo...tudo bem? (Suspirei)

Muni: tá...combinado! (Cheguei perto para partilhar energia, o que fez com que Yul ficasse logo com outro aspeto. Continuámos nosso caminho e parámos em frente a casa do Mestre Lee, onde o mesmo estava cozinhando. Foi aí que minha barriga roncou, estava com fome!)

Lee: Seo Yul, Jang Muni, que surpresa agradável! (ele sorria) o que os trás cá? (Fazemos uma reverência)

Seo: Mestre Lee, viemos procurar a sua ajuda. Temos uma situação complicada em mãos (o homem assentiu)

Lee: por favor, me acompanhem na refeição (sorrimos e assentimos, sentando á mesa e esperando que ele acabasse de cozinhar.)

He Was Pride, I Was Just Me - Seo Yul/Jang MuniWhere stories live. Discover now