He Was Pride, I Was Just Me - Seo Yul/Jang Muni

.17.

Estava de noite. Eu não estava conseguindo dormir. Min-ki não parava de chutar. Ele estava com desejo...Min-ki quer biscoitos de mel. Me levantei e fui até o quarto de Yul, porém, parei a meio do caminho, quando vi o próprio saindo de casa. Onde ele está indo? E uma hora dessas...sem pensar duas vezes, me calcei e o segui. Estava escuro e frio, devia ter pego um casaco. Quando dei por mim, estava num beco perto do local onde havia sido sequestrada. O que ele fazia aqui? Pouco depois, ouvi uma voz de uma mulher falando desesperada. Eu estava escondida atrás de um muro, e tinha visão pra Yul. O vi puxando a garota que ficou visível pra mim. So-i? O que ela está fazendo aqui? O que ele está fazendo com ela? Que merda é essa?

Yul: foi você. (Ela o olhava desacreditada, provavelmente, dele estar na sua frente.)

So-i: Seo Yul...não podemos conversar aqui. (Ele concordou, os segui até um local de apostas, onde ambos entraram. Entrei em seguida, o local estava vazio, eles foram até as traseiras. Eu fiquei escondida atrás de um armário, com visão para eles.)

Yul: foi você não foi?

So-i: criei o boato da Naksu com os xamãs da Aldeia Gaema (então foi ela...ela que inventou que a Naksu voltaria...pra que? O que ela ganharia com isso? Será que ainda está aliada com Jin Mu?) mas foi para ganhar dinheiro vendendo amuletos. (Ela o olhou.) só inventei um boato. me prenda se quiser. (Ele foi até perto dela, o que me deixou genuinamente nervosa.)

Yul: você enviou medicação pra mim, certo? (Oi? Medicação? Ela sabe que ele está doente? Eles conversam? Tem quanto tempo isso tudo? Ela não responde.) você deve saber o que tenho.

So-i: ficará bem, só precisa continuar tomando a medicação.

Yul: eu não tomei a medicação. (A garota o olha levantando as sobrancelhas. A preocupação invade o seu olhar.)

So-i: não tomou? (Ela se aproxima dele.) sem ela, deve ter dores severas. (Me lembrei do episódio mais cedo. Ela não estava errada.)

Yul: tenho quem me ajude com isso. (Sorrio sabendo que sou eu) me diga! O que tenho dentro do corpo? Pelo menos, gostaria de saber...antes de morrer. (Os meus olhos arregalam. Ele vai morrer? Foi por isso que me levou na cachoeira? Me beijou? Se casou comigo? Com o choque ando pra trás e sem querer bati numa cadeira deixando um balde cair, droga.)

So-i: quem está aí? (Ouço Yul suspirar.)

Yul: apareça Muni. (Como ele sabe? Dou o meu melhor sorriso e lentamente saio de meu esconderijo.)

Muni: oi...eu estava...ham...é...

Yul: acho que está querendo dizer que estava me seguindo.

Muni: te seguindo? Não, nunca! Apenas fui dar um passeio noturno e me perdi.

So-i: você tá...(olho pra garota e reparo na direção que ela olha. Droga! Olho para Yul, mas não vejo preocupação no seu olhar.)

Yul: sim, ela está grávida. (Ele vem até mim.) o que estava pensando em me seguir?

Muni: não me culpe. Min-ki estava com desejo, eu ia no seu quarto falar disso, aí te vi saindo de casa, então te segui. Seu filho ficou curioso. (Dou de ombros.)

So-i: você é o pai? (Pergunta desacreditada.)

Muni: é! (Afirmo e volto a minha atenção pra Yul.)

Yul: Muni, você não pode sair assim sozinha, já falámos sobre isso.

Muni: eu não saí sozinha, você esteve sempre lá! (Ele suspira.) mas ainda bem que vim...temos que conversar. Que história é essa de morrer? Tá pensando em me abandonar? Em nos abandonar?

Yul: em casa conversamos, pode ser?

Muni: tá...(olhámos para So-i que ainda nos olhava pasma.)

So-i: como é possível? Vocês tinha terminado! Jang Muni está grávida...

Yul: na verdade...Seo Muni está grávida! (A garota abre ainda mais os seus olhos e eu mostro meu anel. Senti borboletas na minha barriga após ele dizer essa frase, o nome parecia verdadeiro. Quem me dera que fosse.)

So-i: quando isso aconteceu?

Yul: a gente nunca terminou, apenas fizemos todo mundo pensar que sim. Ambos precisávamos do nosso próprio espaço, então fui pra Seoho e Muni foi pra longe também. Mas então descobrimos que ela estava grávida, decidimos voltar pra nossa realidade e por fim, casámos. (Uau...essa história tava muito boa.)

So-i: estiveram sempre juntos e você não sabia que ele estava doente? (Pergunta pra mim.)

Muni: na verdade eu já sei há algum tempinho...como que você sabe?

So-i: acho que isso é algo que não seja do seu interesse, e sim, de Yul. (Me aproximo dela com a cara trancada.)

Muni: em primeiro lugar, é senhor Seo Yul pra você, e em segundo lugar, é do meu interesse sim. Meu marido está doente e uma vigarista tem lhe enviado medicação, ou seja, essa vigarista sabe o que ele tem. (Ela sorri.)

So-i: não sou apenas uma vigarista comum Jang Muni...seu querido marido sabe disso.

Muni: Seo Muni! (A corrijo.) e não é só porque Yul te salvou quando pensou que era apenas uma pobre garota cega, que ele realmente tenha se afeiçoado a você, não se esqueça disso. (Yul estava nervoso. Ele não sabia o que dizer ou fazer.) vamos? (Ele não me responde o que fez So-i sorrir.) certo. Nos vemos em casa. (Viro as costas pra sair, porém ele pega no meu braço.)

Yul: vamos. (Ele me responde e então, saímos voltando pra casa.)

Muni: que conversa é essa sobre morrer...foi por isso que aceitou se casar comigo?

Yul: eu vim me encontrar com ela pra descobrir o que tenho. Ela sabe. Você não poderia pelo menos uma vez deixar de tomar conta da vida dos outros? (Ele estava bravo. Bom...eu também estava.)

Muni: não vem com esse papo pra cima de mim. Se eu realmente tivesse feito isso, provavelmente só descobriria que você pensa em morrer, quando realmente morresse.

Yul: isso não é um assunto seu Jang Muni.

Muni: Jang Muni? O que aconteceu com a Seo Muni de há pouco? (O meu tom era sarcástico.)

Yul: não se emociona, estamos apenas casados para o mundo, ambos sabemos que o casamento é falso. Estou fazendo isso pelo bem do nosso filho. Se eu morrer, você será viúva e poderá encontrar outro homem pra casar. (Eu estava boquiaberta com o seu comentário.)

Muni: então é esse o seu plano? Morrer e deixar que outro cara crie o seu filho? O que aconteceu ao discurso sobre acompanhar o crescimento do bebé?

Yul: eu estou piorando a cada dia que passa.

Muni: eu já disse pra ir no Mestre Heo. Porque não vai? Porque não deixa de ser idiota e egoista?

Yul: porque eu não posso. Ninguém pode saber da minha doença.

Muni: e porque não toma a medicação que a vigarista te deu?

Yul: como você própria diz, ela é uma vigarista, não é de confiança. (Assinto ainda chateada, e ficamos calados por uns segundos, até eu me deixar levar pela raiva.)

Muni: está proibido de tocar na minha barriga enquanto não conversar com o Mestre Heo. (Afirmo.) mesmo se eu estiver morrendo, você não poderá nos salvar. Se quer nos salvar, se salve primeiro Seo Yul. Isso se quer chegar a ver o seu filho. (Viro costas e vou na frente.) ah e...faz favor de não vir perto de mim, quero uma boa distância no caminho pra casa. (Viro costas e sigo o meu caminho, sabendo que estava sendo seguida por ele.)