CAPÍTULO 23 - IMPASSE, UMA MISSÃO

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Point of View Roseanne Park.
Acampamento no Texas, 08:30 PM - Uma semana depois.

Ultimamente tenho estado distante de Lalisa devido ao acontecimento repentino da semana passada, para mim de todo modo não foi uma grande surpresa mas ainda assim fui pega desprevenida. Ouvir que a pessoa pela qual você têm sentimentos está de rolo com outra pessoa com certeza é a pior das torturas, embora eu tenha tido de imediato a constatação de que Jennie e Lalisa pareciam interessados mutuamente vários dias atrás eu iludida me permitir fantasiar que em algum momento eu pudesse atrair a atenção da tailandesa para mim e assim confessaria meus sentimentos.

Estive em negação durante dias ao pensar em seu falecimento embora eu tenha aparentado ser a mais sensata e madura do grupo, eu ouvia e via os lamentos profundos de Jennie enquanto aos prantos demonstrava carinho e sentimentos a mulher. Eu por outro lado sofria em silêncio com o meu coração apertado e calejado a ausência de Lalisa.

As vezes me martirizo por ter alimentado sentimentos por ela desde o princípio, quando eu a vi pela primeira vez e que seus olhos curiosos recaíram sobre mim, naquele momento eu sabia que estava fodidamente atraída por todo e qualquer aura carregada por ela e toda sua pretensão e possessão em manter-se no controle das ações me permitiram sentir profundamente embora ela deixasse nítido que fazia as coisas pelo grupo. Um todo.

Sinto como se eu estivesse louca na maioria das vezes. Lalisa não deveria ser quem é, ela não deveria parecer altruísta quando é o que menos quer, ela precisa pensar antes de preocupar-se comigo, ela não deveria tocar-me ou estar tão perto de mim para que eu não possa sentir o seu inebriante e único cheiro, ela não precisa olhar para mim de um jeito curioso e enigmático e nem deveria puxar qualquer assunto ou simplesmente perguntar-me se preciso de algo, a verdade é que Lalisa não precisava pular na frente daquele tiro por minha causa então assim por todos esses motivos eu não me sentiria dessa forma.

Assim eu não teria sentimentos por ela... por alguém que está apaixonada por outra.

Risco o amontoado de neve aos meus pés com um graveto traçando linhas atos refletindo sobre o que eu estou fazendo da minha vida agora e me perguntando a partir de qual momento tudo começou a desabar assim.

De repente me pego pensando em meses atrás de quando eu apenas me preocupava em tirar boas notas na faculdade e cuidar do meu pequeno negócio e mesmo assim ainda me sentia exausta e reclamava, que tonta. Agora de fato me sinto exausta.

Será que algum dia as coisas voltarão a ser como antes?

Ouço ruídos abafados e acolchoados atrás de mim então me dou conta de que Jisoo está se sentando ao meu lado com as mãos no bolso do casaco grosso de frio. A morena dá um mero sorriso gentil e encolhe o corpo um pouco.

- Você parecia solitária então pensei em fazer companhia a você - ela disse simples encarando os riscos que fiz na neve.

- Eu só estava pensando, as vezes preciso de um tempo para mim - respondo gentil tentando parecer agradecida.

- Tem algo perturbando você? - questiona ainda sem olhar no meu rosto.

- Por que está perguntando? - respondi perguntando olhando o seu rosto de perfil.

- Você parece pensativa a semana inteira, trocou poucas palavras então pensei que estivesse precisando de alguém para conversar - respondeu ajeitando o capuz do casaco na cabeça.

- Tem algo me chateando ou sei lá... - soltei uma lufada de ar quente que logo transformou-se em fumaça - .... me deixando meio triste, mas não é um assunto no qual eu queira falar - completei.

APOCALIPSE, A EXTINÇÃO - JENLISA, G!POnde as histórias ganham vida. Descobre agora