Capítulo 18

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- Sabia que eu queria te tocar desde aquele dia no carro?

Ergui minha cabeça deitada no seu ombro e encontrei os seus olhos.

- O dia em que você me levou na enfermaria porque eu torci o pé? Esse dia? - Ele assentiu e eu entreabri os lábios.

- Me desculpa, OK? Eu sei que eu sou uma pessoa terrível. - E apesar do teor culpado nas suas palavras, ele trazia um sorriso malicioso nos lábios.

Fiquei por cima dele e toquei seu rosto, acariciando seus traços. Rocei nossos lábios e colei brevemente.

- Se você é, então eu também sou por ter praticamente colocado meus seios semi-cobertos por um biquíni no seu rosto. - Ele pareceu pensar por um momento, mas se lembrou.

- Ah, essa foi a melhor provocação não intencional. E, por incrível que pareça, eu não pensei neles o resto do dia. - Suas mãos passeavam pelas minhas costas sem restrição. - Eu pensei em você e só você.

- Nada malicioso? - Ergui uma sobrancelha.

- Hmmmm...

Dei um tapa no seu peito.

- Ah, qual é? Você nunca pensou também? - Ele desafiou.

- Eu? - Sai do seu colo e me sentei ao seu lado. - Jamais.

- É claro. - Ele abraçou minha cintura e deu leves mordidas no meu quadril.

- Eu amo tanto você, Blue.

Eu olhei para ele, um sorriso tão largo no rosto que eu achei que poderia rasgar. Quando nossos olhares se encontraram, eu pude ver o quanto de sinceridade estava presente em tão poucas palavras que carregavam tanto sentimento.

- Eu te amo, Nick. Eu amo como nunca amei alguém.

Me abaixei para beijar seus lábios.

Não era mentira, nunca havia amado alguém como Nick. Ele era uma pessoa incrível, um verdadeiro homem que não tinha medo de amar. 

- Está ficando tarde. - Nossos lábios se separaram relutantes. - Acho melhor eu te levar pra casa.

Quem dera eu pudesse ficar naqueles braços por uma vida inteira. Quem me dera se aquele momento nunca se acabasse e os lençóis guardassem nosso segredos por anos. Mas nós tínhamos nossas vidas, nossas responsabilidades e a vida real batia à nossa porta.

Me levantei e comecei e me vestir enquanto ele fazia o mesmo.

- Nick. - Chamei e ele me olhou enquanto terminava de fechar sua calça. - A minha calcinha.

Ele gargalhou e mais uma vez colocou o pano diante do nariz para sentir o odor ali presente.

- Isso é meu agora. - Ele guardou a calcinha no seu bolso da frente.

- E como você espera que eu chegue sem calcinha em casa? - Cruzei os braços, uma sobrancelha levantada em desafio.

- Porra, você consegue ser mais linda do que isso? - Tocou meu queixo e selou nossos lábios.

Não preciso dizer que me derreti e que o assunto "calcinha" parecia banal naquele momento. Com certeza eu lhe ofereceria um órgão se o próximo gesto dele fosse um beijo aprofundado.

- Para com isso. - Minhas bochechas ficaram coradas enquanto ele distribuía beijos pelo meu pescoço.

- Parar de te amar? - Ele apertou os braços na minha cintura e afundou o rosto no meu pescoço. - Jamais.

Eu ri e me virei para encontrar seus lábios em mais alguns selinhos.

- Tudo bem, eu te dou a calcinha só dessa vez. - Me virei para voltar a me vestir.

BlueWhere stories live. Discover now