Spider-Gwen - Livro I

Capítulo 11

Confesso que a volta do Peter me fez com que eu me sentisse melhor, mas tinha algo errado nisso tudo. Eu vi no noticiário do J.J. que o Cabeça de Teia havia voltado, mas como ainda não tinha me encontrado com ele, eu tinha minhas dúvidas. Os dois foram embora e voltaram ao mesmo tempo. Ambos são bem parecidos, até arrisco dizer que são a mesma pessoa. Mas preciso de provas.

Logo ao cair da tarde fui para o prédio da Oscorp — com o uniforme novo — se tinha um lugar onde eu encontraria o Cabeça de Teia, com certeza seria ali.

Ao chegar, vi a silhueta de um homem sobre a beirada do prédio e rapidamente presumi que fosse ele em seu novo uniforme. Me aproximei devagar para olhá-lo melhor, mas ele acabou notando minha presença.

— Pequena aranha! Sentiu saudades?

Não consegui pronunciar uma palavra se quer. Eu estava feliz por ele ter voltado, mas também estava chateada por ele ter ido sem nem ao menos ter me avisado. Infelizmente, a raiva acabou ganhando.

— Seu...!

— Opa, o que está havendo? Eu mal chego e você já quer me xingar?

— Você é um... Um... Idiota! Como pôde fazer isso comigo?! Pensei que fossemos parceiros!

— Calma, Pequena Aranha...

— Não me diga para ficar calma! Você nem se quer me avisou para onde ia, e quando vejo, você está lá lutando com os Vingadores. Tem até um traje novo!

— Certo, escute. Me chamaram de repente e eu não tive tempo de te avisar. E você também tem um uniforme novo, que aliás, combinou muito com você.

— Aranha...

— 'Tá legal. Me desculpa, eu devia ter contado a você.

Lembrei-me do que Danny disse sobre perdão e raiva e decidi acabar com tudo aquilo.

— Não, me desculpa você Aranha. Eu só... Eu... Eu senti sua falta — Disse por fim.

Aranha não disse nada, mas me tomou em seus braços, me abraçando forte.

— Está tudo bem? — Perguntou ele.

— Está.

Contei sobre o que tinha acontecido comigo no pequeno passeio na base aérea da S.H.I.E.L.D, das pessoas que conheci e sobre o pedido de Coulson de eu me juntar a equipe.

— Então eu falei que não podia aceitar sem mais nem menos, afinal, eu tenho uma vida. Escola, família, ser heroína dessa cidade...

— Tem razão. Mas não acha que seria melhor se estivesse em uma equipe?

— Sim, acho. Mas prefiro continuar na minha enquanto isso.

— Você que sabe — Aranha deu de ombros — Eles também me chamaram, mas eu recusei. 'Tô feliz com minha única parceira.

— Oh, que gracinha. Mamãe te compra um chocolatinho depois. — Brinquei.

— Vai, fica debochando aí — Diz ele se colocando de pé na beirada do edifício — Fico com a parte norte da cidade?

— Ela é toda sua.