Capítulo 38

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Lá estávamos eu e Danny, em frente ao mar nos preparando para entrar. Danny já estava com seu traje de mergulho, mas eu ainda tinha uma pequena complicação com meu uniforme.

— 'Tá bem, Amadeus. Como eu desbloqueio minhas funções?

Você tem que dizer a frase “desbloquear todas as funções”.

— Sério? Pensei que seria mais fácil. — Resmunguei.

Não reclama.

Soltei um suspiro fraco.

— Desbloquear todas as funções.

No mesmo instante, vários dados apareceram em minha frente, como se eu estivesse de frente para um computador.

Olá, Gwen. Você têm 576 combinações de teias para usar. Deseja usar alguma? — Perguntou uma voz masculina.

— Caramba, isso é muito legal!

Foco, Gwen. — Disse Ava, impaciente.

— Está bem, está bem. Eu quero um traje de mergulho.

Assim que terminei a frase, uma máscara de mergulho apareceu em meu rosto. Fiquei me perguntando como aquela coisa estava no meu uniforme esse tempo todo.

— Gwen, está pronta? — Perguntou Danny.

Assenti, com os punhos cerrados.

Nós dois mergulhamos mar abaixo. Na medida que afundávamos, nossa comunicação com Ava e Amadeus ficava horrível até que em um certo momento nossas escutas ficaram silenciosas e o comunicador estava com estática.
Estava claro que tinha algo ali impedindo nossa comunicação.

De repente, uma estrutura estranha apareceu no fundo do mar e, aparentemente, tinha uma abertura na parte superior. Meu sentido aranha começou a vibrar.
Danny e eu entramos por ela e vimos que dava acesso ao que parecia ser a entrada da estrutura.
Já que a água não entrava, nós finalmente poderíamos tirar nossos trajes de mergulho.

— É... Computador? Eu não sei como te chamar mas eu queria que você retirasse essa máscara

Máscara de mergulho retirada. Você também pode retirá-la manualmente pressionando o desenho da aranha no centro de seu uniforme.

— Que prático.

Quanto ao nome, você pode me dar um, se desejar.

— Sério? Legal! Vou pensar em um.

— Vai continuar conversando com seu uniforme ou vamos entrar nessa coisa? — Perguntou Danny de braços cruzados.

— Ok, desculpa.

Nós começamos a andar pela estrutura, até achar um tipo de sala onde havia vários monitores enormes de computador. Havia também alguns objetos para se fazer experiências científicas.

Curiosa, me aproximei cautelosamente dos painéis, mas meu sentido de aranha começou a vibrar novamente. Então tive a ideia de olhar a situação por cima.
Fixei minha teia no teto e pulei até alguns canos, que ficavam fora do teto me permitindo uma boa visão do local.

Esqueceu alguma coisa. — Disse o computador.

— Não esqueci, não.

Joguei minha teia em volta do corpo de Danny e o ajudei a subir. Foi quando uma figura sinistra apareceu na sala, com Peter atrás dela. Era um homem estranho com quatro tentáculos em suas costas.

— O que será que Peter está fazendo com ele? — Perguntei quase que sussurrando.

— Meu palpite é que ele está sendo obrigado a fazer o que aquela coisa mandar.

Espero que seja isso mesmo. Eu não aguentaria saber que Peter trocou nossa equipe por esse cara estranho.

— E então? — Perguntou o homem olhando para o Peter — Como vão as coisas na S.H.I.E.L.D.?

Peter cerrou os punhos com força, tentando conter sua raiva.

— Eles acham que saí por conta própria.

— E a sua parceira?

— Ela não quer saber de mim.

— Excelente. Como prometido, você pode ver sua tia. — Disse o cara apertando um dos botões no teclado.

No mesmo instante, uma cápsula ao lado do computador se abriu, revelando a tia de Peter em um estado inconsciente. Peter correu até ela com os olhos cheio de lágrimas.

— Você acertou, Danny. Esse miserável vai ver só o que eu vou fazer com ele.

No momento em eu ia jogar minha teia, Danny segurou em meu braço com força, dizendo:

— Um guerreiro sabe quando é hora de atacar. Não se preocupe, nós vamos ajudá-lo.

Spider-Gwen - Livro IOnde as histórias ganham vida. Descobre agora