Capítulo 68

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— Peter...?

O corpo inerte de Peter segurado pela minha teia me assustava, ao mesmo tempo que me enchia de aflição.
Tirei a teia de Peter e o coloquei com cuidado no chão, apoiando sua cabeça em meus braços.

— Peter, acorda. Por favor, acorda!

Peter nem se quer se movia.

— Peter, não me deixe assim!

Foi impossível segurar as lágrimas.

No mesmo instante, Jeff apareceu em minha frente ainda em cima do planador e várias pessoas saíram assustadas do local. Um sorriso sombrio se formou em seu rosto, satisfeito com o que tinha feito.

— E agora, o toque final. — Jeff apontou as armas em minha direção.

Abracei Peter fortemente, esperando o meu fim. Mas, de repente, Jeff caiu inconsciente em minha frente mostrando um homem vestido de preto e vermelho logo atrás dele.

— Q-quem é você?

— Eu sou o elemento surpresa que Fury mandou. Mas você pode me chamar de Deadpool. Esse filho da put* machucou você?

Neguei com a cabeça, voltando minha atenção para Peter.

— Esse é aquele menino aranha?

— Sim, é ele. — Digo com a voz trêmula.

— Cara, eu sou muito fã de vocês! — Disse ele me mostrando um desenho de mim e do Peter, em um caderninho.

— Você que fez?

— É, eu desenho quando não tem nada pra fazer.

Deadpool guardou sua caderninho e pegou Jeff pelo braço bruscamente, sem se importar que o garoto ainda estivesse inconsciente.

— Vou ali prender esse desgraçado e já volto.

Assenti, enquanto ele levava Jeff sem cuidado nenhum até um carro preto — que eu nem tinha reparado — estacionado a alguns metros da entrada da Oscorp.
Deadpool praticamente jogou o corpo de Jeff dentro do carro, enquanto que Nick Fury saía do automóvel logo em seguida. Os dois se aproximaram de mim e me olharam calados.

— Fury... — Foi tudo que eu consegui dizer.

— Você está bem?

Assenti, calada. Fury virou-se para o Deadpool e disse:

— Bom trabalho, Wade. Vai receber seu pagamento quando os dois estiverem na S.H.I.E.L.D. e Jeff atrás das grades.

Sem dizer mais nada, Deadpool se abaixou em minha frente e segurou Peter em seus braços.

— Foi pago para isso também?

— Na verdade, não.

Eu queria poder sorrir, mas eu não conseguia. Doía tanto ver Peter daquele jeito.

Spider-Gwen - Livro IOnde as histórias ganham vida. Descobre agora