Capítulo 31

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Depois que os alunos viram os projetos e experimentos, Max finalizou a excursão e pediu para os professores levarem eles de volta ao ônibus.
Eu já tinha pensado em uma desculpa para dar ao Max, agora só faltava ser convincente.

Eu estava na minha sala descansando, quando Max entrou e colocou-se de pé a minha frente, com os braços cruzados.

— É... Oi?

— Por que você ficou tão nervosa quando mostrei as aranhas para os alunos? — Perguntou ele em tom firme.

— E-eu não gosto de aranhas. Só isso.

— Não está sendo sincera comigo, não é?

Não consegui responder. Será que ele percebeu alguma coisa?
Max sentou-se em uma cadeira a minha frente e me olhou, como se estivesse preocupado.
Eu, por outro lado, estava pensando se deveria contar a verdade a ele.

— Gwen, se vamos trabalhar juntos teremos que ser sinceros um com o outro. Então, é melhor que me fale a verdade.

— Eu já disse. Não gosto de aranhas.

Max soltou um suspiro fraco.

— Está bem. Então, da próxima vez não mostraremos as aranhas.
E já que resolvemos esse assunto, vamos até uma lanchonete aqui perto aproveitar nosso horário de almoço.

— Sim, vamos.

Minha rotina nas férias foi basicamente isso: trabalho na Oscorp de manhã, treinamento da S

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Minha rotina nas férias foi basicamente isso: trabalho na Oscorp de manhã, treinamento da S.H.I.E.L.D. a tarde e patrulha da cidade com o Peter a noite. Era cansativo, mas eu não tinha do que reclamar.

Michelle e eu decidimos sair em um domingo para colocarmos o papo em dia, aparentemente ela também estava atrás de um emprego. Uma pena que a Oscorp ainda não tinha vagas.

— Sem falar que minha mãe me enche o saco para procurar universidades. Qual é? Ainda tenho um ano para fazer isso. — Disse ela dando um gole em seu café.

— Meu pai também está fazendo a mesma coisa. — Dei de ombros.

— Me conta... Como vão as coisas com o Peter?

— Ah, estamos bem.

— "Bem"?

Michelle me olhou como se eu tivesse dito a coisa mais horrível do mundo. Ela estava esperando que eu dissesse que eu ele estávamos mais próximos, mas não estávamos. Peter ainda pensava na Liz.

— Ele ainda gosta dela.

— Se sentiria melhor se eu dissesse que ela foi embora?

— O que?

— Teve um problema com o pai dela e ela teve que sair da cidade.
Sabe o que isso significa, não sabe? Agora você tem a chance de fazer Peter esquecer ela e começar a te notar.

Eu não sabia o que dizer. Eu mal via o Peter, só quando íamos patrulhar a cidade mas fazíamos isso em lugares diferentes. E com essa rotina nova, eu simplesmente não tinha tempo para isso.

— Acho melhor deixar as coisas do jeito que estão.

— Você é tão sem graça. "Olha eu sou a Gwen, trabalho para Oscorp e não tenho tempo de correr atrás do meu grande amor". — Disse ela fazendo uma voz fininha, tentando tirar minha paciência.

— Isso é sério, Michelle? Quantos anos você tem?

— Pare de ser tão certinha, Gwen Stacy! — Ela bateu sua mão com força sobre a mesa — Não é ficando de braços cruzados que você vai conquistar o Peter.

Revirei meus olhos. Se eu não botasse um ponto final logo, Michelle iria me encher o saco com isso por um bom tempo.

— Se eu tentar me aproximar dele, você vai parar de ser tão infantil?

— Não. Só vou parar quando você finalmente fazer algo que faça o Peter te notar. Tentar é para os fracos.

Com raiva, peguei meu celular do bolso e digitei uma mensagem para Peter dizendo que queria falar com ele, mas fui interrompida por outra mensagem que tinha acabado de chegar. Era do Max dizendo que precisava de mim na empresa urgentemente.

— Eu tenho que ir. Mas essa conversa não acabou.

— É claro que não.

Spider-Gwen - Livro IOnde as histórias ganham vida. Descobre agora