Capítulo 55

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Logo chegou o final de semana.

Mary Jane já tinha me ligado umas três vezes, das quais eu só atendi uma. Quando estava perto de sua casa, meu sentido aranha começou a me avisar de novo que aquilo tudo era perigoso, o que era estranho já que Mary Jane não representava perigo algum pra mim. Com excessão de sua amizade com o Peter, é claro.

Toquei a campanhia três vezes e passos vindo em minha direção, e assim que a porta se abriu, vi uma Mary Jane super animada.

— Você veio!

— Pois é, né? — Forcei um sorrisinho.

— Vem, vou te apresentar para o meu amigo.

Ela fez um sinal para que eu entrasse e assim o fiz. Deixei minha touca e meu cachecol no sofá e acompanhei Mary Jane até a garagem de sua casa, onde, segundo ela, seria o melhor local para ensaiarmos.
A garagem de Mary Jane era bem espaçosa, com capacidade para dois carros, como ela ainda não tinha, seria nosso “estúdio” temporário.

— Acho que você já conhece o Jeff, não é? — Disse ela apontando para o garoto com uma guitarra em mãos.

— Você... — Digo surpresa.

— Oi, de novo. — Jeff diz com um sorriso.

— Ok, então vamos começar o ensaio. Que música vamos ensaiar, Jeff?

— Que tal Seven Nation Army?

— Legal, eu gosto dessa música. Tudo bem para você, Gwen?

— Claro.

Enquanto eu me ajeitava na bateria, Mary Jane se posicionava no microfone. Jeff começou a música com sua guitarra e eu logo em seguida, com a bateria. Até que Mary Jane era boa no canto, me surpreendi quando ela começou a cantar.

Depois de termos ensaiado algumas músicas, Mary Jane achou melhor que nós fizéssemos uma pausa.
Enquanto ela estava no banheiro, Jeff e eu conversamos sobre minha entrada na banda e ele dizia que estava feliz por eu ter entrado.

— Valeu, Jeff. Bom saber que você gostou. — Digo tentando encerrar a conversa.

— Onde aprendeu a tocar bateria?

— Foi na oitava série. Meu pai e eu estávamos passando por uma rua no centro e vimos um cara tocando bateria, para ganhar dinheiro. Eu acabei gostando do instrumento e meu pai comprou uma para mim.

Jeff me olhava com um sorriso estranho. No mesmo instante, Mary Jane apareceu salvando esse momento esquisito que eu estava passando. Jeff disse que iria no banheiro também, então, ficou só eu e Mary Jane na garagem.

— E aí, Gwen? Gostou do Jeff? — Perguntou ela do nada.

— Ele é... Simpático. — Digo sem jeito. Eu não queria contar a ela que eu tinha achado ele estranho.

— Ele tem um charme único, não?

— Se você diz. — Murmurei.

Mary Jane pegou um banquinho e sentou ao meu lado, me dirigindo uma expressão um tanto curiosa.

— Como você e o Peter estão?

— Bem, eu acho — Digo desconfiada — Por quê?

— Sei lá, vocês dois são tão amigos. Não é como você e o Danny ou o Sam, sabe? Vocês dois tem uma química que seria impossível não notar.

— Tudo bem, olha, acho que não vai ter problema eu te dizer já que uma hora ou outra você vai acabar descobrindo. Eu amo o Peter, mas ele não sente o mesmo.

— Ah, sim. A famosa friendzone. — Ela revira os olhos.

Assenti calada.
Jeff voltou do banheiro e pegou sua guitarra, ajustando algumas coisas nela. Ignorei-o, voltando minha atenção para Mary Jane.

— E você? Tem alguém especial?

— Não que eu tenha ainda, entende? — Ela olhou disfarçadamente para Jeff.

— Ok. Já entendi.

Ps: imaginem que é a Mary Jane cantando a música na mídia acima.

Spider-Gwen - Livro IOnde as histórias ganham vida. Descobre agora