Capítulo 12

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No dia seguinte seguinte, vi Ned em seu armário, aparentemente lendo um gibi. Como eu e ele não éramos tão próximos, resolvi me aproximar dele e dar um oi, mas Ned estava tão concentrado em seu gibi que não percebeu minha presença bem a sua frente.

— Oi, Ned! — Digo em um tom alto, lhe dando um susto.

Comecei a rir quando ele me dirigiu um olhar assustado.

— Desculpe, eu não resisti. Tudo bem?

Ned assentiu, colocando seu gibi no armário e fechando o mesmo.

— Sabe, Ned, nós dois somos amigos de Peter, mas não nos falamos. Que tal mudar isso?

— Você... Quer ser minha amiga?

— E por que não? Você parece ser um garoto legal. Além disso, Peter iria gostar muito, não acha?

Ned me dirigiu um sorriso fofo.

— É, acho que sim.

— Que ótimo! Bom, eu tenho que me encontrar com a Michele para fazermos os exercícios de química. Até mais.

— Até.

Fui em direção a minha sala, deixando um Ned surpreso para atrás. Assim que entrei, Michelle me puxou para um canto afastado de todos, e pela sua cara, coisa boa não era.

— Michelle, o que está havendo?

— Eu é que te pergunto. Você não​ está pensando em virar amiga do Ned só para ter mais informações sobre o Peter, né?

— Confesso que a ideia não é ruim.

— Gwen...

— Garanto que não tem nada a ver com isso. Só acho que seria legal se Ned entrasse para o nosso grupo de amigos, já que ele é o melhor amigo do Peter.

Michelle cruzou os braços, desconfiada.

— Vou fingir que acredito. A propósito, como foi ontem com o Aranha?

— Ah... Foi bom.

Bom? — Perguntou ela me olhando desconfiada.

— Não nos beijamos, se é o que quer saber. Mas nós nos abraçamos.

— Acho que você está na friendzone. Na dele e na do Peter.

— Mas eu não gosto do Peter.

— Não é o que eu diria depois daquela cena de ontem.

— É, acho que exagerei.

Avistei a professora entrar na sala e sentar-se em sua mesa, iniciando a chamada.

— Só me responda uma coisa, Gwen... Você realmente não gosta do Peter?

— Eu... Não.

Michelle me olhou com os olhos semicerrados.

A noite, tive que salvar um senhor de um assalto ao banco

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A noite, tive que salvar um senhor de um assalto ao banco. Como sempre, eu cheguei primeiro que o Cabeça de Teia e resolvi tudo antes dele chegar.
Quando fui para o prédio da Oscorp, encontrei o Aranha sentado na beirada, me esperando. Me aproximei dele e toquei seu ombro, para mostrar que estava ali.

— Por que não foi para o banco? Havia muitos reféns.

— Você deu conta, que eu sei.

— Aconteceu alguma coisa?

Aranha colocou sua mão sobre a minha, ainda olhando para a cidade.

— Hey — Sentei-me ao seu lado de modo que eu ficasse de costas para a cidade — Me conte o que está acontecendo.

— Promete não ficar zangada?

— Prometo.

— Eu... Queria saber quem você é.

— Olha...

— Não, deixe eu terminar. Agora eu entendo o porquê de você não querer me mostrar seu rosto. Isto nos deixaria em perigo, assim como nossos entes queridos estariam se mostrássemos nossa identidade.

Soltei um suspiro fraco.

— Quando eu comecei esse negócio de ser a nova heroína dessa cidade, eu não mostrei a minha identidade a você por medo do que iria pensar de mim. — Aranha olhou pra mim — Mas agora que esse medo passou, estou disposta a te mostrar quem sou de verdade. Mas se não quiser, posso continuar me escondendo.

— É melhor assim.

Aranha abaixou sua cabeça, calado.

— Isso é muito difícil para você, não é?

— É, um pouco.

Levantei minha máscara lhe dei um beijinho na bochecha, dizendo:

— Vem, te pago um lanche.

Spider-Gwen - Livro IOnde as histórias ganham vida. Descobre agora