Spider-Gwen - Livro I

Capítulo 58

— Você está bem? — Perguntou Peter.

Depois do ataque ao sistema da S.H.I.E.L.D. e minha identidade ter sido descoberta por alguém desconhecido, decidi que seria melhor contar ao meu pai antes que ele soubesse por mais alguém, e Peter se ofereceu para ir comigo e me dar apoio. Nós estávamos na minha casa, esperando ele chegar do trabalho.

— Você acha que ele vai aceitar?

— Por que não aceitaria?

— Meu pai não gosta muito de mim, digo, da Mulher-Aranha.

Peter passou o braço em volta de mim, me trazendo para perto de si.

— Aposto que ele vai gostar depois de saber quem é.

Ri fraco.

Como ele consegue ser tão fofo em um momento como esse?

De repente, ouvimos o barulhinho da porta sendo aberta e meu pai aparecer logo em seguida, com uma sacola de compras em mãos. Nervosa, me levantei do sofá e fui ajudá-lo.

— Oi, pai.

— Oi... Pensei que estaria na casa da Mary Jane.

— Precisamos conversar.

Meu pai me olhou de uma forma estranha.

— O que você aprontou?

Sem dizer mais nada, abri o sobretudo que cobria o meu uniforme e o mostrei ao meu pai, que cruzou os braços me lançando um olhar sério.

— Esse é... Esse é meu uniforme — Digo abaixando a cabeça — Eu sou a Mulher-Aranha.

— Eu sei. — Disse ele voltando sua atenção para a sacola.

— Sabe?!

— Claro. Você nunca soube mentir para mim — Ele volta sua atenção para mim — Uma vez você dormiu de porta aberta e eu vi que estava com essa roupa.

— E não está zangado?

— Confesso que no começo eu não gostei muito, mas com o tempo eu comecei a aceitar já que isso — Ele aponta para meu uniforme — Faz parte de sua vida agora. E sua mãe não ficaria feliz se eu não te apoiasse.

— E aí, você ficou esperando que eu fosse falar com você.

— Exatamente.

Abracei meu pai fortemente.
Eu pensei que ele iria brigar comigo, dizer que eu estava proibida ou algo do tipo, e me surpreendi quando ele foi tão compreensível. Meu pai é o melhor do mundo!

— Obrigada por entender, pai.

Papai me dirigiu um sorriso.

— Que tal uma pizza para comemorar?

— Claro, mas em vez de comprar uma pequena para nós dois, compra uma grande.

— Por que?

Apontei para Peter, que ainda se encontrava sentado no sofá. Meu pai não tinha percebido sua presença até aquele momento.

— Peter também é o herói dessa cidade.

— ‘Tá bem, isso a senhorita vai ter que me explicar.