CAPÍTULO 8 - O VISIONÁRIO DA COSTA BAIXA

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— O Briel tá mentindo pra você tem mais ou menos um ano.

— Hum. — O olhar de Kristina passeava pelas redondezas do deque da piscina, a alguns metros de distância do banco sob o abacateiro, no qual ela e o intruso estavam sentados. — E meu pai?

Marko coçou a cabeça.

— Seu pai? Ele tá nisso tem mais tempo que eu. Uns seis anos, sete.

— Sete anos que ele tá pegando em arma?

Ele fez que sim com um gesto. Kristina se imaginou pré-adolescente, comprando maquiagem com as amigas da escola enquanto seu pai saía escondido com pistolas embaixo da roupa, invadia prédios, roubava carros ou fosse lá o que os rebeldes faziam. Mas uma atividade era certa: matar. Ronan já tinha matado pessoas. Briel já tinha matado pessoas. O homem sentado ao lado de Kristina já tinha matado pessoas. Quando ela pensou nisso pela primeira vez, o coração gelou. Mas, parando para refletir, Keiton também matava como soldado e isso não parecia tão extraordinário. Soldados matavam de um lado, rebeldes de outro. Parando para refletir, o assassinato era banal em Kailan.

— O que é que você sabe sobre o dia que meu pai foi preso?

— Só sei que ele não devia ter deixado o revólver assim em qualquer lugar — respondeu Marko. — Mas todo mundo erra. O problema foi a denúncia. Não sei quem fez a denúncia, mas quando eu descobrir, vou acabar com essa pessoa.

Ela voltou a olhar para a piscina, a água tremulando brilhosa de sol. Um carro passou na rua, pássaros cantaram. Marko estava sentado com as pernas abertas, uma mão no bolso da bermuda, um braço esticado no encosto do banco. Kristina indagou:

— A Lorena também tá envolvida?

— Quem é Lorena?

— Ninguém. Esquece. Fala mais sobre o Briel.

— No final do ano passado a gente foi falar com ele.

— A gente quem?

— Eu e o resto do grupo que tá participando disso. Por enquanto eu não vou falar nome, não vou expor ninguém. Eu já tô me expondo bastante, já é suficiente. Mas daí, continuando: a gente foi falar com ele, porque a gente precisava de uma pessoa que entendesse tudo de computador. Nerd, hacker, programador e principalmente subversivo, tudo isso que o Briel é desde a época que eu namorava a irmã dele. E, desde aquela época, ele também tava construindo um projeto do mais bem feito e tudo. Daí a gente foi até ele, perguntou se ele queria fazer parte do nosso plano e ele aceitou. A primeira coisa que ele tinha que fazer era botar o projeto no ETeCK e ganhar.

AO NOSSO HERÓI, UM TIRO NO PEITOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora