Chapter Nineteen

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Você diz que isso é suicídio
Eu digo que isso é uma guerra
E eu estou perdendo a batalha
Homem caído, homem caído
É isso que você chama de amor?
Isso é uma guerra, que não posso vencer

It never ends, Bring Me The Horizon.



O sol estava despontando no horizonte quando Hayden estacionou o carro na frente de seu prédio. Ficamos encarando a linha dos edifícios até ver os raios de sol saírem. Estávamos em silêncio desde que entramos no carro para voltar para casa, para nossas vidas. Os pássaros cantavam lá fora, alguns carros passavam, as lojas começavam a se abrir. Era bonito ver San Francisco acordar, era realmente interessante.

— Deve ser interessante ver Las Vegas acordar também, não acha? — Hayden disse, como se lesse meus pensamentos.

— Ou Paris... — Comentei.

— Nova Orleans...

— Nova York...

— Londres...

— Rio de Janeiro...

— Devíamos ver todos esses lugares acordar, um dia. — Ele disse, por fim.

— Devíamos. — Era realmente bom sonhar com Hayden. Era como se pudéssemos alcançar tudo juntos por um momento, mesmo que todas as esperanças fossem ser estilhaçadas mais tarde.

— Viu só como somos uma dupla diferente? — Ele comentou, sorrindo e abrindo a porta do carro. — Você me traz em casa e faz o caminho de volta, não eu. — Kodan saiu do carro. Saí também.

— Você se trouxe em casa. — Falei, parando na frente dele, que segurava a porta do motorista pra mim. O sol batia no rosto de Hayden o deixando ainda mais bonito. Ele sorriu.

Comecei a tirar a sua jaqueta jeans, mas ele me impediu, se aproximando e voltando a ajeitar a mesma no meu corpo. É claro que ela era duas vezes maior que meu corpo, mas impedia o frio de me atingir, de qualquer maneira. O cheiro de Kodan estava nela, não que isso também contasse como algum ponto positivo.

— Você pode me devolver depois. — Ele disse e sorriu de novo, me dando passagem. Entrei no carro e ele fechou a porta, se inclinando na janela.

— E as coisas ali atrás? — Apontei para o cobertor e o resto.

— Deixe no porta-malas.

— Isso significa que vamos repetir aquilo? — Indaguei, incerta de qual resposta eu queria receber. Hayden apenas abriu outro de seus sorrisos desconcertantes.

— Desculpe por não ter te deixado dormir no conforto da sua cama hoje. — Ele parecia realmente lamentar isso, mas como? Fora uma das nossas noites mais incríveis, eu poderia não ter piscado que ainda estaria ótima. Antes que eu dissesse algo ele se aproximou e depositou um beijo na minha testa. — Boa aula, docinho.

E então foi em direção ao prédio. Suspirei e acelerei, indo depressa para casa, torcendo para ainda ter tempo de me arrumar.

Assim que abri a porta do apartamento encontrei uma Dayse furiosa á minha espera. Levei a mão ao coração com o susto. Às vezes me perguntava se havia sido mesmo uma boa ideia ter dado uma chave para Dayse também.

— O que você estava fazendo com Hayden até essa hora, Kat? — Ela indagou depois de minha censura sobre ela me assustar daquela forma. — Drew falou algo sobre negócios sujos.

Suspirei. Aquele fofoqueiro!
— Preciso me arrumar. — Falei, vendo que ela já estava perfeitamente vestida. — Te conto na cafeteria.

Parliament'sWhere stories live. Discover now