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13k de Cem chances pra distrair vocês nessa quarentena!

🔮

Às vezes, nossas intenções pouco importam. Nós somos julgados pelos atos, enquanto nossas motivações por trás deles se perdem em meio às interpretações de tudo que fazemos.

Tocar Woo-ri enquanto ainda estávamos na festa foi um movimento involuntário para impedi-la de despencar pela escada. Ouvir suas lamentações embriagadas não foi uma decisão tomada com base em minhas preferências naquele momento — porque estava claro, para mim, que eu preferia estar com Jimin.

Ainda assim, Woo parecia verdadeiramente magoada e mesmo que eu não tenha culpa, tenho participação no contexto por trás da causa. Eu não podia deixá-la falando sozinha, se menosprezando daquela forma.

Não reagir quando ela me beijou não foi por pensar, durante aqueles segundos, que talvez eu desejasse seu beijo. Eu não desejei. Só estava embriagado demais para fazer uma leitura rápida da situação e afastá-la de mim.

Então eu a trouxe para minha casa, porque seu pavor diante da possibilidade de ser vista pelos pais naquela situação era óbvio demais, enquanto eu sei que nem todos os pais são sequer minimamente compreensivos ou justos. Existem pais e mães agressivos por aí, que aplicariam punições descabidas e inescusáveis por deslizes que sequer são graves de verdade.

E ela estava suja de vômito, então emprestei minhas roupas para que usasse depois do banho. Deixei que dormisse na minha cama, tendo a certeza de sequer dormir no mesmo quarto que ela para não deixar espaço para uma nova confusão.

Tudo que fiz, desde o momento em que a toquei pela primeira vez naquela maldita festa, até o momento em que a deixei deitar em minha cama, foi para tentar ajudar Woo-ri. Em nenhum momento houve desejo. Em nenhum momento pensei em me envolver com ela mais uma vez.

Para Jimin, nada disso importa.

Para ele, a única coisa que deve ser levada em consideração é ter visto Woo saindo de meu quarto, vestindo minhas roupas.

E então, não pela primeira vez, ele foge.

Não que eu o culpe inteiramente por estar magoado e por interpretar o que parece óbvio na situação. Ainda assim, ver o desenrolar de tudo enquanto me é negado o direito de falar me irrita e me enche de agonia.

— Jeon? — É Woo quem me chama quando, depois de tentar e falhar em impedir Jimin de entrar em Pandora para ir embora, eu volto para dentro de casa mais uma vez.

— Espera, Woo. — Eu peço, talvez um pouco brusco, quando empurro a porta para que ela se feche e logo corro para pegar meu celular.

Enquanto ela continua no mesmo lugar, confusa e desajeitada, meus dedos se atrapalham ao digitar uma mensagem para Jimin.

Jimin-ssi (07:35)

Não aconteceu nada entre Woo-ri e eu (07:35)

Ela só precisou dormir aqui. Yoongi e Hoseok viram o estado dela ontem (07:36)

Me encontra na universidade, por favor. Pode ser no estacionamento entre nossos departamentos. Eu te espero lá (07:36)

Com as mensagens enviadas e nenhuma previsão de resposta, eu volto a guardar o celular enquanto percebo os olhos de Woo ainda me avaliando silenciosa e vergonhosamente.

— Eu te causei um problema, não foi? — Depois de me olhar por novos segundos, ela acaba por questionar.

Sim, cacete.

CEM CHANCES • jjk + pjmWhere stories live. Discover now