[f(32) = 4x - 96] Confia

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Gente, esse capítulo também tem quase 15k ): desculpa e boa leitura

🔮

Eu não quero entrar no mérito de tudo que senti ao fazer sexo com Jimin.

Foi uma primeira vez, certamente, em mais de um sentido.

Primeira vez que transei com outro cara. Primeira vez que dei a bunda. Primeira vez que fiz com sentimento.

É um grande acúmulo de particularidades presentes em uma única experiência da qual não me arrependo nem mesmo por um segundo.

Eu senti tudo que compartilhamos enquanto fodíamos.

Senti o carinho de quando tomamos banho juntos, logo depois, abraçados para compartilharmos o jato de água quente, sob o qual nos beijamos ainda mais.

Senti a satisfação de vê-lo vestindo roupas minhas quando, cansados e limpos, nos juntamos no sofá para assistir filmes.

Mas, certamente, nada na vida é perfeito.

Nós transamos até à exaustão, o que deixou consequências muito óbvias.

Mais tarde, quando precisei ir buscar Junghee, eu não conseguia sentar em Belinda sem querer arrancar minha bunda, de tanto desconforto que senti.

Jimin teve que ir comigo, em Pandora, para buscar meu irmão na escola.

No dia seguinte, pelo mesmo motivo, teve que me buscar em casa para me levar à Hangsang, depois de deixar Junghee na Haeundae.

Não bastava a sensação desconfortável que vinha literalmente lá de dentro, outras consequências físicas foram deixadas.

Meu pescoço ficou destroçado.

Não literalmente, acredito que isso seja óbvio.

E é claro que, na hora em que o estrago foi feito, eu achei foi gostoso.

As manchas que ficaram tanto em mim quanto em Jimin, no entanto, não foram tão bem vindas.

Ele, não pareceu se importar muito.

Junghee quase morreu, quando viu e entendeu o que aquelas manchas significavam.

Minha mãe quase me matou.

No segundo dia, as manchas amenizaram. No terceiro, um pouco mais. No quarto, quase não se percebiam.

Uma semana inteira se passou. As manchas não existem mais. Mas a lembrança, sim.

— Não quero você matando aula para ficar de libertinagem, Jungkook. — E é claro que minha mãe faz questão de dizer isso todos os dias, agora.

Eu sinto meu pescoço e rosto vermelhos, socando uma cacetada de ovos mexidos na boca para não ter que responder.

Ao meu lado, Junghee se encolhe inteiro na cadeira, acho que até mais vermelho que eu.

Minha mãe respira fundo, enquanto nós três quase morremos com o silêncio que domina o café da manhã.

Sorte seria se assim continuasse, mas Ga-eul gosta de piorar o que já está ruim:

— Você e Jimin estão usando proteção, não é?

— Meu deus do céu — Eu juro que quase choro, escorregando meu corpo inteiro na cadeira, procurando fuga.

— Eu também não quero ter essa conversa, ok? Mas nós precisamos — Agora, eu já não sei o que dizer.

Ela também está vermelha. Completamente.

Parece ter passado os últimos dias reunindo coragem para essa conversa e não está se saindo muito bem, não.

CEM CHANCES • jjk + pjmWhere stories live. Discover now