Capítulo 101 - Helena Ravenclaw

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Kally e Harry se juntaram aos Weasley na mesa da Grifinória.

- Onde estão Rony e Hermione? - Harry perguntou.

- Você não os encon...? - o Sr. Weasley começou, mas parou de falar quando Kingsley se dirigu a eles.

- Temos apenas meia hora até a meia-noite, portanto precisamos agir com rapidez! Os professores de Hogwarts e a Ordem da Fênix concordaram com um plano de batalha. Os professores Flitwick, Slughorn, Sprout e McGonagall vão levar grupos de combatentes ao topo das três torres mais altas: Corvinal, Astronomia e Grifinória; dali terão uma visão abrangente e ótimas posições para lançar seus feitiços. Nesse meio-tempo, Remo, Arthur,  e eu levaremos grupos para os jardins. Precisaremos de alguém para organizar a defesa das entradas das passagens para a escola...

- ... parece trabalho para nós. - Fred disse, indicando a si mesmo e Jorge.

- Muito bem, os líderes subam aqui para dividirmos as tropas! - Kingsley gritou.

Kally viu McGonagall conversando com Harry, e então ele saiu correndo do salão. Kally correu até alcançá-lo.

- O que está fazendo aqui? Volte para lá, eu não tenho temp....

- Somos uma família, você é a única família que me restou, Harry. Então não vou abandoná-lo agora! - Kally disse.

Harry assentiu, sabia quão teimosa sua irmã podia ser, então não quis argumentar.

Os dois correram pelos corredores da escola até Harry avistar alguém.

- Nick! NICK! Preciso falar com você!

- Harry! Meu caro rapaz! - O fantasma da Grifinória apareceu.

- Nick, você precisa me ajudar. Quem é o fantasma da Torre da Corvinal?

- A Mulher Cinzenta, naturalmente, mas se precisa de serviços fantasmais...

- Tem que ser ela... você sabe onde ela está neste momento?

- Vejamos...

O fantasma parecia procurar alguém tentando enxergar por cima dos estudantes.

- Olhe ela ali, Harry, a jovem de cabelos longos.

Harry e Kally olharam em direção aonde Nick havia apontado. A moça pareceu ter notado os olhares e se afastou.

- Ei... espere... volte!

Harry correu atrás dela, Kally logo atrás.

Ela parou. Ela era linda, cabelos até a cintura e uma capa que quase chegava no chão.

- A senhora é a Mulher Cinzenta? - Kally perguntou.

Ela assentiu.

- O fantasma da Torre da Corvinal?

- Correto.

- Por favor, preciso de ajuda. Preciso saber qualquer coisa que a senhora possa me dizer sobre o diadema perdido. - Harry explicou.

Ela deu um sorriso frio.

- Receio não poder ajudá-lo. - Disse, e se virou para ir embora.

- ESPERE! - Os dois gritaram.

- É urgente. - Harry disse. - Se aquele diadema está em Hogwarts, preciso encontrá-lo, e depressa.

- Você não é o primeiro estudante a cobiçar o diadema. Gerações de estudantes têm me importunado...

- Não se trata de obter notas melhores! - Harry gritou. - Trata-se de Voldemort... de derrotar Voldemort... ou a senhora não está interessada nisso?

- É claro que eu... como se atreve a insinuar...?

- Bem, me ajude, então!

- Não... não é uma questão de... O diadema de minha mãe...

- De sua mãe? - Kally perguntou.

- Quando eu era viva, fui Helena Ravenclaw.

- A senhora é filha dela? Mas, então, deve saber o que aconteceu ao diadema!

- Embora o diadema conceda sabedoria, duvido que possa aumentar expressivamente as suas chances de derrotar o bruxo que se intitula Lorde...

- Acabei de lhe dizer: não estou interessado em usá-lo! Não há tempo para explicar, mas se a senhora tem apreço por Hogwarts, se quer ver Voldemort liquidado, tem que me dizer o que souber sobre o diadema!

Ela ficou olhando Kally e Harry do alto, em silêncio.

- Eu roubei o diadema da minha mãe.

- A senhora... a senhora fez o quê? - Kally perguntou.

- Roubei o diadema! - Ela repetiu, sussurrando. - Desejava me tornar mais inteligente, mais importante do que a minha mãe, e fugi com o diadema.

Harry e Kally, vendo que conseguiram a confiança dela, ficaram quietos.

- Minha mãe, dizem, nunca admitiu que o diadema tinha desaparecido, fingiu que continuava em seu poder. Escondeu sua perda, minha terrível traição, até dos fundadores de Hogwarts. Então ela caiu doente, fatalmente doente. Apesar da minha perfídia, quis desesperadamente me ver pela última vez. Mandou à minha procura um homem que sempre me amara, embora eu desdenhasse suas propostas amorosas. Minha mãe sabia que ele não descansaria até fazer o que lhe pedira.

Os dois esperaram ela continuar.

- Ele seguiu o meu rastro até a floresta em que eu estava escondida. Quando me recusei a acompanhá-lo, tornou-se violento. O barão sempre foi um homem de temperamento colérico. Furioso com a minha recusa, invejando a minha liberdade, ele me apunhalou.

Kally sabia de quem ela estava falando.

- O barão? A senhora está se referindo...? - Perguntou.

- Sim, ao Barão Sangrento. Quando ele viu o que tinha feito, foiinvadido pelo remorso. Apanhou a arma com que tirara minha vida e usou-a para se matar. E séculos depois ele ainda usa correntes como um ato de penitência... como deveria.

- E... e o diadema? - Kally perguntou.

- Ficou onde eu o tinha escondido quando ouvi o barão andando às tontas pela floresta em minha direção. Escondi-o no oco de uma árvore.

- No oco de uma árvore? - Harry repetiu.

- Que árvore? Onde foi isso? - Kally perguntou.

- Uma floresta na Albânia. Um lugar solitário que achei que estivesse bem longe do alcance de minha mãe.

- A senhora já contou essa história a alguém, não? A outro estudante? - Harry perguntou.

Ela fechou os olhos e assentiu.

- Eu não fazia... ideia... ele era... lisonjeador. Parecia... entender... se solidarizar...

- Bem, a senhora não foi a primeira de quem Riddle obteve coisas. - Harry murmurou. - Ele sabia ser encantador quando queria...

Kally olhou para Harry, ele estava pensando em alguma coisa.

- Na noite em que viera pedir emprego! - Harry disse em voz alta.

- Perdão?

- Ele escondeu o diadema no castelo na noite em que pediu a Dumbledore para deixá-lo ensinar aqui! Deve ter escondido o diadema a caminho do escritório de Dumbledore, ou na saída! Mas ainda valia a pena tentar obter o emprego... assim, poderia ter uma chance de roubar a espada de Gryffindor também... obrigado, muito obrigado!

Quando os dois voltavam, Kally olhou para o relógio, faltavam cinco minutos para a meia-noite.

Kally - A filha de Snape e LilyWhere stories live. Discover now