18- Trabalho

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Um por um foram saindo da casa de Rafael: a primeira foi Eny que alegou ter que passar em casa tomar um banho e trocar de roupa para depois ir trabalhar, o segundo foi o Pança que levou o resto do bolo de milho com erva doce para sua mãe .

Vi Rafael subir para onde fica os quartos e acabei ficando sozinha na sala com Felipe e sem graça pois esse Felipe era bem mais mal humorado do quê o agradável e sorridente Lipe que eu conhecia e sabendo que hoje mesmo iria começar a ajuda- lo a digitar seu livro tentei pelo menos puxar conversa:

-Seu livro é sobre o quê?

-Esse livro que estou escrevendo é uma comédia romântica, faz parte de uma série de livros do tipo , mas não necessariamente uma continuação , Rafael tem todos os meus livros. - Felipe falou mostrando em uma parede da sala de Rafael que era uma grande estante de biblioteca . - Ele faz questão de comprar todos  e ler , ir no lançamento, enfrentar fila para pedir autógrafo e da feedback, provando que realmente leu. Rafael é um amigo e tanto. A nossa Duda tinha adoração por ele, eram unha e carne. Sei que deve estar tudo muito estranho mas estamos aqui para ajuda-la no que for possível.

Rafael desceu as escadas com a chave do carro na mão e um jaleco minuciosamente dobrado no braço.

- Vamos passar na casa dos Loureiros pegamos algumas roupas para Duda e eu me viro para dar explicação quando eles vierem em casa. -Rafa falou enquanto Felipe foi até um armário da cozinha e pegou a chave do carro.

Na garagem fiquei confusa quando os dois entraram no carro e não sabia em qual carro entrar até que Rafael falou:

- Vamos não posso demorar muito tenho uma paciente para 9:30.

Entrei no carro de Rafael e em minutos estávamos na casa da Duda, era sempre estranho entrar naquela casa sem vida, só não estava totalmente abandonada, porquê segundo  Rafael me contou no caminho a mãe da Duda pagava alguém para limpar a casa e aguar as plantas uma vez por semana.

Fui pegando roupas mais sóbrias, e deixando as mais infantis , com exceção de pijama de unicórnio que era basicamente macacão com capuz que parecia um bicho de pelúcia , branco e cor de rosa em formato de unicórnio. Rafael segurou a risada.

- O que foi? Ele é quentinho. - Expliquei .

- Não pegue muita coisa duas ou três vezes no ano a mãe da Duda vem aqui ela sabe tudo o que tem nessa casa e eu já não sei como vou explicar as jóias da Duda que você pegou .

-Não é só a mãe da Duda que sabe tudo que tem nessa casa. - Falei pegando uma bolsa e colocando as roupas que eu tinha separado.

-Se precisar de dinheiro é só falar.- Rafael sussurrou para quê eu não ficasse constrangida do Felipe ouvir.

-Rafael eu peguei as jóias para comprar minha lente de contato de grau e ajudar Eny com o aluguel. Tenho alguma coisa guardada que vai dar para pagar o ónibus para ir para casa de Felipe para fazer o serviço de digitação . Não quero o dinheiro de ninguém, eu só quero voltar para casa.

Assim que peguei todas as coisas que havia separado, me despedir de Rafael dessa vez sem nenhuma demonstração exagerada de carinho ( o beijo no rosto da outra vez) , fui até Felipe e entrei em seu carro para irmos até a sua casa.

Chegando à casa de Filipe estranhei pois era um apartamento bem simples de 2 quartos em Atlântica Ville , o que não condizia com o dinheiro que ele devia ganhar com à venda de seus livros que segundo uma pesquisa que fiz estavam vendendo muito bem.

- Sabe fazer café? - Felipe perguntou.

- Sim . - Respondi enquanto o acompanhava até um dos quartos que fôra transformado em escritório.

Vortex 3:33     -Segunda Chance +18Where stories live. Discover now