78 Cora Copal

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- Ela está acordando. - Cami falava enquanto eu ainda estava de olhos fechados .

- Que bom, pois eu tenho um monte de perguntas para fazer. - Ouvi a voz  de Rafael e abri os olhos para ter certeza do que eu havia visto antes. 

-Olá Duda sei que tem tantas perguntas como nós ... - Raví interrompeu a amiga falando: 

-Eu duvido.

- Espero que não se importe de nos responder algumas perguntas. - Cami  é uma loira de cabelos longos raspado de um lado e dread do outro lado, tinha varias tatuagens e olhos azuis tristes . - Como se chama ? De onde você é ? Quantos anos tem e  como  consegue ficar tanto tempo exposta  a radiação sem  apresentar sintomas e radioatividade detectada pelo aparelho?

-Chamo-me Maria Eduarda,  tenho 25 anos , nasci em Vitória , Espirito Santo porém em uma outra dimensão, não faço ideia porque até agora não apresentei nenhum sintoma. - Falei enquanto o sujeito que era a versão loira do Rafael  olhava meus olhos com uma lanterna . 

Fiquei observando o Rafael daqui, procurando semelhanças e discordâncias com os Rafaeis  que eu conhecia  e notei que aquele tinha varias  tatuagens   e parecia  não ser formado em psicologia.

- Espero que não se importe , peguei uma seringa do seu sangue para analisar  enquanto estava desmaiada . -  Raví  um rapaz pardo parecendo ter a mesma idade de Cami e Rafael  falou depois de analisar meu sangue . - Seu sangue não é normal, aliás ele passa bem longe de ser  normal.

- Eu , também tenho uma pergunta, na verdade várias: qual o seu grau de parentesco com a Maria Eduarda? E porque está mentindo falando que veio de outra dimensão? - O Rafael dessa dimensão perguntou .

- É que você é extremamente parecida com a Maria Eduarda, ela é uma das muitas crianças que foram levadas pela Star ainda muito novas e feitas de cobaia. Quando a Star sabia que uma criança tinha um certo potencial psíquico ou algo parecido, eles sequestravam a criança e levavam para treiná-la. - Cami explicou.

- Olha só, eu não estou nem aí se vocês acreditam em mim ou não eu só quero um sino indiano para voltar para casa. Agora se quiserem ouvir a minha história eu vos conto. - Falei olhando para russo de cada um.

Cami, Rafael e Raví se sentaram na maca que estava ao lado da que eu estava deitada e ficaram em silêncio esperando que eu começasse contar a minha história; então sentei na maca e comecei:

- Na minha dimensão original eu era comissária de voo, estava  em um voo como o outro qualquer íamos de Vitória à Salvador quando o avião atravessou um portal nos levando para outra dimensão. O avião caiu e só três pessoas sobreviveram: Eu, Márcio que era o piloto e uma passageira chamada Priscila e desde então estamos tentando voltar para casa.

- O avião que você estava caiu nessa dimensão? E cadê ele? - Raví perguntou curioso.

- Não, o avião não caiu nessa dimensão caiu na dimensão que eu estava antes de vir para cá, lá conhecemos a The Seven , uma empresa que estuda Vórtex e nos juntamos a eles para tentar voltar para casa. Foi a The Seven que nos falou sobre esse Apocalipse e inclusive estão criando uma geringonça que poderia nos levar para um lugar seguro.

- Afinal você quer  voltar para casa ou quer ir para esse lugar seguro? - Rafael perguntou.

- Eu  quero ir para casa mas pelo que me contaram minha dimensão de origem também irá passar por esse Apocalipse. O Número Um um híbrido de Maia com algum tipo de extraterrestre . Nos falou que em algumas dimensões ele chegaram tarde demais e não conseguiram salvar a população ou pelo menos parte dela...

- Esse híbrido tem uns desenhos esquisitos pelo corpo que brilham ? - Cami perguntou.

- Sim , de cor dourada. - Respondi.

- Minha mãe se chamava Core Copal, ela morreu a 3 anos de câncer provocado pela radiação; ela costumava fazer projeção astral e coisas do tipo , ela costumava falar sobre uns seres com esses desenhos no corpo porém o quê ela conversava tinha os desenhos azuis que brilhavam intensamente quando usava os poderes. Foram eles que contaram para minha mãe e depois para o meu pai que começou a fazer projeção astral por causa da minha mãe, sobre a grande tragédia que viria acontecer. Prometeram tentar ajudar mas não sabiam se conseguiriam chegar a tempo. Eles não conseguiram chegar a tempo, mas foi graças a esse aviso que meu pai construiu esse búnquer e começou a construir algo que nos possibilita a viver por anos aqui para quem sabe termos a esperança de conseguir voltar quando a terra estiver habitável novamente. Os pais do Fael passavam constantemente as férias aqui em pedra azul em sua fazenda que ficava bem do lado da nossa, eles ajudaram bastante a construir tudo isso porém no dia  da explosão da tecnologia dos estados unidos e da série de desastres que essa explosão gerou, o terremoto e tsunami fez com quê Andra um e dois colapsassem  o vazamento foi muito grande. Nesse dia dos pais do Fael estavam  no shopping Vitória comprando um presente para uma sobrinha que estava grávida; Fael estava comigo e com o meu pai no búnquer , meu pai estava terminando uma tecnologia que iria fazer a água ficar potável novamente se fosse exposta a radioatividade e Fael e eu estávamos ( Cami fez uma pausa)  cuidando da horta.

Rafael desviou o olhar olhando para o chão e Raví mordeu os lábios , mais sua expressão era de risos.

- Meus pais tinha um canal na internet onde tentavam avisar as pessoas de tudo que iria acontecer, mas muita gente não acreditava, porém algumas pessoas ajudaram com o dinheiro para construir tudo isso.  O pai do Raví, era uma das poucas pessoas que acreditavam nos meus pais que eram tidos como loucos inclusive foi por isso que minha mãe foi trabalhar em Vitória, pois não dava para trabalhar como médica em uma cidade que ninguém acreditava nela. - Cami falou segurando as lágrimas.

- Se eu conseguir o bem dito do sino indiano talvez possa nos levar para a dimensão que estou, é uma dimensão pré-pocalíptica, estamos desenvolvendo uma tecnologia que  se tudo der certo nos levará para um lugar seguro.

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*Sim , a Cora foi inspirada na Carol Capel ( YouTuber)


Cora Copal

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