Capítulo 2

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POV JASON

Dois anos atrás

Lance conta alguma tentativa de piada de forma alta e exagerada, ele está tão bêbado que enrola as palavras, tornando sua "piada" impossível de entender, mesmo assim, Gregory ri como louco, outro que está bêbado para caralho.
Parece que sou o único nessa casa que não está bêbado ou chapado, mal consegui beber um copo, já que Lance inventou de trazer a Charlotte para uma festa cheia de desconhecidos.
Eu mandei ele levar ela de volta, mas o idiota não me escuta nunca.
Então, agora estou de olho em uma adolescente tomando seu primeiro copo de batida, alguém dá bebida para ela, que aceita sem nem hesitar, caminho até ela e tomo o copo da mão dela em um único movimento.
Lance e Gregory deram bebida para ela enquanto eu estava ocupado com uma garota, e agora ela está mole e descontrolada.
É isso que acontece quando se dá bebida para uma adolescente sem resistência nenhuma a álcool.
Vou matar aquele filho da puta do Lance.

– Me devolve, Jason! – Ela grita enquanto tenta pegar o copo da minha mão, ergo a bebida como se estivesse tirando algo de um cachorro. – É de morango. Sem álcool.

– Sei. – Resmungo em resposta a mentira descarada. – Você tem dezesseis, porra.

– Eu só tomei uns goles, Jason. – Reclama com raiva, cruza os braços e me olha. – E não deveria ser você me repreendendo, se não me engano, você estava se pegando com uma garota lá em cima agora mesmo.

Faço uma careta ao ouvir ela enrolar as palavras exatamente como Lance.

– Primeiro: ninguém fala "se pegando" – Começo com cansaço, a festa está uma bagunça barulhenta, e sinceramente, preferia que todos fossem embora. Na verdade, eu só queria assistir um filme de terror ruim com Lotte e ir dormir cedo demais para ser aceitável, mas Lance insiste nessas porras de festas. – E segundo: você e eu somos totalmente diferentes.

– Não somos, não. Eu posso pegar quem eu quiser também. – Ela se vira para mim, as pupilas estão dilatadas pelo álcool em seu organismo, está tentando manter a postura séria, mas um sorriso malicioso surge em sua expressão. Antes que eu possa reagir, Lotte se vira para um cara passando por nós, e sem que eu possa impedir, ela pula no cara e enfia a língua na boca dele, que obviamente se delícia com o beijo.

Puta merda, Charlotte.

Uma raiva descomunal surge dentro do meu peito quando vejo o cara descer a mão para a bunda dela, puxo Lotte com bastante brutalidade, ela cambaleia e franze o cenho para mim, avanço no homem e, em único movimento, derrubo-o no chão, pego no pulso dela e tento levá-la para longe da festa.

– Que porra, Charlotte! – Grito com ela, que cambaleia para o lado por um segundo, antes que eu a mantenha em pé. – O que deu em você?

– Deixa de ser chato, Jason. – Resmunga com raiva, ela puxa o braço com força, minha mão escorrega dela no exato segundo em que ela cambaleia para trás, com agilidade, seguro-a para que não caia, mas ela se afasta com o cenho franzido, Lotte escorrega para frente e cai de joelhos no chão, me levando junto.

– Porra, Lotte! – Grito com ela caída em cima de mim, Lotte ri histericamente, como se me deixar irritado fosse a coisa mais engraçada do mundo.
As pessoas ao nosso redor estão bêbadas o suficiente para não notarem duas pessoas caídas.

– Acho que cortei meu joelho, Jae. – Ela resmunga com dor, ajudo-a levantar e a estabilizo com as duas mãos em sua cintura, Lotte franze o cenho e esfrega o joelho sangrando. – Vou vomitar.

– Não faça isso, por favor. – Resmungo audivelmente. Ela reclama algo em uma língua desconhecida enquanto bambeia de um lado para o outro. – Vem cá, vou limpar o ferimento. – Abraço-a pela cintura e a ergo do chão, colocando-a por cima do meu ombro com o máximo de delicadeza que consigo, ela grita e ri ao mesmo tempo, bem no meu ouvido.

Intocável - Dark Romance Where stories live. Discover now