Capítulo 5

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Nota da autora:

Vos apresento: Elijah Verdetto.
Ele está acima de todos os limites morais possíveis, bem do jeito que vocês gostam.😘

POV ELIJAH

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POV ELIJAH

Observo com atenção a mulher descer até o chão com uma das mãos apoiada na barra colada no chão, a outra mão ela usa para segurar os cabelos no alto para que os fios não cubram nada dos seus seios descobertos. Quando a mulher percebe meu olhar, ela rebola como se eu estivesse pagando-a para isso.
Evito revirar os olhos e desvio o olhar.

Quase nunca venho nessa boate, prefiro não aparecer em público, mas meu pai disse que tenho que socializar mais com possíveis clientes, que geralmente estão bebendo e fodendo nesse estabelecimento. Então, estou aqui.

O problema que eu já havia avisado para meu pai, é que: os clientes obviamente estão mais interessados nas mulheres nuas dançando em sua frente do que em mim.
Me recosto no sofá, impaciente por estar completamente atoa em um sábado à noite, podia estar praticando alguns socos para amanhã.
Termino de virar o copo e coloco sobre a mesa vazia, eu ganho a melhor mesa, bem em frente as mulheres, simplesmente porque sou filho do chefe.

Acho um tanto sem graça.
Mas as mulheres gostam, então está tudo bem.

Procuro com o olhar alguma garçonete para me atender, a maioria trabalha não só como garçonete, elas não se importam se alguém pede um drink ou uma chupada, para elas, tanto faz.
Uma delas me chama atenção, é uma garota, não deve nem ter dezoito anos, acho que é a única que usa o uniforme de maneira decente, o cabelo escuro e longo está preso em uma trança larga, nada de maquiagem no rosto, as bochechas são naturalmente avermelhadas, mostrando saúde, a saia cobre tudo o que querem ver, ela é linda.

Encontrá-la aqui é quase como achar uma ovelha branca linda e pura no meio de um bando de lobos só esperando para devorá-la, e eu sou o mais ansioso para por meus dentes nela.
E é por isso que vou transformar a pureza dela, ninguém pode ser tão vulnerável nesse mundo, principalmente com todos esses demônios em volta.
Vou ensiná-la, sendo o pior deles.

Chamo-a com meu copo vazio, ela acha meu olhar e vem até mim com um bloco de anotações, percebeu quem sou, porque seu olhar demonstra o nervosismo de ter que atender o chefe, vou me aproveitar disso.

– Boa noite, como posso ajudar? – Ela pergunta, a voz doce e gentil.
Um sorriso malicioso forma involuntariamente em minha expressão.

Será que ela namora? Será que o namorado dela é do tipo ciumento possessivo? É sempre mais divertido quando os namorados ficam doidos.

Será que a mãe dela vai dizer para se afastar de mim porque eu faço mal para ela? Eu adoro quando as mães as alertam que sou um predador.

Será que é virgem? Com certeza.
Eu vou ser o primeiro homem a escutá-la gemendo, é uma promessa.

– Pegue outra dose para mim, e depois sente aqui comigo. – Ordeno para ela, olhando para a mulher dançando em minha frente.
O silêncio mortal da garota me faz soltar uma risada.

– Eu posso chamar outra atendente para o senhor. – Ela responde mais séria, viro o olhar.

Caralho, adoro morenas.

– Não. – Digo com calma. – Eu quero você.

– Não faço esse tipo de serviço, senhor. – Seguro a gargalhada quando ela responde de maneira nervosa. Ela olha para a mesma mulher que eu olhava há um segundo atrás. – Eu posso chamar Tris, tenho certeza que servir o senhor seria uma grande honra para ela.

Encosto a cabeça no encosto do sofá de couro e fecho os olhos, controlando a dor de cabeça momentânea que o barulho causa.

– Apenas traga o drink e me faça companhia, menina. – Imponho, sem paciência.
Em alguns segundos a garota volta com outro copo reto de uísque em uma bandeja, ela coloca a bebida em cima da mesa, me surpreendo ao ver as unhas vermelhas perfeitamente afiadas, um vislumbre da verdadeira personalidade?

Ela vira de costas para mim, se preparando para ir embora.

– Você vai me fazer companhia, lindeza. – Imponho mais uma vez com um sorriso malicioso, escondendo minha verdadeira irritação, qual o problema com essa garota?
Ela gira os calcanhares e me encara de forma tensa.

– Eu já disse que não sou puta.

Não contenho a gargalhada, mas encaro-a com um pingo de raiva.

– Se eu quisesse foder, escolheria alguém com mais de quatorze anos, garota. – Respondo de mal humor. – Eu mandei sentar do meu lado.

– Tenho dezoito, e não vou parar de trabalhar só porque o senhor está em um surto de carência e precisa de uma mulher babando em você. – Ela diz cada palavra com uma confiança impressionante, ergo as sobrancelhas de surpresa. – Obrigada pelo convite, mas creio que eu não seja a melhor para o papel.

Fico muito tempo sem saber o que dizer, quem diria que a ovelhinha me deixaria sem palavras?
Agora realmente me interesso, e dessa forma é bem mais divertido para mim, e, com certeza, mais assustador para ela.

Ela se vira e volta para o canto ao lado do balcão de bebidas, sem se importar com minha presença.
Meu humor volta e sinto a necessidade de rir sozinho enquanto encaro-a do outro lado da boate.

Interessante.

...

POV CHARLOTTE

O melhor dos domingos é que eu posso finalmente descansar, tiro folga dos dois trabalhos para não ficar doida.
O único problema é que no único dia que me sobra, eu tenho que arrumar toda a bagunça que minha mãe faz quando chega bêbada em casa durante a semana toda.
Então, em um dia que eu deveria dormir e relaxar, acabo a limpeza às duas da manhã.
Estou morta e quase desmaiada.

Depois de um longo e bom banho, me jogo na cama sem nem me preocupar em vestir alguma coisa, apenas aprecio a sensação da cama me engolindo, e por um segundo, realmente desejo isso.
Rolo na cama, me envolvendo nas deliciosas cobertas, fecho os olhos e deixo que o sono venha, mas pulo de susto com a vibração do celular.

Que porra.

Só atendo no quinto toque, decidindo acabar logo com isso.

– Alô? – Minha voz sai irritada e cansada.

– Está pronta? – A voz de Jason me faz despertar, como se girasse uma chave em minha cabeça.

A luta dele é hoje.

– Já disse que eu não vou. – Resmungo, já me preparando para desligar.

– Vá vestir uma roupa – Olho em volta do quarto, procurando a janela aberta, merda. – E quando estiver só de lingerie, lembre-se de fechar a maldita janela, Charlotte.

– Pare de me observar, seu psicopata do caralho. – Digo com ódio, levanto da cama e fecho a cortina com toda a força, sem deixar nenhuma brecha. – Espere aí fora, já desço.

Jason adquiriu o costume de me observar pela janela do meu quarto quando eu peguei uma virose grave e não podia sair do quarto, além de que, ele gosta de estar por perto quando minha mãe imprevisível surta.
Já perdi as contas de quantas vezes ele a impediu de jogar uma garrafa vazia de vodka em minha cabeça.

...

Intocável - Dark Romance Where stories live. Discover now