Capítulo 20

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Como Luis Vaz de Camões definiria: Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem querer; é um andar solitário entre a gente; é nunca contentar-se de contente; é um cuidar que ganha em se perder. É querer estar preso por vontade; é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata, lealdade. Mas como causar pode seu favor nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor?

O conceito mais popular de amor envolve a formação de um vínculo emocional com alguém. Pode significar inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc.

Sócrates dizia que o amor era a única coisa que ele podia entender e falar com conhecimento de causa. Já  comparava-o a uma caçada. Eros representa a parte consciente do amor que uma pessoa sente por outra. É o amor que se liga de forma mais clara à atração física, e freqüentemente compele as pessoas a manterem um relacionamento amoroso continuado. Nesse sentido também é sinônimo de  em outras palavras: foda, trepada, coito, fornicação, utererê e por ai vai...

Batendo de frente ao conceito de Amor na filosofia de Platão está o conceito de Paixão. A Paixão seria o desejo voltado exclusivamente para o mundo das sombras, abandonando-se a busca da realidade essencial.

O amor em Platão não condena o sexo, ou as coisas da vida material. A Paixão se resume em um sentimento de desejar, querer, a todo custo o calor do corpo de outro ser. Se cria uma necessidade de ver e tocar a pessoa por quem se apaixonou. Pega-pega mesmo, saca? É um vício que fode a mente de forma a focar somente a pessoa cujo seu pensamento está. E qualquer outro pensamento é momentâneo e irrelevante para o apaixonado. A paixão é uma emoção de ampliação quase  do amor. O tonto que se apaixona perde sua individualidade em função do fascínio que o outro exerce sobre ele. É tipicamente um sentimento doloroso e patológico, porque, via de regra, o indivíduo perde além de sua individualidade, a sua identidade e o seu poder de raciocínio.

Pode-se dizer também que paixão é algo muito mais passageiro que o amor, pois, sendo uma patologia, com o passar do tempo e sendo rompido o véu da idealização do outro, cai-se na realidade, transformando-se em amor ou nada restando do sentimento afetivo. Estudos de psicologia dos sentimentos indicam que o estado de paixão muito dificilmente ultrapassa os três anos.

Do ponto de visestá biológico, a porcaria da paixão é uma liberação contínua de alguns neurotransmissores como Dopamina e Noradrenalina. A Amígdala (não a da garganta, mas a do cérebro, Mané!) tem um papel central neste processo, pois é desta região que emana alguns dos sentimentos mais instintivos. Essa tempestade bioquímica está relacionada com um índice mais baixo de Serotonina do que em uma população normal, sendo semelhante ao nível deste neurotransmissor nos portadores de Transtorno Obsessivo Compulsivo, o que explicaria os pensamentos obsessivos da pessoa pela qual se está apaixonado. Estes níveis bioquímicos explicam por que a pessoa tende a perder a razão, enquanto apaixonado. Este mecanismo é semelhante ao de algumas drogas, como a cocaína, sendo necessário para a perpetuação da espécie, pela atração. Além destes neurotransmissores, há a participação de outras substâncias, como Oxitocina e Vasopressina, que estão relacionadas com o amor e as sensações de segurança e calma derivadas deste sentimento.

Os seres humanos, os bonobos (chimpanzés) e os golfinhos são as espécies que praticam o sexo não reprodutivo, com a finalidade de se obter prazer. Os três têm atividades heterossexuais mesmo quando a fêmea não está no cio. E pra tirar a curiosidade, essas três espécies, e outras, são sabidas também terem atividade com comportamentos homossexuais.

A  humana pode ser dividida em: preliminares e o ato sexual propriamente dito. As preliminares, diminuem a inibição e aumentam o conforto emocional dos parceiros e também podem elevar à excitação sexual dos parceiros, resultando na ereção da rola e na lubrificação natural e dilatação da xana.  O ato sexual propriamente dito pode ser compreendido como todas as formas de atividade sexual, com as variedades de sexo onde ocorre a penetração, como o  (pau no bucetão) e o  (pau no cu), assim como todo tipo de sexo não penetrativo. Esses que os Goys fazem. Aliás, eu tenho algo a relatar sobre esses Goys, na verdade sobre um Goy, mas eu conto uma outra hora...

2 HÉTEROS NUMA BALADA GLS (2016)Where stories live. Discover now