Será romance?

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Mores, eu sinto muito pela demora. Estou me dedicando na história e espero que gostem! 

Esse cap contém doses absurdas de intrigas entre o casal, CUIDADO!

P.O.V JOSEPH

As palavras esboçavam um significado, ela escreveu para mim. Durante anos eu esperei por isso, aguardava pacientemente por qualquer demonstração de afeto, mas nunca recebi o amor recíproco. Heloísa sempre foi uma pessoa recusa do mundo, nunca conseguiu transmitir sentimentos favoráveis a ninguém e quando digo ninguém quero dizer que nenhuma pessoa era acometida pelo amor da francesa.

Agora era diferente, aquela sensação boa se concretizou durante mínimos segundos, logo depois à lembrança da situação que ela se encontrava foi semelhante a um choque. É a letra dela, eu consigo distinguir a caligrafia, mas como ela foi capaz de enviar esse bilhete? Com sorte ninguém percebeu. Olhei novamente o papel branco com a escrita legível. Não sei como agir, os outros generais desejam receber ordens para prosseguir com o plano, mas não sei a resposta.

Olá, você sabe que sou eu.

General, não se preocupe eu estou bem. Sim, eu tenho plena certeza que sua inteligência é superior, julgo que você tenha suas próprias convicções sobre o caos atual e acredito que você está certo. Minha intenção não é provocar tumulto, pois a carta enviada corre perigos e não tenho plena consciência se a mesma será entregue devidamente, mas de todo modo eu desejo que você atente-se ao meu comunicado: NÃO PROVOQUE UMA GUERRA, use de sua inteligência para vencer o inimigo. Ele é o culpado, porém invadir o país com a tropa francesa irá simplesmente provocar obscuridade e o opositor não será castigado, então confie em mim, é uma ordem! Vou manter contato... Não acredite em ninguém.

Você sabe quem... Até breve, Joseph.

Tudo que eu preciso é pensa com clareza. Minhas ações causam diferentes consequências: posso decidir invadir a Inglaterra e com isso desmascarar Harry e livrar Heloísa, ou simplesmente deixá-la enquanto aguardo (impacientemente) sua outra carta. A francesa deseja que eu siga seu conselho e NÃO PROVOQUE UMA GUERRA, essa possibilidade nunca passou por minha cabeça. Óbvio.

Amélie é a responsável por encher minha paciência com assuntos envolvendo o sumiço de Heloísa, ela diz que a amiga deve estar sofrendo em local onde sofre regularmente, seus comentários não ajudam.

Catherine e a família estão um caos, porém tento apaziguar a história para que o assunto não tome perspectivas piores. A amiga de Heloísa provocou o maior escândalo quando não encontrou a jovem logo depois do café, menti para não deixá-la nervosa, estava apenas tentando melhorar meu estado de espírito dizendo para mim mesmo que Helô encontrava-se bem.

Eu a beijei, levei um tapa, brigamos, a ofendi e ela sumiu, a sequência de fatos não foi a melhor, porém mantive a calma em 10% do tempo. Digo para mim mesmo que Heloísa não sofre, pois não posso simplesmente abandonar o fato que ainda sou o general e disponho de tarefas, mas o que vou fazer quando o peso da culpa está todo em cima de mim?

– Como o Senhor pode ter dúvidas diante esse assunto, general? – Amélie eleva a voz perto do meu ouvido. – Heloísa está trancafiada na Inglaterra junto com aquele mostro, sabemos o local e quem foi o responsável, vamos agir.

Harry é o culpado, não resta dúvidas diante os fatos, mas a carta ainda contém duplo sentido. Sei que ela não poderia abastecer a carta com tantas informações, pois a possibilidade da mensagem ser corrompida era imensa, mas eu ainda consigo entender claramente o que ela diz. É tudo tão complexo, como eu vou atear fogo em um país sem provas concretas? Eu não quero simplesmente resgatá-la, desejo que aquele general do capeta pague por tudo.

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