Depois de tudo - Sam e Cait (Outlander)

Capítulo 15 - Ainda somos os mesmos

Los Angeles - 2020

POV Cait

- Anne, nem sei como te agradecer por ter vindo nos dar essa mão. Eram tantas coisas para arrumar e pouquíssimo tempo! - Eu abraçava minha irmã enquanto Martha e Sam colocavam as últimas malas no carro que nos levaria para o aeroporto.

- Que isso, irmãs são para isso mesmo! Eu até agora não acredito que Sam está fazendo isso. Ele é um cara muito especial Cait. - Ela disse enquanto nós duas olhávamos para ele de longe.

- Sente muita falta dele né!? - Ela questionava enquanto eu pegava as últimas bolsas.

- Todos os dias. - Respondi.

- E quanto ao Steven!?

- Conversamos, ele disse que entendeu, mas pediu um tempo. Talvez seja bom pra mim também esse tempo, enfim... gosto muito dele, mas....

- Mas você ama o Sam, e não consegue lidar com tudo que aconteceu e voltar pra ele não é!? - Minha irmã me conhecia bem, parece até que lia meus pensamentos.

- Depois de tudo, acho que não somos mais os mesmos. Não acredito que daria certo.

- Você pode estar certa irmã, como também pode estar enganada! - Ela concluiu.

Ao ver a nossa despedida, Amélie veio questionar se a tia Anne não ia também e fez um biquinho de choro.

- A tia não poderá ir agora, mas logo vai te visitar, tá bem? E olha só, está indo a mamãe, o papai, a Martha, até a Eddie vai e vai ser muito legal esse tempo na cidade nova.

Depois que as duas se despediram vi Anne chegar perto de Sam e dizer em voz baixa para que eu não escutasse, mas acabei ouvindo:

- Sei que ela não precisa, mas cuida dela tá? - Dizia Anne a Sam.

- Cuidarei! - Ele respondeu dando um breve sorriso. 

- Sei que que é muito bom nisso. - Completou minha irmã antes de abraçar o antigo cunhado.

Eu havia aceitado a proposta de Sam de irmos todos para Los Angeles para fazer o filme, o que gerou uma grande alegria em Beth. Eu sentia que precisava aceitar, o papel era maravilhoso, mas para isso tive que deixar Steven ir, pelo menos por enquanto. Era o melhor a ser feito no momento. Tudo estava fluindo desde que tomamos a decisão, estávamos em paz com ela e isso era o mais importante para fazer funcionar.

Um pouco antes de embarcarmos, Sam pede licença e sai para atender ao telefone. Não sei quem era e nem iria perguntar, mas ele gesticulava e parceria bastante contrariado. Mesmo assim, ao chegar perto de nós, ele nada disse, apenas seguiu com a gente para nosso portão de embarque.

No meio da viagem, Amélie pede para sentar perto de Martha para ouvir histórias, então acabamos trocando de lugar, e fui sentar ao lado de Sam. Era estranha aquela situação. Já tínhamos viajado tantas vezes como um casal, mas agora eu mal podia encostar minha cabeça em seu ombro para descansar.

Percebendo meu desconforto, Sam dá dois tapinhas no próprio ombro, deixando-o à minha disposição: 

- A viagem será longa, tudo bem se quiser descansar.

- Quem sabe mais tarde! Vou tentar ler um pouco agora. - Respondi colocando meus fones e pegando meu livro, mas não consegui sair da primeira página, algo estava me incomodando.

- Sam, obrigada por isso! Acredito que tenha aberto mão mais do que do trabalho. - Joguei uma indireta, será que ele estava abrindo mão de alguém?

- Não precisa me agradecer. - Foi a única coisa que ele respondeu e eu aceitei seu ombro para descansar.

Acordei com Sam fazendo carinho na minha cabeça e Amélie dormindo com Martha. Depois de verificar que todos estavam bem foi Sam quem puxou o assunto: