Capítulo 17 - Recomeços

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Glasgow - 2015/2016

POV Sam

Acordei com uma estranha mensagem de Cait pedindo que eu desse uma passadinha em seu trailler logo que chegasse ao set de gravações.

Depois daquela noite juntos, as coisas ainda estavam confusas, mas de algumas forma estavam caminhando novamente.

O tempo que passei longe dela era o suficiente para eu perceber o quanto era doloroso viver sem aquela mulher, e que se a única forma de ficarmos juntos era escondendo o que tínhamos, íamos fazer isso até podermos brigar por nossos contratos e aí sim, termos a liberdade de finalmente contar a todos sobre nosso amor.

Bati na porta do seu trailler, mas não obtive resposta. Tentei mais uma vez e nada! Fiquei preocupado e entrei. Encontrei Cait pálida sentada na cama com um papel nas mãos. Corri até ela e ajoelhei na sua frente!

- Cait, você está bem? O que houve? - Perguntei pegando suas mãos que estavam geladas.

Mas a única resposta que tive foi o papel que ela me estendeu. Peguei e demorei para entender do que se tratava. Parecia um exame, tinha o nome dela, algumas taxas até que meus olhos correram para a conclusão: POSITIVO.

Demorei algum tempo para entender, Cait estava grávida! As palavras faltaram, mas as lágrimas estava ali para falarem por mim. A mulher da minha vida ia ter um filho meu!

Eu deitei no seu colo e passei a mão na sua barriga! Cait também tinha lágrimas pelos olhos.

- Eu vou ser pai! Cait do céu! Sabe o que isso significa?

Ela me abraçou de volta e chorou, as palavras faltavam pra ela também! Naquele momento eu senti uma felicidade que nunca achei que sentiria! Eu era um homem de muita sorte. Primeiro eu tinha encontrado com Caitriona um amor de verdade, forte e único e agora um filho, não passou pela minha cabeça ali, nenhum dos problemas que teríamos que enfrentar, a felicidade preenchia todos os espaços.

Selei seus lábios delicadamente e ela me devolveu docemente o beijo e ficamos assim mais algum tempo. Eu sentindo meu coração pulsar, tendo a chance de tê-la novamente em meus braços e agora carregando nosso filho em seu ventre.

Foi Cait que saiu do meu abraço procurando meus olhos.

- Sam, o que vamos fazer? - Ela me olhava com um misto de alegria e medo. Estava preocupada não só com a gente, mas com o show, o contrato, tudo!

Eu a abracei novamente falando em seu ouvido:

- Nós daremos um jeito! De verdade! Eu amo você e não quero te perder novamente! - Eu dizia com tanta sinceridade aquelas palavras, mas no fundo já não sabia mais se era uma boa ideia contar tudo que eu andei escondendo.

Ela estava grávida, eu não queria que ela passasse por mais estresse do que já teríamos que passar por causa disso. Eu daria um jeito, daria um jeito de arrumar a bagunça que eu tinha feito, minha preocupação agora era seu bem estar e do bebê.

- Cait, do que você precisa agora? Ainda está pálida e gelada! Precisa comer.

- Não Sam, não tenho vontade de comer nada, estou muito enjoada e com sono. Vou apenas beber um pouco de água e depois irei atrás de um limão, minhas irmãs cheiravam o limão para passar o enjoo. - Ela dizia, ficando de pé, tentando recuperar a cor e o equilíbrio para atuar.

- Não pode gravar assim! Já sei, vou pegar castanhas, acha que consegue comer pelo menos algumas? Minha mãe conta que comia nas gestações, eram fortes e não enjoativas.

Voltei rapidamente para seu trailler com algumas castanhas e uma água bem gelada. Cait conseguiu comer um pouco e foi para a maquiagem. Enquanto isso, eu corria atrás de um limão que encontrei no restaurante, com a desculpa de querer colocar na minha água. Antes de deixá-lo pra ela, desenhei uma carinha, como se fosse eu, com os bracinhos abertos e um sorriso. Eu daria um jeito de estar sempre com ela, mesmo quando não fosse possível.

Depois de tudo - Sam e Cait (Outlander)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora